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Executivo da BMW fala sobre cupês
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Executivo da BMW fala sobre cupês

Nesta entrevista exclusiva concedida ao JC na Alemanha durante o lançamento da terceira geração do Série 6 de carroceria fechada, o vice-presidente responsável pelo projeto do modelo, Frank Ochmann, comenta o desenho do carro e o segmento dos cupês

14 de ago, 2011 · 5 minutos de leitura.

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 Executivo da BMW fala sobre cupês
Nícolas Borges

Munique, Alemanha – Vice-presidente de Produto da BMW, Frank Ochmann conversou com o JC sobre o mercado dos cupês no lançamento, em julho, da terceira geração do novo modelo da marca na categoria, o Série 6, do qual responde pelo projeto.

Em relação ao desenho, como foi o desenvolvimento deste novo Série 6 cupê totalmente diferente do anterior, que tinha linhas bem controversas?
A segunda geração foi um sucesso , com vendas de 118 mil unidades. Logo, o público gostou do design. Mas como nós sempre temos de evoluir, os designers agora tiveram outra inspiração. No caso, a fluidez da água corrente. O carro em si ficou mais longo, largo e um pouco mais baixo, para ter uma aparência mais esportiva. Apesar disso, o cliente o vê como uma continuidade do predecessor.

Mas para os jornalistas aqui, por exemplo, a opinião geral é de que o visual mudou muito. O objetivo era mesmo de fazer algo totalmente distinto?
Se você for perguntar ao designer ele vai dizer que se trata de uma evolução e não um desenho totalmente diferente.

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As linhas da traseira mudaram completamente.
Claro, temos um novo chefe de design, com suas características próprias, mas as linhas não são inteiramente novas.

Os Estados Unidos são o maior mercado para o Série 6 cupê. Qual o motivo disso? Seria o fato de o carro ser grande e oferecer esportividade com conforto?
O americano é muito atraído por esse tipo de design, dos cupês. E ele também quer que o carro possa levar quatro pessoas e as bolsas de golfe no final de semana.

De maneira geral, internacionalmente, as vendas do cupês grandes são menores que as dos sedãs equivalentes. Há futuro para esse tipo de carro?
O próprio conceito dos cupês limita o alcance deles no mercado. Sem falar do preço, que costuma ser mais alto. Mas eles continuarão existindo pois sempre haverá público para eles. É um segmento relativamente constante.


Não há tantas variações.
É claro que em tempos de crise, as vendas caem um pouco, mas se trata de um nicho estável. E ainda existe a possibilidade de crescimento dos cupês e conversíveis em certos países. Como a China, por exemplo, que no momento é um mercado de sedãs grandes. Logo, o potencial é grande. Outro detalhe interessante é o surgimento dos cupês de quatro portas.

Mesmo que alguns deles (como o pioneiro dessa onda, o Mercedes-Benz CLS) na verdade sejam sedãs, com o porta-malas bem destacado?
Sim, mas as linhas gerais são de cupê e é assim que o comprador o enxerga. E o mais importante é que o desenvolvimento dessa categoria traz um público mais amplo, que quer quatro portas, mais conforto e espaço interno. Tanto que teremos em 2012 uma versão de quatro portas do Série 6.

Viagem feita a convite da BMW


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