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Avaliamos a versão flexível da nova Hilux
Avaliação

Avaliamos a versão flexível da nova Hilux

Com preço inicial de R$ 111.700, nova versão da picape média Toyota traz poucas melhorias no motor 2.7

04 de ago, 2016 · 5 minutos de leitura.

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 Avaliamos a versão flexível da nova Hilux
Motor 2.7 flexível gera 163 cv com etanol

Assim que a picape Hilux encarou uma subida, a rotação do motor caiu, e foi preciso apertar o pé no acelerador, para retomar o ânimo e evitar perda de velocidade. A Toyota está lançando o motor 2.7 flexível na picape e no utilitário-esportivo SW4. Porém, apesar das (poucas) melhorias mecânicas, fica evidente que não tem milagre: o preço é bem inferior ao de modelos a diesel, mas, por outro lado, abre-se mão de desempenho.

Começando pelos preços: a Hilux cabine dupla SR automática 4×2 custa R$ 111.700, contra R$ 152.700 da equivalente a diesel (embora, nesse caso, o motor seja acompanhado de tração integral).

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Mesmo quando se compara com a SRV 4×4 (R$ 131.200), a diferença para o equivalente a diesel ainda é grande (R$ 167.400).

Picapes com motor flexível destinam-se a um público mais urbano, que aprecia o porte do modelo, mas não precisa da robustez da mecânica a diesel. De acordo com a Toyota, a nova opção de motorização deve responder por cerca de 25% das vendas.

A Hilux 2017 utiliza basicamente o mesmo motor flexível do modelo anterior. A diferença é que agora os dois comandos de válvulas são variáveis (contra um no modelo antigo). Daí o acréscimo da palavra “dual” no 2.7 16V VVT-i.


Outras mudanças no motor incluem novo sistema de partida a frio, que dispensou o subtanque de gasolina, além de balancins, retentores e molas mais leves.Com isso, a Toyota informa que o consumo diminuiu 7%.

No roteiro de avaliação, que incluiu trechos de terra e estrada asfaltada, a média registrada no computador de bordo ficou na faixa dos 5 km/l. É a prova de que o motor de 163 cv (etanol) requer muita “alimentação” para dar conta dos 1.860 quilos da picape, na versão 4×2.

Potência e torque (25 mkgf), a propósito, não mudaram em relação aos do modelo anterior. A força máxima é entregue a 4.000 giros, o que explica a necessidade de se pisar sempre um pouco mais assim que começam os aclives. Isso porque, em baixa rotação, nitidamente falta fôlego.


Na comparação com o motor a diesel, não há tanta diferença na potência (177 cv), mas em relação ao torque ela é brutal (42,8 mkgf no modelo movido a óleo combustível).

A dirigibilidade é boa e o câmbio automático, agora com seis marchas, também agrada. Há modos Eco e Power, para se privilegiar economia ou desempenho.

Já a suspensão apresenta os tradicionais sacolejos em trechos de terra, típicos do sistema com feixe de molas. Afinal, picapes são feitas para levar carga. A propósito, a Hilux flexível tem capacidade de carga entre 830 e 850 quilos (respectivamente 4×4 e 4×2).


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