Ir ao autódromo assistir a Fórmula 1 custa caro. Para o setor mais barato, os ingressos para os três dias de prova em São Paulo ficaram, neste ano, em torno de R$ 600. Além disso, chegar a Interlagos, onde ocorre a corrida, é complicado.
O autódromo é bastante afastado das regiões centrais da cidade e geralmente há trânsito. Para quem vai de carro, os estacionamentos ao redor são caríssimos.
Quando se chega à corrida, nos setores em que não há TV, é recomendável levar um rádio. Caso contrário, não dá para se ter ideia, depois de algumas voltas, do que está ocorrendo na pista.
Ainda assim, as pessoas gostam de ir à Fórmula 1. Só que, no passado, elas gostavam mais. Por quê? Porque um dos motivos que a levavam aos autódromos era o ronco inebriante do motor V8 (e, antes deles, dos V10, dos V12, etc).
Não dava nem para conversar em qualquer lugar do autódromo na época dos V8. Era um som de arrepiar. Dava também para escutar as trocas de marcha. Era como uma explosão no fim da reta. Um deleite para os apaixonados pelo conceito tradicional de automóvel.
Aí vieram os V6 de 1,6 litro acompanhados por motores elétricos. Meu colega Livio Oricchio me contou, no último Grande Prêmio do Brasil, sobre a estreia desses motores.
Era 2014, ano da estreia dos motores híbridos e turbinados na categoria.
Na primeira sessão de treinos pré-temporada, na Espanha, quem estava no autódromo percebeu que, ali, a Fórmula 1 havia perdido um pouco de seu encanto. Era tradição na época dos V8: quando os carros eram ligados, escutava-se o ronco do motor na sala de imprensa.
Porém, daquela vez, na hora marcada para o início da sessão, ninguém escutou nada. Nem nos minutos seguintes. O pessoal da sala de imprensa chegou a pensar que os carros não haviam sido ligados. Porém, eles haviam… e já estavam na pista.
Eu mesma passei por experiência semelhante. Estava dentro do box da Red Bull quando o carro de Sebastian Vettel chegou, de motor ligado, para ser estacionado. Continuei conversando normalmente com a pessoa que estava ao meu lado. Na época dos V8, isso seria impossível.
VEJA TAMBÉM: A COLEÇÃO DE CARROS E MOTOS DE LEWIS HAMILTON
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Pagani Zonda R
Lewis Hamilton tem um exemplar do Pagani Zonda R. O modelo tem pouquíssimas unidades e usa um motor V12 7.3 de 750 cv produzido pela AMG
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Pagani Zonda R
Lewis Hamilton tem um exemplar do Pagani Zonda R. O modelo tem pouquíssimas unidades e usa um motor V12 7.3 de 750 cv produzido pela AMG
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Shelby Cobra
Lewis Hamilton tem dois exemplares do Shelby Cobra. O preto é todo original, sem nenhuma modificação, enquanto o vermelho ele fez uma pintura moderna com um tom metálico sobre o esportivo criado por Carroll Shelby usando uma carroceria inglesa sobre mecânica americana da Ford
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Shelby Cobra
Lewis Hamilton tem dois exemplares do Shelby Cobra. O preto é todo original, sem nenhuma modificação, enquanto o vermelho ele fez uma pintura moderna com um tom metálico sobre o esportivo criado por Carroll Shelby usando uma carroceria inglesa sobre mecânica americana da Ford
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Mercedes-Benz SLS AMG Black Series
O SLS AMG Black Series de Hamilton é na cor vermelha. A linha Black Series é a mais nervosa e potente de toda a AMG. Nesse caso, o V8 6.3 do esportivo com asa-de-gaivota entrega 635 cv e acelera de 0 a 100 km/h em 3,6 segundos, além de ter um aerofólio fixo e suspensão mais firme
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Mercedes-Benz SLS AMG Black Series
O SLS AMG Black Series de Hamilton é na cor vermelha. A linha Black Series é a mais nervosa e potente de toda a AMG. Nesse caso, o V8 6.3 do esportivo com asa-de-gaivota entrega 635 cv e acelera de 0 a 100 km/h em 3,6 segundos, além de ter um aerofólio fixo e suspensão mais firme
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Ford Mustang Shelby GT 500
Fãs dos clássicos, Hamilton tem em sua garagem um Ford Mustang Shelby GT 500. A versão esportiva do muscle car tinha motor V8 de 7 litros que entregava 355 cv e acelerava de 0 a 100 km/h em 6,5 segundos. Ele também foi criado por Carroll Shelby, dessa vez a pedido da Ford
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Ford Mustang Shelby GT 500
Fãs dos clássicos, Hamilton tem em sua garagem um Ford Mustang Shelby GT 500. A versão esportiva do muscle car tinha motor V8 de 7 litros que entregava 355 cv e acelerava de 0 a 100 km/h em 6,5 segundos. Ele também foi criado por Carroll Shelby, dessa vez a pedido da Ford
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Mercedes-Benz SL65 AMG Black Series
Além do SLS AMG, outro Black Series da garagem de Lewis Hamilton é o SL65. O grande cupê da marca alemã conta com um V12 6.0 biturbo com 615 cv. O carro precisou ser alargado na traseira para receber as rodas com maior largura para ligar com a potência.
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Mercedes-Benz SL65 AMG Black Series
Além do SLS AMG, outro Black Series da garagem de Lewis Hamilton é o SL65. O grande cupê da marca alemã conta com um V12 6.0 biturbo com 615 cv. O carro precisou ser alargado na traseira para receber as rodas com maior largura para ligar com a potência.
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Mercedes-Benz S-Class Maybach
Lewis não tem apenas carros esportivos e potentes, tem luxuosos também. Outro Mercedes na garagem do piloto é o Classe S Maybach, versão mais luxuosa e personalizável por cada dono do sedã de luxo da companhia. Ele conta com duas opções de motores: o V8 biturbo de 458 cv ou o V12 biturbo de 533 cv
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Mercedes-Benz S-Class Maybach
Lewis não tem apenas carros esportivos e potentes, tem luxuosos também. Outro Mercedes na garagem do piloto é o Classe S Maybach, versão mais luxuosa e personalizável por cada dono do sedã de luxo da companhia. Ele conta com duas opções de motores: o V8 biturbo de 458 cv ou o V12 biturbo de 533 cv
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Shelby Cobra
Lewis Hamilton tem dois exemplares do Shelby Cobra. O preto é todo original, sem nenhuma modificação, enquanto o vermelho ele fez uma pintura moderna com um tom metálico sobre o esportivo criado por Carroll Shelby usando uma carroceria inglesa sobre mecânica americana da Ford
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Shelby Cobra
Lewis Hamilton tem dois exemplares do Shelby Cobra. O preto é todo original, sem nenhuma modificação, enquanto o vermelho ele fez uma pintura moderna com um tom metálico sobre o esportivo criado por Carroll Shelby usando uma carroceria inglesa sobre mecânica americana da Ford
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Ferrari LaFerrari
Não é o Toyota Corolla que faz parte da coleção de Lewis Hamilton, mas essa pequena lanterna de uma traseira vermelha à frente do piloto evidencia uma das jóias da coroa: Ferrari LaFerrari. O superesportivo híbrido tem motor V12 de 800 cv, associado a um elétrico de 128 cv, que combinados entregam 963 cv nas rodas traseiras. Apenas 499 serão produzidos para todo o mundo
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Ferrari LaFerrari
Não é o Toyota Corolla que faz parte da coleção de Lewis Hamilton, mas essa pequena lanterna de uma traseira vermelha à frente do piloto evidencia uma das jóias da coroa: Ferrari LaFerrari. O superesportivo híbrido tem motor V12 de 800 cv, associado a um elétrico de 128 cv, que combinados entregam 963 cv nas rodas traseiras. Apenas 499 serão produzidos para todo o mundo
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MV Agusta Dragster RR LH44
A Mercedes-Benz é dona de parte da marca de motos MV Agusta, assim a marca italiana aproveitou Lewis Hamilton para criar uma série especial batizada de Dragster RR LH44. O modelo base é a Brutale Dragster 800 que tem motor três cilindros de 140 cv e seis marchas. O detalhe é que várias peças são produzidas de fibra de carbono para a moto e o esquema de cores também é especial
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MV Agusta Dragster RR LH44
A Mercedes-Benz é dona de parte da marca de motos MV Agusta, assim a marca italiana aproveitou Lewis Hamilton para criar uma série especial batizada de Dragster RR LH44. O modelo base é a Brutale Dragster 800 que tem motor três cilindros de 140 cv e seis marchas. O detalhe é que várias peças são produzidas de fibra de carbono para a moto e o esquema de cores também é especial
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Harley-Davidson Breakout
Outra moto da coleção de Lewis Hamilton é a Harley-Davidson Breakout, um dos modelos mais estilosos da gama atual da empresa. O modelo tem motor V2 de 1.690 cm³ que gera 11,5 mkgf de torque (a marca não divulga potência). E tem câmbio de seis marchas
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Harley-Davidson Breakout
Outra moto da coleção de Lewis Hamilton é a Harley-Davidson Breakout, um dos modelos mais estilosos da gama atual da empresa. O modelo tem motor V2 de 1.690 cm³ que gera 11,5 mkgf de torque (a marca não divulga potência). E tem câmbio de seis marchas
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VEJA A COLEÇÃO DE CRISTIANO RONALDO
Confira também quais são os carros mais legais da coleção do jogador do Real Madrid, Cristiano Ronaldo
A volta do barulho
Dona da Fórmula 1 há duas temporadas, a empresa norte-americana Liberty quer que o ronco dos motores volte à categoria. E ele vai voltar.
De maneira artificial, como algumas montadoras fazem com seus carros (usando membranas vibratórias ou caixas de som)? Não! De maneira amplificada, por meio do uso de escapamento esportivo.
Esse recurso não cria um barulho falso para o motor. Ele apenas o projeta para o ambiente de maneira mais alta.
VÍDEO DA SEMANA: TUDO SOBRE O SEDÃ MAIS AMADO DO BRASIL
O escapamento esportivo já é bastante usado nos carros de rua, principalmente após a proliferação do “downsizing” nos motores. Esse processo consiste no uso de turbo e injeção direta de combustível para deixar motores menores com potência e desempenho de maiores. Isso é feito para reduzir a queima de combustível e, consequentemente, as emissões de poluentes.
Dois exemplos que foram mostrados recentemente em vídeos do Jornal do Carro são o Porsche 718 Boxster GTS e o Jaguar F-Type de entrada (veja abaixo).
Ambos trazem motores quatro-cilindros turbo, cujo ronco é bem menos acentuado que o de um V6. Porém, eles têm ruído instigante graças ao uso do escapamento esportivo.
Turbo é o ‘problema’ na Fórmula 1
Os motores elétricos não fazem barulho. Porém, eles não têm nada a ver com o ronco sem graça dos carros de Fórmula 1.
Isso porque, na categoria, eles não funcionam sozinhos. Têm a função de dar mais potência ao motor V6. Estima-se que a potência combinada de um carro de Fórmula 1 seja de 1.000 cv, aproximadamente.
O funcionamento dos motores elétricos na categoria é semelhante ao que se observa em alguns superesportivos de rua, como LaFerrari, Porsche 918 Boxster e McLaren P1.
Então, por que a Fórmula 1 perdeu aquele ronco instigante? Em primeiro lugar, é claro que um V6 não ronca como um V8. Ele tem menos partes em movimento.
Porém, o principal “problema” é o turbo. A turbina abafa o som do propulsor. Com o escapamento esportivo, a Fórmula 1 pretende corrigir esse problema sem abrir mão do downsizing.
Essa novidade está prevista para 2021, quando haverá uma série de mudanças na categoria. Porém, como os motores não vão mudar quase nada, o escapamento esportivo pode ser antecipado já para 2020.