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Carros com bolhas na película dos vidros podem ser multados em R$ 195; entenda
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Carros com bolhas na película dos vidros podem ser multados em R$ 195; entenda

Mudanças feitas na legislação incluem multa para carros com bolhas na película dos vidros, que têm índice mínimo de luminosidade

Vagner Aquino, especial para o Jornal do Carro

26 de out, 2022 · 4 minutos de leitura.

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Irregularidade gera multa de R$ 195,23 e 5 pontos no prontuário da CNH
Crédito:Hélvio Romero/Estadão

Carros com bolhas na película dos vidros estão sujeitos a multa de R$ 195,23. Além disso, o dono do veículo flagrado recebe 5 pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH). As penalidades estão previstas nas atualizações determinadas pela Resolução 960/2022 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran). As novas regras entraram em vigor recentemente e estão ligadas à segurança. Assim, incluem tanto o para-brisa quanto os vidros das janelas laterais dianteiras dos veículos.

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JOSÉ PATRÍCIO/ESTADÃO

Além de multa e dos pontos na CNH, o dono do veículo flagrado com bolhas na película dos vidros terá de remover o filme imediatamente. Do contrário, o veículo ficará retido até a resolução do problema. Afinal, a lei classifica a irregularidade como fator que compromete a visibilidade do motorista.

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Outra mudança diz respeito ao índice de luminosidade permitido para cada tipo de filme. Antes, podia ser de até 75% para os transparentes e de 70% para os coloridos. Agora, o limite é de 70% para todos. Seja como for, a película protege os ocupantes do veículo dos raios UV.

Também diminui o calor no cabine, bem como garante mais privacidade para motorista e passageiros. Portanto, é importante que a instalação seja feita por profissional especializado. Alem disso, o consumidor deve exigir o certificado de garantia do produto.



Por que aparecem bolhas nas películas

A princípio, as bolhas podem aparecer logo após a instalação da película. Isso geralmente acontece por causa de falhes na secagem da cola. Em média, o processo leva de 30 a 45 dias, dependendo do material e, principalmente, do clima. De acordo com profissionais, se surgirem bolhas a película deve ser trocada.


Entretanto, o mais comum é que os defeitos surjam após três anos da instalação. Segundo especialistas, a dica é trocar a película, em média, a cada cinco anos. Além disso, não se deve passar produtos químicos sobre o produto. Portanto, para a limpeza o ideal é usar apenas água e sabão ou detergente neutro.

Vidro muito escudo dá multa

Daniel Teixeira/Estadão

Segundo a legislação, para os vidros laterais traseiros e traseiro, não houve mudança. Ou seja, no caso dos laterais traseiros, o limite é de 28%. Para o espia traseiro, o índice é de 70%.


A fiscalização do cumprimento da lei é feita pela Polícia Militar. Bem como por agentes de Detrans, Polícia Rodoviária Federal (PRF), Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) e Departamento de Estradas de Rodagem (DER).

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Oficina Mobilidade

Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?

Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade

26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.

Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.

Centro de gravidade

Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.

Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento. 

E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.

Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:

– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.

– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.

– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.

– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.

– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.