O calor, finalmente, resolveu dar o ar da graça em algumas cidades brasileiras. Em São Paulo, por exemplo, foi registrado o inverno mais quente da história, com temperatura média de 26 graus nos três meses da estação. Fora isso, a última semana marcou quase 40 graus de temperatura máxima. É nessas horas que algumas pessoas pensam: “E se eu tivesse um conversível?” Mas dá para providenciar. Afinal, embora restem pouquíssimas opções do gênero no portfólio de 0-km das marcas, o mercado de usados ainda reúne boas opções.
Leia Mais
Para ajudar nessa escolha, o Jornal do Carro separou uma lista com cinco modelos. Os exemplares vão dos mais antigos aos mais novos e têm preços de até R$ 150 mil. A escolha foi baseada em pesquisas nos principais sites da internet que reúnem ofertas de veículos usados e seminovos.
Cuidados essenciais
Mas antes de desenrolar a lista, vale expor alguns cuidados que toda compra de usados exige. Para fechar um bom negócio, a princípio, verifique se o carro selecionado está em bom estado de conservação. Cheque o estofado, o volante, bem como as condições dos pedais, por exemplo. O alinhamento deve estar perfeito. Na lataria, nada de manchas ou amassados. Antes de sair pesquisando, seja na internet ou nas agências e revendas, procure saber sobre reposição de peças. Custos de manutenção e valores de seguro também são fundamentais incluir neste pente-fino.
Publicidade
Entenda se o modelo selecionado nunca passou por enchente ou sinistro. Desse modo, realize avaliação técnica, levando consigo um mecânico de confiança na hora de ver o carro de perto. Realize, ademais, perícia – inclusive de documentação. Por fim, jamais abra mão do test-drive. Afinal, essa é a hora de verificar se o carro apresenta barulhos, folgas, ou outros tipos de falha.
Sobretudo, como estamos falando de carro conversível, preste bem a atenção ao teto, tanto em impermeabilidade quanto em relação ao funcionamento, seja de lona ou rígido, com comando manual ou automático. Por fim, só feche negócio depois de todas as checagens e de todas as dúvidas sanadas. Agora, vamos à lista:
BMW Z3 (1995) – R$ 135 mil
Sucesso na TV e no cinema nos anos 1990, o BMW Z3 fez sucesso em diversas novelas (nacionais e internacionais) e até como carro do agente James Bond na franquia “GoldenEye” (1995). O modelo, que chegou ao mercado nacional em novembro de 1995 e ficou até meados da década de 2000, se destaca pelo (belíssimo) visual e pela diversão ao volante, afinal, tem tração traseira.
Ainda em mecânica, as configurações encontradas vêm equipadas com motor 1.9 de quatro cilindros e 140 cv. O propulsor é atrelado ao câmbio manual de cinco marchas. Existe, ainda, versões com motorização 2.8 e seis cilindros em linha, de 193 cv. Este, vai de 0 a 100 km/h em 7,1 segundos. Entretanto, mais novo, já tem preço acima do valor estipulado nessa pauta.
Chevrolet Kadett GSI Conversível (1993) – R$ 50 mil
Outro que fez sucesso na mídia foi o Kadett GSI Conversível. No começo da década de 1990, só dava ele nas telinhas, nas ruas e nas garagens dos mais endinheirados. Ímã de olhares, chamava a atenção por onde passava. Feito no Brasil, o modelo era enviado para a Itália e, lá, o estúdio Bertone o transformava em conversível. Tinha bancos esportivos Recaro e até painel digital.
Na mecânica, o motor 2.0 com injeção eletrônica multiponto e 121 cv. Câmbio: manual de cinco marchas. Esse conjunto o leva de 0 a 100 km/h em 11,4 segundos. Há alguns anos, chegava-se a encontrá-lo no mercado de usados por cerca de R$ 15 mil ou R$ 30 mil. Mas, com a supervalorização dos conversíveis – que sempre estão com valores (bem) acima da Tabela Fipe -, hoje, tem unidades que ultrapassam os seis dígitos. No entanto, em média, custa R$ 50 mil.
Fiat 500 Cabrio (2015) – R$ 80 mil
O Fiat 500 Cabrio fez sucesso no Brasil quando chegou por aqui na primeira metade da década passada. Era, à época, o mais barato do gênero. Mas cabe um adendo, afinal, o Cinquecento cabriolet não é um conversível raiz. Ao contrário do rival Mini Cooper Cabrio, por exemplo, a capota parece um teto solar gigante. Afinal, a estrutura das colunaas B e C permanecem intactas mesmo com a lona aberta.
O espaço interno não é um primor. Portanto, levar quatro adultos de estatura mediana já deixa a viagem menos confortável. Sem contar que, no porta-malas, cabe ainda menos bagagem que na versão convencional: apenas 190 litros. Pois o espaço se divide com o abrigo do teto. De qualquer forma, tem charme inegável e opções mecânicas interessantes. No portfólio, motores 1.4 8V, 1.4 16V e ofertas de câmbio manual, automatizado e automático. Mas o mais interessante conjunto (e mais fácil de encontrar) é o 1.4 16V de 107 cv e com câmbio automático de seis marchas. Essas unidades, ano 2015 custam, em média, R$ 80 mil.
Mazda Miata (1994) – R$ 145 mil
Batizado como Eunos Roadster em alguns mercados, o Mazda MX-5, conhecido no Brasil como Miata, é um clássico quando se fala em conversíveis. Com capô longo, capota com abertura manual e faróis escamoteáveis, torce pescoços por onde quer que passe. Nascido em 1989, fez escola até para montadoras como BMW e Porsche, por exemplo. Inclusive, era a base para o recente Fiat 124, que infelizmente não chegou ao Brasil.
À época, a Mazda (quando existia por aqui) trouxe poucas unidades ao Brasil. Por isso, não é tão fácil encontrá-lo no mercado de usados. E, quando encontra, o preço está lá em cima. Afinal, haja exclusividade. Pelo modelo, com motor 1.6 de 116 cv, tração traseira e câmbio manual de cinco marchas, o modelo é o mais caro da lista. Os exemplares mais legais, no entanto, custam média de R$ 145 mil.
Peugeot 308 CC (2013) – R$ 120 mil
Hoje em dia, a Peugeot tem outro foco, mas já trouxe bastante conversível bacana para o mercado brasileiro. A história começou lá nos anos 1990 e se estendeu até a década passada, com o 308 CC. O modelo tem capota rígida que, quando fechada, deixa o carro com ares de cupê. Afinal, a própria sigla “CC”, já indica que se trata de coupé-cabriolet. Aqui, vale uma explicação. Cabriolet serve para carros de quatro lugares e roadster, quando tem apenas dois assentos.
Debaixo do capô dianteiro, o motor 1.6 THP (turbo), que ficou famoso, também, em modelos BMW e Mini (a Peugeot tinha parceria com a marca alemã) gera 165 cv. Na lista de série, o modelo tem até bancos revestidos com couro e aquecimento. O lado bom é que não é nada difícil encontrar um exemplar bem conservado no mercado de usados. O preço médio é de R$ 120 mil.
Siga o Jornal do Carro no Instagram!
