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Branco, prata e violeta: as cores de carros preferidas no mundo em 2022
Mercado

Branco, prata e violeta: as cores de carros preferidas no mundo em 2022

Tons "grisalhos" continuam predominantes, mas outras cores ganharam espaço na paleta dos carros, como amarelo e violeta

Vagner Aquino, especial para o Jornal do Carro

22 de jan, 2023 · 6 minutos de leitura.

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Na Europa, o novo VW Polo trouxe, além do visual atualizado, uma inédita opção de pintura na cor violeta
Crédito:Volkswagen/Divulgação

O Color Report, Relatório de Cores para Revestimentos Automotivos da Basf, apontou que as cores branca, preta, prata e cinza continuam a dominar a preferência do mercado automotivo em todo o mundo. Foi assim ao longo de 2022. Entretanto, o documento aponta que essa frota “grisalha” vem, aos poucos, dando lugar a uma paleta de cores mais chamativa, com destaque para os tons amarelo, laranja, verde e violeta.

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Frota “grisalha” ainda domina as ruas de países latinos, como o Brasil (TIAGO QUEIROZ/ESTADÃO)

A princípio, como há anos, o branco é a cor de carro mais popular no mundo. Os motivos variam, mas destaca-se, por exemplo, o maior valor de revenda dos veículos pintados neste tom. Azul e vermelho continuam fortes, mas, em 2022, foram menos procurados pelas montadoras de veículos clientes da Basf que antigamente, aponta o relatório.

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América do Sul

O documento aponta que a América do Sul é a região com a frota de veículos mais clara do planeta. Afinal, branco e prata dominam o mercado local. De acordo com a empresa, historicamente, compradores de automóveis sul-americanos escolhem cores mais tradicionais e menos chamativas. Como em outras regiões do mundo, o branco é, de longe, o favorito. E, por fim, o cinza ganha do preto na participação das cores acromáticas.

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Toyota/Divulgação

Para as cromáticas, o vermelho e o azul ficaram estáveis em comparação com anos anteriores. Entretanto, o marrom ganhou espaço do mercado. Essas cores foram escolhidas principalmente para veículos menores. Modelos maiores, como SUVs, por exemplo, representaram maior proporção de cores acromáticas, incluindo efeitos novos e variados.


“A América do Sul ainda é uma região conservadora. Comprar um veículo aqui significa que você pode não ter a mesma variedade de cores, mas dentro de cada espaço de cor, há alguns efeitos realmente empolgantes e diferentes”, disse Marcos Fernandes, diretor de tintas automotivas da Basf para a América do Sul.

América do Norte

Estados Unidos, México e Canadá consumiram bastante azul e vermelho – tons dominantes. A região está mais colorida que antes, afinal, o verde, o amarelo, o violeta e o bege aparecem com maior frequência. Contudo, as cores acromáticas como a preta, a cinza e a prata perderam participação no mercado norte-americano, especialmente entre os veículos pesados. Isso fez com que tons terrosos como bege, marrom e verde aumentassem.

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Nissan/Divulgação

“Com as pessoas mais atentas à natureza, as cores naturais, como verde, amarelo, violeta e bege estão deixando sua marca”, aponta Liz Hoffman, diretora de design, The Americas. “Os compradores de automóveis também buscam uma cor que transmita positividade”.

Europa, Oriente Médio, África e Ásia

A região do lado de lá do Oceano Atlântico registrou aumento no uso do branco e do preto nos carros. Por outro lado, caiu a participação dos tons cinza e prata. Desse modo, a região ficou mais colorida, com o azul na liderança. O laranja também começou a aparecer nas preferências, bem como amarelo, marrom e verde.

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BYD/Divulgação

Na Ásia, contudo, os designers da Basf observaram que o branco é o tom mais popular. “O foco deste ano é o aumento dos tons de cinza, o que sinaliza uma nova era na indústria automotiva local”, diz o comunicado. Marrom, verde e violeta estão longe de desafiar o branco, mas ganharam participação entre veículos pequenos e EVs, que tem paleta mais ampla. Além disso, o cinza ganhou popularidade e tomou espaço de azul, vermelho, dourado e marrom.



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Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?

Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade

26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.

Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.

Centro de gravidade

Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.

Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento. 

E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.

Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:

– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.

– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.

– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.

– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.

– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.