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Audi RS2 tem história marcante e é cultuada no Brasil
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Audi RS2 tem história marcante e é cultuada no Brasil

Perua lançada em 1994 tem motor turbo com 315 cv e pouquíssimas unidades no País

12 de out, 2016 · 7 minutos de leitura.

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 Audi RS2 tem história marcante e é cultuada no Brasil
Audi RS2 em encontro em São Paulo

O bater das portas lembra muito o dos Volkswagen dos anos 90, assim como as formas quadradas da carroceria, que lhe renderam o carinhoso apelido de “Quantum tunada”, dado por alguns proprietários em alusão à perua do Santana. Mas não se engane: os Audi das fotos dessa página têm muito mais força que seu estilo familiar inspira.

Quem vê o modelo passar nas ruas talvez não imagine que se trata de um carro histórico para a Audi, ainda que possa chamar muita atenção na cor azul, de lançamento. O Audi RS2 Avant foi o primeiro modelo propriamente esportivo da marca alemã, lançado em 1994. E inaugurou a sigla RS, que se mantém em uso até hoje e estampa os carros de maior desempenho da Audi.

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Além disso, a RS2 surgiu de uma então inédita parceria com a Porsche, que preparou vários componentes mecânicos e até estéticos do modelo, além de ter, inclusive, produzido a perua em sua fábrica de Zuffenhausen, na Alemanha – mesmo berço do icônico 959.

Na época, a Audi pretendia produzir apenas 2.200 unidades do esportivo, mas a boa demanda fez a conta fechar em 2.891 peruas fabricadas.

No Brasil não há sequer registros precisos de quantas RS2 foram importadas. “Naquela época o processo era pouco informatizado e muita coisa se perdeu com o tempo”, conta Stefan Darakdjian, dono de uma dessas peruas e que atua à frente de um seleto grupo de proprietários do modelo. No fim de setembro, sete unidades foram reunidas na capital paulista no que deve ser o maior encontro de RS2 registrado no mercado brasileiro.


A Audi importou 50 unidades oficialmente, mas há modelos que não constam nos arquivos da marca. Em todo caso, o número de “sobreviventes” é desconhecido e não deve ser muito grande, o que torna a perua rara (e cara). Além do Brasil, Nova Zelândia, África do Sul e Hong Kong foram os únicos países fora da Europa a receberem unidades da RS2 por importação oficial.

Ainda assim, tem quem use a RS2 no dia a dia, como o empresário Eric Di Giacinto. “Tenho outros carros mais antigos e difíceis de usar no trânsito, e ela acabou sendo meu carro mais ‘moderno”, diz brincando.

Mas mesmo espaçosa e relativamente confortável, a RS2 não esconde seu ímpeto para acelerar. Relatos de reações abruptas e comandos duros contrastam com a aura familiar da RS2, mas são coerentes com detalhes, como as rodas e pinças de freio da Porsche e os indicadores de direção no parachoque dianteiro e retrovisores vindos diretamente dos 911 da época.


Os outros seis modelos presentes no encontro costumam rodar menos, mas nem por isso são tratados como bibelôs de vitrine, já que todos os proprietários são genuinamente apaixonados pelo carro e não hesitam em tirar suas RS2 da garagem, mesmo sob a chuva fina que caía no dia da reunião em São Paulo.

Poderosa perua.Sob o capô, a RS2 tem motor 2.2 de cinco cilindros que ganhou turbo e intercooler para render respeitáveis 315 cv enviados às quatro rodas pelo sistema Quattro e sem nenhuma interferência eletrônica. A perua só tem ABS para ajudar nas frenagens.

Se a potência não parece alta para os padrões atuais, é suficiente para gerar um desempenho forte. A perua Audi acelera de 0 a 100 km/h em só 4,8 segundos e alcança 262 km/h de máxima, de acordo com a Audi.


Essa força era suficiente para deixar para trás vários esportivos da época, como o próprio Porsche 911, algo que revolucionou a imagem das peruas naquele tempo.


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