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Caoa Filho revela Tiggo 9 no Salão de Pequim; veja as estreias
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Caoa Filho revela Tiggo 9 no Salão de Pequim; veja as estreias

Salão de Pequim 2024 mostra força das chinesas com muitos lançamentos de marcas que chegarão ao Brasil em breve, como Omoda e Jaecoo

Thais Villaça, de Pequim (China)*

26 de abr, 2024 · 7 minutos de leitura.

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Chery Tiggo 9 Salão de Pequim
Caoa Chery Tiggo 9 estreia no Salão de Pequim e virá ao Brasil até 2026 com o Grupo Caoa
Crédito:Thais Villaça/Estadão

O Salão do Automóvel de Pequim atrai olhares do mundo todo, inclusive do Brasil. Afinal, as novas marcas chinesas que chegaram ao mercado brasileiro recentemente fazem sucesso, o que chamou a atenção de outras montadoras que vão desembarcar em breve no País. Além disso, a China é o maior mercado automotivo do mundo. Em 2023 foram mais de 30 milhões de carros vendidos. E as fabricantes ocidentais querem suas fatias nesse bolo.



Por isso, o Salão de Pequim de 2024 é palco de muitas novidades. Nem todas vão para o Brasil, naturalmente. Mas algumas marcas já confirmaram lançamentos que vão, sim, desembarcar em solo nacional. É o caso do Chery Tiggo 9, que chegará, como de praxe, pelas mãos do Grupo Caoa.

Chery Tiggo 9 Salão de Pequim
Thais Villaça/Estadão

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O carro, aliás, foi revelado por Carlos Alberto de Oliveira Andrade Filho, o atual presidente da empresa e filho do fundador, que morreu em 2021. O SUV será o modelo de topo da marca, terá versões de cinco e sete lugares e já foi até registrado no Brasil. O prazo de estreia, contudo, ainda é incerto, mas as apostas são para o final de 2025.

Kia EV5 no Brasil? Fica a expectativa

Thais Villaça/Estadão

Outro modelo que já estreou faz alguns meses, mas que chegará ao Brasil é o Kia EV5. O SUV elétrico está fase de homologação no País. A sul-coreana, entretanto, não confirma oficialmente o lançamento. Talvez por conta do EV6, que foi confirmado, chegou a ter unidades de testes para a imprensa, mas as vendas nunca começaram de fato. O EV5 é um SUV que entrega 275 cv de potência e 31,6 mkgf de torque máximo e poderá ser o primeiro modelo da nova linha de carros elétricos da Kia no mercado brasileiro.


Volvo EX90 estreia em Pequim

Outro conhecido que deu as caras em Pequim foi o Volvo EX90. O grandalhão elétrico já está até no site da empresa sueca como futuro modelo para o mercado nacional, mas a data de estreia ainda é um mistério. Seu irmão menor, o EX30, atrasou o lançamento por aqui, portanto, o SUV maior também deverá demorar um pouco ainda.

Lamborghini Urus SE híbrido plug-in
Thais Villaça/Estadão

Lamborghini Urus SE híbrido aparece em público

Um dos SUVs mais potentes do mundo também ganhou versão híbrida. O Lamborghini Urus SE combina o conhecido 4.0 V8 a um motor elétrico para entregar 800 cv e 71,5 mkgf. Seu lançamento foi confirmado para o Brasil durante a chegada do Sterrato em terras tupiniquins, mas ainda sem data prevista para o início das vendas.


Jaecoo J7 Salão de Pequim
Thais Villaça/Estadão

Omoda e Jaecoo: de Pequim para o Brasil

Para finalizar a lista de novidades estão os carros que chegarão ao País pelas mãos da Omoda e Jaecoo, marcas que começam a operar no Brasil no início do segundo semestre. Da linha Omoda, o elétrico E5 e o híbrido leve 5 já estavam de malas prontas para o Brasil desde o anúncio da chegada das marcas por aqui, no fim do ano passado. Mas faltava bater o martelo sobre os carros da Jaecoo.

Omoda 5 Salão de Pequim
Thais Villaça/Estadão

O primeiro a receber passaporte brasileiro será o J7 (cujo nome poderá ser só 7 aqui), um SUV quadradão com pegada mais off-road e porte de Jeep Compass. O modelo está sendo homologado e deve chegar às lojas em outubro ou novembro deste ano. Já o J8 (ou somente 8), um veículo maior para seis passageiros, deverá ficar para o início de 2025.

Jaecoo J8 Salão de Pequim
Thais Villaça/Estadão

As novas marcas terão 50 concessionárias no Brasil já em 2024 e planejam lançar 9 produtos no Brasil até o fim de 2026. No mesmo ano, aliás, deverá começar a produção nacional das montadoras, mas ainda com local indefinido. Atualmente há conversas para que a Omoda e Jaecoo assumam a fábrica da Caoa em Jacareí, no interior de São Paulo. Contudo, como “plano B”, a empresa chinesa também procura outros locais para construir uma unidade fabril totalmente do zero no Brasil.


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Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”