Pode ser que carros autônomos ainda demorem algum tempo antes de chegarem em massa às ruas, mas no campo de batalha a tecnologia não deve demorar. Ao menos é essa a previsão do subsecretário de Defesa dos Estados Unidos, Michael Griffin.
De acordo com a Bloomberg, Griffin recentemente disse a membros do Congresso norte-americano que os carros sem motorista deverão ser vistos em cena no Exército antes de ganharem as ruas.
Segundo a publicação, Griffin disse que 52% dos acidentes em zonas de combate ocorreram com veículos que estavam entregando alimentos, combustível e outros equipamentos: “Você fica em posição muito vulnerável quando está realizando uma atividade desse tipo”, afirmou. Na visão dele, se essas pessoas fossem substituídas por tecnologia autônoma, um número incontável de vidas poderia ter sido salva.
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A guerra do Iraque, em particular, foi notabilizada pela presença de bombas em estradas, que mataram ou feriram gravemente um grande número de pessoas desde o começo do conflito, em 2003.
De acordo com Griffin, o emprego da tecnologia autônoma em zona de combate é mais fácil porque, ao contrário do que ocorre em centros urbanos, em campos de batalha não há preocupação com pedestres e sinais de trânsito.
Tensão no Google
Embora o funcionário do governo norte-americano não tenha dado uma previsão de quando veículos autônomos militares poderão ser vistos em batalhas, Griffin acredita que as Forças Armadas devem “alavancar” a tecnologia.
A decisão, no entanto, poderá elevar a tensão de milhares de funcionários do Google, que recentemente protestaram contra o envolvimento da empresa no Projeto Maven, uma joint venture entre Google e o Departamento de Defesa para o desenvolvimento de inteligência artificial com finalidade militar.