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BYD apresenta SUV elétrico com 1.100 cv no Salão de Xangai
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BYD apresenta SUV elétrico com 1.100 cv no Salão de Xangai

BYD dá detalhes do U8, SUV com visual ff-road e um motor em cada roda, e do conceito Song L que, segundo a marca, será rival do Tesla Model Y

Jady Peroni, especial para o Jornal do Carro

21 de abr, 2023 · 6 minutos de leitura.

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BYD
Yangwang U8 pode atingir 100 km/h em 3,6 segundos e até flutua na água
Crédito:Divulgação/BYD

A BYD apresentou diversas novidades no Salão de Xangai, que vai até o próximo dia 27. Além de mostrar de perto o modelo de entrada Seagull, que chegará em breve ao Brasil, também revelou carros como o SUV 100% elétrico B-Class e o conceito Song L. Entretanto, o grande destaque foi o SUV de luxo U8 da submarca premium Yangwang. Trata-se de um utilitário feito sobre a nova plataforma e4, cujos motores geraam 1.100 cv de potência. Assim, o carro pode acelerar de 0 a 100 km/h em 3,6 segundos.

A arquitetura possibilita o uso de quatro motores elétricos independentes. Ou seja, um em cada roda. Dessa forma, a empresa informa que há maior precisão na oferta de torque. Conforme a marca, avanços em três áreas permitiram criar essa base. São eles: motor elétrico, bateria e controles eletrônicos.

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Yangwang U8 é um SUV de luxo com proposta off-road e motores que geram 1100 cv; Fotos: BYD

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De acordo com a marca chinesa, o U8 pode rodar de forma estável em diversos terrenos e até flutua na água. Além disso, pode fazer giros de 360 graus, uma vez que as rodas traseiras também são direcionais. Segundo a empresa, a segurança não foi esquecia. Assim, o carro pode frear de 100 km/h a 0 km/h em menos de 40 metros. Segundo a BYD, o carro tem 5,30 metros de comprimento, 2 m de largura e 3,05 m de distância entre os eixos.



BYD apresenta rival de Tesla Model Y

O SUV conceitual Song L também foi revelado no salão chinês. O modelo tem proposta mais futurista, com a linguagem visual da nova geração de elétricos EV Sport Dragon. Dessa forma, o para-choque é bastante encorpado, há muitos vincos na carroceria e faróis de LEDs. Um dos destaques é o leve caimento do teto na traseira, que lembra o de cupês. Com objetivo ousado, o utilitário fez estreia global como concorrente do Tesla Model Y.

Vale citar outra submarca da BYD, a Denza. A linha conta com o SUV esportivo N7 que, de acordo com a empresa, tem o chamado “cockpit inteligente”. Dessa forma, o carro promete tecnologia de ponta e uma interação avançada. O modelo tem visual moderno na dianteira, com desenho em forma de ”X” no para-choque, rodas grandes e carroceria “musculosa”.


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O carro-conceito Song L é um dos destaques da BYD no Salão de Xangai

Seagull será hatch de entrada

Durante o Salão de Xangai, a BYD faz questão de exibir o hatch Seagull (gaivota, na tradução para o português). Ele vai ser o modelo de entrada da família “Ocean” e terá preço de cerca de US$ 9.500. Assim, na conversão direta, sem impostos, estamos falando de uns R$ 50 mi. Desse modo, se vier ao Brasil com essa proposta, tem grandes chances de ser o veículo elétrico mais barato do País. Atualmente, esse posto é ocupado pelo Jac E-JS1, que tem preço sugerido de R$ 145.900.

Hatch Seagull é o novo modelo de entrada da marca e tem preço sugerido em torno dos R$ 50 mil

Feito para ser pequeno, o Seagull será o primeiro carro da marca a usar baterias de íons de sódio. Construído sobre a plataforma elétrica 3.0 da BYD, terá duas opções de motor. Ou seja de 50kW e de 70kW, equivalentes a 74 cv e 95cv, respectivamente. Conforme a marca, a velocidade máxima é cerca de 130 km/h.

Na China, o modelo vai ser posicionado abaixo do Dolphin, que tem potencial para vir ao Brasil ainda neste ano. Com distância entre os eixos de 2,5 metros, altura de 1,54 m, largura de 1,71 m e comprimento de 3,78 m, o hatch tem dimensões parecidas com as do VW Up!, por exemplo. Por fim, o modelo vai ter duas opções de baterias. A de 30kWh garante autonomia de 305 km e a de 38kWh, cerca de 405 km.

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Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?

Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade

26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.

Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.

Centro de gravidade

Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.

Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento. 

E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.

Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:

– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.

– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.

– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.

– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.

– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.