WLADIMIR D’ANDRADE
Com as novas regras do regime automotivo, detalhadas hoje pelo governo federal, a indústria brasileira deixará de fabricar “carroças” para produzir veículos de qualidade comparável aos mercados desenvolvidos. Essa é a opinião do consultor da Jato Dynamics Milad Kalume Neto sobre os efeitos da nova política para o setor automotivo que vai vigorar até 2017.
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“A gente vai deixar de fabricar carroças e vamos levar o carro a um nível mundial de competitividade”, diz.
De acordo com ele, as imposições do Inovar-Auto, nome do novo regime, provocarão profundas mudanças nos produtos fabricados no Brasil, principalmente entre os veículos com motorização até 1.4. “Essa é a faixa onde as mudanças serão mais visíveis”,
Para ele, as empresas terão de fazer grandes investimentos em pesquisa de redução do peso dos veículos, design e powertrain (sistema que compreende motor e transmissão). “O modelo de produção adotado na Europa algum tempo atrás vai chegar a toda gama de produtos brasileiros”, diz.
Para Kalume Neto, as empresas de autopeças terão papel fundamental no objetivo de levar a indústria automotiva brasileira a alcançar um nível de competitividade compatível com mercados desenvolvidos. “A grande chave para atingir metas impostas pelo novo regime será a indústria de autopeças. Elas terão de se adequar às condições das montadoras para que a indústria consiga atingir os indicadores”, afirma.
“O regime é muito inteligente porque vai levar a indústria a competir em escala mundial. Temos de tirar o chapéu.”