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Os últimos suspiros de uma campeã

Picape Fiat Strada vai mudar, mas antes disso vem acumulando números de vendas grandiosos e dignos de uma campeã

Diego Ortiz

03 de set, 2018 · 3 minutos de leitura.

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Fiat Strada
Crédito: Crédito: Fiat/Divulgação

A Fiat Strada foi por muitos anos a campeã entre as picapes, mas está perdendo esta liderança para a
Toro, a outra “caçambeira” da Fiat, que ganhou o coração dos consumidores desde que foi lançada em
fevereiro de 2016.

São muitas as notícias sobre as mudanças que a linha Strada vai sofrer, por isso é ainda mais surpreendente que o modelo esteja tão bem assim em vendas. Claro, há méritos, ela aguenta o tranco do trabalho, é fácil de manter e tem um visual que, se não é novo, também não parece tão datado.

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Em agosto, o modelo foi parar em 6.119 garagens, nono lugar geral de vendas empatada com o Chevrolet Prisma. A picape compacta que chega mais perto dela, a Volkswagen Saveiro, teve cerca de 2 mil entregas a menos. Isso significa 1/3 das vendas, é muito.

Campeã vai ganhar mudanças em breve

Uma versão conceitual da nova Strada estará no Salão do Automóvel de São Paulo em novembro. No entanto, ela deverá manter a estrutura do modelo atual, com a robusta suspensão traseira, mas vai ganhar contornos parecidos com o Argo.


Inicialmente, a Fiat iria desmembrar a Strada em dois modelos, um de entrada, baseado no Mobi, e outro mais sofisticado, com a base do Argo. Mas o segundo projeto ficaria pouco competitivo e não sairá do papel. Com isso, a Strada atual continuará em linha, ainda que com mudanças profundas.

São movimentos que poderão diversificar mais os compradores da icônica picape de Fiat, que sempre esteve na vanguarda do segmento, sendo a primeira aventureira, com cabine estendida, cabine dupla… Um sucesso que, mesmo no fim de vida, parece não ter fim.

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Oficina Mobilidade

Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”