O Chevrolet Corsa, um dos modelos mais memoráveis da história da General Motors, completa 30 anos de seu nascimento neste mês. O ano de 1994 reservou muitos acontecimentos para o Brasil, onde o País assistiu perplexo à morte de Ayrton Senna, elegeu Fernando Henrique Cardoso à presidência da República e comemorou o tetracampeonato do Brasil no futebol. Além desses fatos, o público presenciou a chegada do novo carro popular da GM.
Com a missão de substituir o longevo Chevette, o Corsa, recém-chegado ao Brasil, e apenas um ano depois de seu lançamento na Europa, levou uma nova leva de consumidores às lojas, dispostos a pagar até ágio para ter a novidade em suas mãos. Inicialmente, o modelo tinha só a versão Wind com motor 1.0 a gasolina, com injeção monoponto e 50 cv, e câmbio de cinco marchas. A carroceria era somente a hatch de três portas.
O sucesso foi tanto que a GM teve de aumentar a produção do popular, a fim de evitar o ágio sobre o modelo, enquanto seu presidente vinha a público pedir para que os consumidores esperassem para comprá-lo. Ainda em clima de festa, surge a versão GL, com motor 1.4 de 60 cv e, durante o Salão do Automóvel, a edição esportiva GSi, que trazia o 1.6 16V de 108 cv, vindo da Hungria.
Família Corsa tinha esportivo, perua e até picape
A versão mais apimentada do modelo tinha como função combater esportivos da época. Entre eles estavam o Fiat Uno Turbo 1.4, e o VW Gol GTI, com motor 2.0 8v, por exemplo. Além disso, outras novidades desta série especial eram os freios a disco ventilados e o sistema de freios ABS.
Em 1995, a família Corsa tomaria o mercado, com a chega das versões picape, sedã e hatch de quatro portas. Chegaria também o competente motor 1.6 de 92 cv. Em agosto de 1997, a montadora apresentava a rara opção com câmbio automático de quatro marchas, bem como também a versão perua Corsa Wagon. Nascia também luxuosa opção GLS, rendendo o apelido de “baby Vectra” ao sedã.
Em 1998, o sedã passava a oferecer uma versão com motor 1.0 — batizada de Corsa Sedã Super. Em 1999, vieram a primeira reestilização, um novo motor 1.0, agora com 60 cv, disponível também na versão perua (Corsa Wagon Super) e a extinção do propulsor 1.4. Resistindo intacto ao “bug” do milênio, em 2000, a família ficou completa, com o Corsa Furgão.
A segunda e última geração do Chevrolet Corsa
No ano de 2002, o Brasil recebe finalmente o Corsa em uma nova geração, mais uma vez alinhada à vendida na Europa, mas agora com dois anos de atraso. As versões iniciais eram hatch e sedã. Assim, saia de cena também o motor 1.0 16V, para a chegada de um novo 1.0 8V de 71 cv, além do lançamento de um 1.8 8V de 102 cv. Nesse mesmo ano chegava, baseada na nova geração, a minivan Meriva, e no ano seguinte, a picape Montana.
Contudo, em 2003, o antigo Corsa Sedã recebe o sobrenome Classic, para se distanciar do novo modelo, e torna-se uma opção de entrada na linha GM. Avançando no tempo, o novo Corsa teve como momentos marcantes a versão SS, que também equipou a Meriva e o hatch médio Astra, e a chegada do motor 1.4 de 106 cv, em substituição ao 1.8, em 2008, por exemplo.
O Classic e o fim da linha
Seu final foi marcado pela chegada ao mercado do hatch Agile, feito sob sua plataforma, em 2010. Assim, dois anos depois, em julho de 2012, a GM retirou o Corsa de linha. Entretanto, considerando sua verdadeira origem, o último “Corsa” foi o sedã de primeira geração, agora chamado apenas Classic, que teve sobrevida até 2016, como modelo 2017, ficando mais de duas décadas no mercado.
Por fim, o nome Corsa segue vivo na Europa, sob a marca Opel, agora elétrico e comandada pela Stellantis, e não mais pela GM. Em junho do ano passado, o modelo recebeu uma série especial para celebrar seus 40 anos de existência, começados no Velho Continente em 1983.
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