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Fã da Ferrari transforma Testarossa em conversível
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Fã da Ferrari transforma Testarossa em conversível

Inglês importou exemplar antigo dos EUA e criou sua própria versão conversível da Ferrari, apostando em estética "rat look"

Redação

02 de jun, 2018 · 5 minutos de leitura.

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Ferrari Testarossa conversível
Crédito: Scott Chivers
Crédito:

Um dos modelos mais icônicos da Ferrari, a Testarossa nunca teve uma versão conversível de série. A marca italiana fabricou apenas um exemplar dessa variante, como presente para o então presidente da Fiat. Gianni Agnelli.

O britânico Scott Chivers é um fã inveterado da Ferrari. E resolveu que teria uma Testarossa conversível para chamar de sua. Mas, ao invés de comprar o tal exemplar único de conversível original, ele tomou uma atitude ousada. Ele comprou uma Testarossa velhinha, levou para a garagem de casa e criou ele mesmo o conversível dos sonhos.

O resultado é a primeira Ferrari Testarossa Spider “rat rod” de que se tem notícia.

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De acordo com Chivers, existem cerca de 15 Testarossas conversíveis adaptadas em todo o mundo. São respostas de fãs ao que eles acreditam ser uma lacuna da marca. Um modelo que deveria ter existido e não foi criado.

Uma das inspirações do colecionador, que tem oito Ferraris, veio dos videogames. Trata-se do game Outrun, da Sega. Ele fazia sucesso na virada dos anos 80 para os 90 e também tinha uma Ferrari sem capota.

Para a criação conversível, ele optou por abraçar a estética “rat look”. Nela, por cima de um conjunto mecânico completamente restaurado e perfeito, há um visual externo propositalmente detonado, sem acabamento. Aos poucos, ele foi garimpando peças genuínas aqui e ali.


Na prática, essa Testarossa “suja” é a antítese perfeita daquelas Ferraris de donos zelosos que evitam rodar com suas preciosidades porque não querem que insetos se estabaquem na grade dianteira.

O carro foi encontrado por acaso, enquanto Chivers buscava peças na internet para um outro exemplar de Testarossa que ele possui. Estava na Califórnia, nos Estados Unidos. O anúncio já estava no ar havia três anos. Como não constava a informação de que o carro havia sido vendido, o colecionador fez contato com o vendedor e os dois logo se entenderam.

Autodidata com a mão na massa

O que chegou às mãos de Chivers foi pouco mais que uma carcaça em estado deplorável, com motor e câmbio que não funcionavam havia pelo menos 20 anos. Não havia nem sinal de assoalho, para-lamas, lateral.


Aos poucos, o corajoso britânico foi caçando peças e se encantando mais e mais com a ideia de transformar o carro em algo diferente de suas outras Ferraris. “Eu me senti como uma criança diante de um quebra-cabeças gigante”, ele diz. Detalhe: como Chivers é autodidata e nunca fez um treinamento formal como mecânico, ele recorreu a vídeos e fóruns na internet para conduzir o projeto sozinho.

Ele diz que a Ferrari nem é um carro tão difícil de mexer, já que foi fabricada em um tempo em que ainda não havia muita tecnologia embarcada para complicar as coisas. “Muita gente se intimida com o logotipo do cavalinho, mas este não deixa de ser um carro qualquer, com muitas similaridades mecânicas com, digamos, um VW Golf GTi antigo”.

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Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?

Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade

26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.

Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.

Centro de gravidade

Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.

Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento. 

E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.

Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:

– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.

– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.

– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.

– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.

– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.