Na crise, praticamente todos os setores se recolhem, à espera de dias melhores. Mas há uma máxima que diz que, se tem gente chorando, vender lenço pode ser um negócio lucrativo. Esportivos de luxo não são lenço. Mas, a julgar pelo balanço da Associação Brasileira das Empresas Importadoras e Fabricantes de Veículos Automotores, Abeifa, vender carrões como Porsche, Ferrari e Lamborghini foi uma boa atividade no ano passado. E isso apesar de toda turbulência da economia e da política.
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Os números da Abeifa mostram que o setor de carros esportivos e de alto luxo saiu da crise muito mais rapidamente que os demais. A Porsche, por exemplo, nunca vendeu tanto no Brasil. A marca de esportivos alemã fechou 2018 com 1.457 unidades emplacadas no País, 24% a mais que as 1.175 de 2017.
A Ferrari fechou 2018 com 33 unidades, 13 a mais que as 20 de 2017. Com isso, retomou os bons números obtidos até 2014.
Números baixos, valores altos
A Lamborghini também está em um de seus melhores momentos no País. A marca – representada no Brasil pela Via Italia (empresa que também comercializa Ferrari, Maserati e Rolls-Royce) – vendeu 15 automóveis no ano passado, contra 11 em 2017 e 4 em 2016. Com isso, igualou o total de vendas de 2011, no período pré-crise. E é inferior somente a 2010, quando foram emplacadas 18 unidades no Brasil.
Os números não são tão altos, mas o carro mais barato da Lamborghini, o Huracán, custa mais de R$ 2,5 milhões. Além disso, o SUV Urus (abaixo), que chegou no finalzinho do ano, teve quatro unidades vendidas.
E, se 2018 acabou bem, 2019 começou melhor ainda. A Lamborghini já vendeu outras três unidades do Urus em janeiro deste ano. E a Porsche promete para maio a nova geração do mítico 911. 2019 também promete…
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