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BYD Shark estreia na próxima semana; veja o que sabemos
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BYD Shark estreia na próxima semana; veja o que sabemos

Primeira picape da BYD terá sistema híbrido plug-in que entrega quase 500 cv; lançamento no Brasil deverá ocorrer em agosto

Thais Villaça, Especial para o Jornal do Carro

10 de mai, 2024 · 5 minutos de leitura.

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BYD Shark picape
BYD Shark será apresentada oficialmente em 14 de maio
Crédito:BYD/Divulgação

Primeira picape da BYD, a Shark será apresentada em 14 de maio, no México. O modelo já teve alguns dados revelados pela fabricante e foi flagrado em diversas ocasiões, inclusive sem camuflagens, mas sua estreia oficial ocorre na próxima semana. Depois de alguns meses, mais provavelmente em agosto, a Shark deve desembarcar no Brasil para concorrer no segmento de médias. Seu grande trunfo será o conjunto híbrido plug-in com tecnologia flex.



Por enquanto, não há muitos detalhes, mas já se sabe que a BYD Shark terá a plataforma DMO para veículos híbridos com tração 4×4. Na estreia, o conjunto terá motor 1.5 turbo de 139 cv combinado a outros dois elétricos, instalados um em cada eixo, para entregar cerca de 480 cv. No Brasil, o propulsor deverá ser convertido para utilizar também o etanol, mas existe a possibilidade de que a Shark seja lançada a princípio apenas a gasolina.

Outro ponto que promete impressionar é a autonomia. A caminhonete chinesa terá cerca de 100 km de alcance elétrico e poderá rodar aproximadamente 1.000 km no modo combinado, conforme fotos de flagras do painel de instrumentos feitas na Ásia. Além disso, uma versão elétrica também está nos planos da montadora, mas apenas para 2025.

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BYD Shark
Reprodução/Internet

Mais detalhes sobre a BYD Shark

Com 5,45 metros de comprimento, 1,97 m de largura e 3,26 m de entre-eixos, a BYD Shark é um pouco maior que as picapes médias atuais. A líder da categoria Toyota Hilux, por exemplo, tem 5,32 m de comprimento, 1,85 m de largura e 3,08 m de entre-eixos. Já a Ford Ranger mede 5,37 m, 1,92 m e 3,27 m, respectivamente. 


Em termos de design, a caminhonete terá farois retangulares de LED e a grade proeminente, com visual que remete ao da Ford F-150. Haverá ainda uma barra, também de LED, interligando o conjunto óptico, além do logo da marca em letras grandes destacadas na dianteira. Assim como na dianteira, as lanternas também atravessam toda a tampa da caçamba, que traz o nome BYD na lataria.

Como é de praxe nos carros chineses, a caminhonete será repleta de tecnologia. A tela giratória da central multimídia fará parte da lista de itens de série, assim como um grande quadro de instrumentos e head-up display. Câmera de ré, sensor de ponto cego, controle de cruzeiro adaptativo e até uma câmera de visão panorâmica de 540° (que combina combinando uma visão surround de 360° com uma de 180° da parte inferior do chassi) também farão parte do pacote.

BYD Shark
Instagram/Reprodução

Produção nacional

A picape é uma das candidatas a ter produção nacional em Camaçari (BA). Assim como sua futura principal rival, a GWM Poer, outra caminhonete híbrida que também será fabricada no Brasil, em Iracemápolis, no interior de São Paulo. O modelo rival também chega ao mercado ainda neste ano.

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Carros elétricos estimulam busca por fontes de energia renovável

Energia fornecida pelo sol e pelos ventos é uma solução viável para abastecer veículos modernos

19 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

eletromobilidade é uma realidade na indústria automotiva e o crescimento da frota de carros movidos a bateria traz à tona um tema importante: a necessidade de gerar energia elétrica em alta escala por meio de fontes limpas e renováveis. 

“A mobilidade elétrica é uma alternativa para melhorar a eficiência energética no transporte e para a integração com as energias renováveis”, afirma Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI).

O Brasil é privilegiado em termos de abundância de fontes renováveis, como, por exemplo, a energia solar e a eólica. “É uma boa notícia para a transição energética, quando se trata da expansão de infraestrutura de recarga para veículos elétricos”, diz o professor. 

Impacto pequeno

Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o Brasil tem condições de mudar sua matriz energética – o conjunto de fontes de energia disponíveis – até 2029. Isso reduziria a dependência de hidrelétricas e aumentaria a participação das fontes eólicas e solar.

Mesmo assim, numa projeção de que os veículos elétricos poderão representar entre 4% e 10% da frota brasileira em 2030, estudos da CPFL Energia preveem que o acréscimo no consumo de energia ficaria entre 0,6% e 1,6%. Ou seja: os impactos seriam insignificantes. Não precisaríamos de novos investimentos para atender à demanda.

Entretanto, a chegada dos veículos elétricos torna plenamente viável a sinergia com outras fontes renováveis, disponíveis em abundância no País. “As energias solar e eólica são intermitentes e geram energia de forma uniforme ao longo do dia”, diz o professor. “A eletromobilidade abre uma perspectiva interessante nessa discussão.”

Incentivo à energia eólica

Um bom exemplo vem do Texas (Estados Unidos), onde a concessionária de energia criou uma rede de estações de recarga para veículos elétricos alimentada por usinas eólicas. O consumidor paga um valor mensal de US$ 4 para ter acesso ilimitado aos 800 pontos da rede. 

Segundo Delatore, painéis fotovoltaicos podem, inclusive, ser instalados diretamente nos locais onde estão os pontos de recarga

“A eletrificação da frota brasileira deveria ser incentivada, por causa das fontes limpas e renováveis existentes no País. Cerca de 60% da eletricidade nacional vem das hidrelétricas, ao passo que, na Região Nordeste, 89% da energia tem origem eólica.”

Híbridos no contexto

Contudo, a utilização de fontes renováveis não se restringe aos carros 100% elétricos. Os modelos híbridos também se enquadram nesse cenário. 

Um estudo do periódico científico Energy for Sustainable Development fala das vantagens dos híbridos, ao afirmar que suas emissões de gases de efeito estufa são inferiores às do veículo puramente elétrico.

“Os veículos híbridos possuem baterias menores, com proporcional redução das emissões de poluentes. Essas baterias reduzem o impacto ambiental da mineração dos componentes necessários à sua fabricação. Os resultados demonstram que a associação de baterias de veículo que usam biocombustíveis tem efeito sinérgico mais positivo”, conclui o documento.