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O Brasil vai ter energia suficiente quando os carros elétricos chegarem?

Várias marcas vão mostrar seus carros elétricos no Salão do Automóvel, no mês que vem. Será que vai faltar tomada?

Hairton Ponciano

24 de out, 2018 · 4 minutos de leitura.

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Crédito: Por enquanto, o BMW i3 é o único elétrico à venda no Brasil, mas em breve ele deverá receber a companhia de Chevrolet Bolt e Nissan Leaf. Foto: Hairton Ponciano/Estadão

Pela primeira vez, o Salão do Automóvel de São Paulo vai dar destaque aos carros eletrificados (elétricos e
híbridos). Dessa forma, também pela primeira vez a exposição paulistana começa a ficar mais alinhada com o que se vê nos salões ao redor do mundo.

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Hyundai Ioniq, Chevrolet Bolt, Nissan Leaf, Renault Zoe e BMW i3 são alguns dos modelos 100% elétricos confirmados para a mostra. BMW i8 Roadster, Mini Countryman S E e Toyota Prius estão entre os híbridos.

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Alguns devem chegar às lojas no ano que vem, caso de Chevrolet Bolt e Nissan Leaf. O BMW i3 já está à venda. Será que há algum risco de “apagão” elétrico se as vendas desse tipo de veículos deslancharem?

Na França, elétricos representam 1% das vendas

Primeiramente, é preciso dizer que mesmo nos países desenvolvidos a participação de carros elétricos ainda é muito pequena. Na França, por exemplo, os carros puramente elétricos (recarregáveis na tomada) representam pouco mais de 1% do mercado.

Em 2017, foram 24.904 unidades. A metade desse volume foi representada pelo Renault Zoe (um dos que estarão na mostra paulistana).


O limitador é o preço. O BMW i3 custa a partir de R$ 199.950. Ou seja, é preciso gastar muito (na compra do carro) para não gastar com o abastecimento. Sem incentivos governamentais, a conta não fecha. Essa é a razão pela qual muitas marcas vão expor seus carros, mas apenas para observar a aceitação.

Se os incentivos aparecerem e em algum momento os elétricos começarem a chegar às ruas em maior número, aparentemente não haverá problemas com a rede elétrica. Pelo menos é o que indica estudo da Companhia Paulista de Força e Luz (CPFL), responsável pelo fornecimento de energia na região de Campinas.

Em um recente debate sobre o tema, o representante a empresa, Danilo Leite, informou que duas turbinas eólicas são suficientes para o abastecimento de 14 mil veículos elétricos. Assim, de acordo com ele, o risco de pane no sistema por desabastecimento é “praticamente zero”.


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