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Entre a razão e a emoção
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Entre a razão e a emoção

Sob a égide inequívoca da engenharia mecânica, o Etios é um excelente produto. Já sob aspectos mais subjetivos, como design interno e externo, não. E é esse dilema que viverá cada consumidor que for a uma concessionária Toyota

22 de set, 2012 · 5 minutos de leitura.

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 Entre a razão e a emoção

DIEGO ORTIZ

Sob a égide inequívoca da engenharia mecânica, o Etios é um excelente produto. Já sob aspectos mais subjetivos, como design interno e externo, não. E é esse dilema que viverá cada consumidor que for a uma concessionária Toyota a partir do dia 28 comprar um hatch, tabelado a partir de R$ 29.990, ou um sedã, com preço inicial de R$ 36.190.

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A cada parada as pessoas perguntam sobre o modelo. É caro? É bom de guiar? E todos acham um baita diferencial o fato de ele ser fabricado pela Toyota, que tem boa imagem no País.

A montadora fez um belo trabalho mecânico no carro produzido em Sorocaba (SP). Não há “grilos”, a suspensão é magnífica na absorção de impactos (não tão boa para curvas), a direção é firme e direta, mesmo com assistência elétrica (o volante tem ótima empunhadura) e o câmbio é certeiro nos encaixes e relações.


Isso ajuda o desempenho do hatch avaliado, com motor 1.3 flexível de até 90 cv e 12,8 mkgf com etanol. O bom torque em baixa rotação, com toda a força disponível perto dos 3 mil giros, faz o carro ser muito prático no uso na cidade e arrancar com vigor nas saídas de semáforo.

O 1.5 do sedã, por sua vez, rende 96,5 cv e 13,9 mkgf. Nos números, a diferença é pouca para o 1.3, mas ele acaba sendo mais elástico e melhor para pegar estradas e fazer ultrapassagens.


Mesmo com o bom desempenho, os motores são econômicos, com média de consumo de 8,5 km/l de etanol (8,4 no 1.5), de acordo com dados da fábrica.

Mas todo o esmero que fez da Toyota uma marca reconhecida parece ter sido esquecido no interior do carro. O painel, por exemplo, é pobre, e tem peças que se soltam com a mão.


A tela com informações do nível de combustível e hodômetro é pequena, do mesmo tamanho dos mostradores dos antigos relógios Casio. E isso não é bom.

O plástico do acabamento aparenta pobreza e há folgas. Os bancos são macios demais e a abertura do porta-luvas tem uma das piores soluções vistas.

Mas pelo menos não falta espaço para cinco pessoas. Esse é o ponte forte do Etios, que agrada até aos malas sem alça. O bagageiro do hatch tem 270 litros e o do sedã, 562 litros.


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