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Mercedes ‘de corrida’ vai a leilão nos EUA
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Mercedes ‘de corrida’ vai a leilão nos EUA

CLK AMG GTR teve apenas 25 unidades produzidas; leilão deve atingir os R$ 20 millhões

Redação

31 de jul, 2018 · 3 minutos de leitura.

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Mercedes-Benz CLK AMG GTR é um dos carros mais raros da marca
Crédito:Foto: RM Sotheby's
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Um raro Mercedes-Benz CLK AMG GTR irá a leilão essa semana pela RM Sotheby’s nos Estados Unidos. O modelo serviu para a Mercedes homologar seu carro para correr em Le Mans no fim dos anos 1990. Nas pistas, a marca foi campeã em 1997 e 1998 com 17 vitórias em 22 corridas disputadas. Apenas 25 unidades foram produzidas e o modelo leiloado é o chassi de número nove. O valor estimado deve chegar a US$ 5,25 milhões (cerca de R$ 20 milhões).

A versão “de rua” do CLK GTR tem o mesmo motor usado nos carros de corrida. Um V12 de 6,9 litros e 612 cv que envi força para as rodas traseiras por meio de um câmbio manual sequencial de seis marchas.

O visual é um dos pontos mais marcantes do modelo. Mais próximo ao carro de corrida do que dos CLK comuns, o GTR chama muita atenção. Dos 25 produzidos, são 20 cupês e cinco conversíveis. A unidade leiloada tem apenas 1.439 quilômetros rodados e foi vendida primeiramente a um comprador na Alemanha. Em 2005 foi vendido para Hong Kong onde ficou até abril de 2018, quando foi transferido para os Estados Unidos.

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Modelo todo oroginal

Motor, pintura e carroceria são totalmente originais e apenas um painel inferior foi substituído. Ainda assim, a peça original foi restaurada e guardada. Todos os manuais e documentação original da unidade que irá a leilão foram mantidos, assim como um kit de ferramentas da AMG especial do carro. Chaves reserva, kits de primeiro socorros e equipamentos de emergência também acompanham.


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Oficina Mobilidade

Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”