Os apaixonados por carros, fãs da boa dirigibilidade e de pegada esportiva de condução acabam sempre torcendo o nariz para os SUVs. Na maioria das vezes, com certa razão. Porém, o BMW X2 veio para reverter esse preconceito.
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Ele é caro sim. Parte de R$ 211.950 e pode chegar a R$ 246.950, ao receber equipamentos extras e detalhes para ficar com aparência mais esportiva. Além disso, o porta-malas do X2 (370 litros) não chega a ser pequeno, mas é bem menor que o de alguns SUVs bem mais baratos. Cabem duas malas médias e uma pequena.
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Porém, nada disso importa diante do verdadeiro objetivo do X2. Ele é um SUV para entusiastas, para quem ama dirigir, para quem gosta de se sentir próximo ao chão quando está ao volante.
Isso com muitas das vantagens dos SUVs. Entre elas há mais espaço interno, principalmente para a cabeça dos ocupantes. Além disso, utilitário-esportivo é o tipo de carro que sabe lidar bem com pisos imperfeitos, algo comum no Brasil.
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X2 chama a atenção dos entusiastas
Passei quase duas semana ao volante de um BMW X2, entre rodovias e belas estradinhas secundárias de França e Itália. Ao final do período, a conclusão: ele é o único SUV que eu teria.
Gosto de carros mais baixos. De preferência, compactos. O X2 não é pequeno nem grande, e também não é baixo. Ainda assim, conseguiu me conquistar.
O modelo da BMW, para começo de conversa, tem visual fantástico. É belo e chama bastante a atenção.
Para se ter uma ideia, fui com ele ao autódromo de Paul Ricard durante o GP da França de F1. Por lá, além do público apaixonado por carros e velocidade, havia muitos modelos de rua da Ferrari, McLaren e Aston Martin, só para citar alguns.
Ainda assim, o X2 conseguiu se destacar. Creio que chamou tanto a atenção do público por ser ainda relativamente novo no mercado europeu e pela bela cor azul, mas também por ser muito bonito. É aquele carro que você olha e tem vontade de dirigir.
As linhas lembram as de uma perua, ou de um hatch. A versão M Sport, como a das fotos, vem com rodas grandes e chamativas, e logos “M” em diversas partes da carroceria.
Por dentro, o acabamento não é muito sofisticado. Porém, detalhes na cor azul na porta e nos painéis dão jovialidade à cabine desse SUV, deixando-a muito agradável.
O X2 avaliado tinha, de série, itens não disponíveis na versão oferecida no Brasil. Entre eles, há o controlador de velocidade adaptativo e o leitor de faixas.
Ao volante, emoção a todo vapor
Diferentemente dos SUVs convencionais, o X2 tem posição de dirigir mais baixa. Além disso, o banco fica levemente inclinado, como ocorre em cupês, por exemplo – e em outros modelos da BMW.
Como não é tão alto quanto os SUVs convencionais, o X2 é praticamente um devorador de curvas. Dá para acreditar que estamos falando de um SUV?
Em estradas lindas e cheias de curvas no sul da França, a impressão era de estar guiando um hatch médio, tamanha a sensação de segurança entregue pelo carro.
A carroceria não balança em alta velocidade e as respostas de direção são muito boas. E por falar em velocidade, a versão que avaliamos na Europa era a 20d, a diesel.
Sinceramente? Deu muita vontade de poder ter carros de passeio, sem tração 4×4 (caso do X2), com motores a diesel no Brasil. Autonomia? 800 km. Mesmo tendo viajado mais de 2 mil km pelos dois países, as paradas para reabastecer foram raras.
O modelo tem 190 cv de potência em seu motor 2.0, que entrega mais de 40 mkgf de torque a apenas 1.750 mkgf. As arrancadas são muito rápidas, auxiliadas pelo ótimo câmbio automatizado de sete marchas e duas embreagens.
Mas nem é a velocidade que atrai no X2. SUVs rápidos existem aos montes. O ponto alto é mesmo a pegada, que faz a gente pensar estar em um carro esportivo. Imagine, então, se a BMW decidir lançar um X2 M?
Ah, por aqui o X2 é oferecido na versão 20i, com motor 2.0 a gasolina de 192 cv.
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