Há alguns carros que são maiores que suas marcas. Eles poderiam ser feitos por qualquer montadora, e cairiam nas graças do público mesmo assim. São capazes de manter o sucesso mesmo quando suas fabricantes estão em momentos ruins. Um dos exemplos mais curiosos dessa lista é um modelo relativamente novo no mercado. Trata-se da picape Toro.
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A picape Toro, lançada há cerca de dois anos, já é maior que a Fiat. Ideia muito criativa da montadora italiana, ela daria certo mesmo se fosse feita pela Volkswagen, Chevrolet, Ford, Toyota, etc.
E aí você pode perguntar: mas por que, então, a Duster Oroch não faz tanto sucesso? Isso não tem nada a ver com a marca, e sim com a qualidade do produto. A picape Toro é superior.
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Mas vamos falar da picape Toro à frente. Antes, precisamos listar outros carros que são maiores que suas marcas. A lista tem modelos históricos e de renome mundial, como o Camaro e o Mustang.
E, claro, o Toyota Corolla jamais poderia ficar de fora desse grupo. Para completar um clube de cinco, eu coloco um modelo que, assim como a picape Toro, é autenticamente brasileiro. Qual? O Volkswagen Gol.
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SsangYong Actyon
A equipe do Jornal do Carro escolheu os carros que considera os mais feios do País, seja pelo conjunto todo ou apenas por uma parte dele (dianteira, traseira, lateral, interior ou detalhes). A lista privilegiou veículos que estão à venda atualmente, mas há também alguns automóveis do passado recente - para que as marcas se lembrem do erro e não voltem a cometê-los. Um exemplo desse segundo grupo é um marco da feiura automotiva, o Actyon, que deixou de ser oferecido recentemente, quando a SsangYong parou de atuar no País
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Toyota Etios
O carro melhorou por dentro, mas por fora continua praticamente idêntico desde que foi lançado, em 2012. Visual é ponto fraco do carro
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Toyota Etios
O carro melhorou por dentro, mas por fora continua praticamente idêntico desde que foi lançado, em 2012. Visual é ponto fraco do carro
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Toyota Etios Sedan
A versão sedã do Etios também não se salva. A traseira lembra um pouco a do primeiro Renault Logan
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Toyota Etios Sedan
A versão sedã do Etios também não se salva. A traseira lembra um pouco a do primeiro Renault Logan
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Linha Etios
O interior do carro melhorou para a linha 2017. Com elementos digitais, o painel ficou até bonitinho
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Fiat Doblò
O carro já passou por algumas reestilizações, mas seu visual, no estilo "caixa", não é dos mais atraentes
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Fiat Doblò
O carro já passou por algumas reestilizações, mas seu visual, no estilo "caixa", não é dos mais atraentes
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Toyota Prius
Desenho polêmico, muito futurista
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Toyota Prius
Além disso, a dianteira não casa muito bem com a traseira
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Toyota Prius
O interior, porém, compensa a parte externa. É belo e bem acabado
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Mercedes-Benz Classe C
Dizer que ele é feio é polêmico, mas olhe bem: essa traseira não parece um pouco de carros sul-coreanos de gerações passadas? Essa é a opinião de um dos repórteres do Jornal do Carro.
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Mercedes-Benz Classe C
Além disso, como no Prius, o casamento entre traseira e dianteira (que é muito bonita) não é dos mais bem sucedidos
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Mercedes-Benz Classe C
E tem a tela da central multimídia, que parece um tablet mal adaptado, né? Crítica constante nos comparativos do Jornal do Carro, inclusive
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Volkswagen Up!
As linhas são simples e um quadradas também. Com excelente mecânica e boa dirigibilidade, o Up! certamente não tem o visual como o ponto forte
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Volkswagen Up!
O interior do Up! também não é dos mais bonitos
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Renault Oroch
O visual dos modelos da plataforma do Logan melhorou nos últimos anos, mas a adaptação desse desenho a uma picape não ficou boa
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Renault Oroch
O visual dos modelos da plataforma do Logan melhorou nos últimos anos, mas a adaptação desse desenho a uma picape não ficou boa
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Renault Oroch
O visual dos modelos da plataforma do Logan melhorou nos últimos anos, mas a adaptação desse desenho a uma picape não ficou boa
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Renault Oroch
O visual dos modelos da plataforma do Logan melhorou nos últimos anos, mas a adaptação desse desenho a uma picape não ficou boa
21/30
Chevrolet Spin
A lista não ficaria completa sem a presença do Spin, que veio para substituir, ao mesmo tempo, Meriva e Zafira - e, esteticamente, não superou nenhum dos dois modelos
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Chevrolet Spin
A lista não ficaria completa sem a presença do Spin, que veio para substituir, ao mesmo tempo, Meriva e Zafira - e, esteticamente, não superou nenhum dos dois modelos
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Peugeot 307 Sedan
O ponto forte da Peugeot é o estilo, mas, com 307 Sedan, de meados dos anos 2000, a marca não foi feliz
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Peugeot 307 Sedan
A impressão é de que a marca adaptou uma traseira ultrapassada ao hatch 307. Não ficou bom. E o sucesso comercial nunca veio
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Nissan Tiida Sedan
A mesma impressão do 307 vale para o mexicano Tiida Sedan
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Nissan Tiida Sedan
A traseira quadradona não era das mais atraentes
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Chevrolet Agile
O carro lançado em 2009 veio para ficar posicionado acima do Celta, mas não tinha mais méritos que o modelo de entrada
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Chevrolet Agile
O desenho deixava a desejar tanto externa quanto internamente. A chegada do Onix foi determinante para aposentar esse modelo
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Renault Logan
Um dos clássicos da feiura no passado recente dos carros brasileiros é o primeiro Logan, praticamente idêntico ao carro europeu vendido pela marca romena de baixo custo Dacia. O visual atual é bem mais moderno e bonito que o dos primórdios
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Effa M100
O primeiro carro de passeio chinês disponível no País lembrava muito um monovolume de linhas esquisitas. Esteticamente, a impressão inicial dos veículos da China no Brasil não foi boa
PICAPE TORO
A ideia da Fiat ao criar a picape Toro foi tão boa que não tinha como não dar certo. É uma picape de porte médio, mas com conforto que os modelos convencionais do segmento não oferecem.
A marca aproveitou a associação com a Jeep, e a plataforma de Compass e Renegade, para criar uma picape urbana. Isso porque muitos clientes do segmento não usam esses carros para o trabalho, e sim nas cidades.
Nos últimos anos, a Fiat não estava indo muito bem no mercado, especialmente no segmento de carros de passeio. A Toro, porém, estourou em vendas. Seu sucesso não dependia do triunfo da marca. A luz tornou-se própria.
É complicado dizer que um modelo tão novo no mercado já se tornou maior que sua marca. A picape Toro, porém, conseguiu obter esse mérito.
VOLKSWAGEN GOL
A Volkswagen já teve momentos bons e ruins. O Gol sobreviveu a tudo. Criado nos anos 80, ele teve várias gerações, e é o carro que ocupou a liderança do mercado brasileiro por mais tempo.
Houve época que a Volkswagen tinha poucos produtos de sucesso. O Gol, porém, salvava a honra da marca, mantendo-se na ponta.
Mesmo após perder o primeiro lugar, o Gol não perdeu o brilho. No ano passado, foi o Volkswagen mais vendido. Além disso, é um veterano que se mantém na lista dos dez mais vendidos.
O mesmo não se pode dizer de outros “dinossauros” do Brasil. Exemplos são o Uno, que despencou no ranking, e o Palio, que saiu de linha.
O Gol se tornou uma “lenda” no Brasil. Com reputação de ser durável e bom de mercado, passou a ser considerado uma boa compra. Não importava mais se era ou não era Volkswagen: as pessoas queriam um Gol.
TOYOTA COROLLA
Esse fenômeno não é só brasileiro; é mundial. Carro que disputa, ano a ano, o título de mais vendido do mundo, o Corolla é praticamente uma instituição.
Nenhum outro Toyota faz tanto sucesso. A marca é desejada (especialmente no Brasil), sem dúvida, mas o Corolla é ainda mais.
O sedã é aquele carro que faz o consumidor se sentir seguro. Ainda mais que no caso do Gol. Tem fama de não quebrar nunca, e é muito bom de revenda.
No Brasil, a grandeza do Corolla fica escancarada. O segmento de sedãs médios está perdendo força por causa da proliferação dos SUVs. O Toyota, porém, se mantém firme na lista dos dez mais emplacados.
CAMARO E MUSTANG
Eles não são mais carros. São “lendas”. Chevrolet e Ford? Alguém realmente se lembra que Camaro e Mustang são fabricados por essas marcas?
Nos dois casos, acho que eles poderiam, inclusive, ser nomes de marcas independentes de suas montadoras. Não me espantaria se isso já tivesse sido estudado pelas respectivas fabricantes.
Camaro e Mustang já tiveram várias gerações. O Chevrolet foi lançado em 1966 e passou por um “hiato” nos anos 2000. Porém, em 2009 voltou com força total, e caiu nas graças de uma legião de adoradores.
A carreira do Mustang é parecida. Ele surgiu em 1964, e está em sua sexta geração – recém-lançada no Brasil.
Os dois “muscle car” são um estilo de vida. Uma representação da história, da indústria americana e da paixão por automóveis. Nem importa mais se bons ou ruins, ou se têm concorrentes à altura. São maiores que tudo isso.
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