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Executivo da Toyota diz que preço dos carros vai continuar a subir
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Executivo da Toyota diz que preço dos carros vai continuar a subir

Mesmo com a regularização do fornecimento de chips e aumento da produção, preço dos carros novos continuará alto nos EUA, tal como no Brasil

Rodrigo Tavares, Especial para o Jornal do Carro

29 de mar, 2023 · 4 minutos de leitura.

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Toyota
Plantas da Toyota fora do Japão já produziram 119,6 milhões de veículos
Crédito:Toyota/Divulgação

A eletrificação e as novas tecnologias de segurança fizeram a quantidade de chips mais que duplicar nos carros novos. Mas não é só. Desde 2020, os custos de produção e de logística subiram de forma razoável, e o dólar norte-americano disparou. Assim, são vários os motivos que fizeram o preço dos carros novos subir sem parar. Essa alta, aliás, contempla também a nova estratégia das montadoras de concentrar esforços nos modelos mais lucrativos.

Diante da atual realidade, que tem ainda os carros elétricos com baterias caríssimas, o cenário é pouco animador para os consumidores no mundo inteiro. Segundo Jack Hollis, chefe de vendas da Toyota da América do Norte, o preço dos carros novos não vai baixar. Ao contrário, vai continuar a subir em 2023 nos Estados Unidos. Ou seja, a declaração vai de encontro ao cenário global que também atinge o Brasil.



Nova Hilux GR Sport chegará ao mercado mais cara que o modelo anterior (Toyota/Divulgação)

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Ainda segundo Hollis, mesmo diante da alta dos valores praticados nos EUA, o faturamento da Toyota e sua divisão de luxo, Lexus, devem superar as expectativas em relação ao último ano. Espera-se que 2,2 milhões de carros sejam entregues em 2023, ou seja, 100.000 unidades a mais que em 2022. Entretanto, a expectativa é que a participação da montadora tenha ligeira queda, com projeções de um 1º semestre abaixo do esperado.

O alto executivo da marca, no entanto, diz que a Toyota trabalhará abaixo de sua capacidade normal, devido à problemas de fornecimento de peças. Por isso, diferente do planejado, vai entregar menos unidades que nos últimos anos, algo entorno de 17 milhões de veículos. Ainda assim, a marca “conseguirá vender todos os veículos que puder produzir”.

Mercado de usados é alternativa ao preço alto

Confira nosso review sobre o Toyota Corolla Cross!

Ainda conforme o relatório da marca japonesa, a demanda por veículos usados será capaz de manter os valores residuais altos. Afinal, compradores que estejam com medo da crescente disparada no preço ainda podem optar por movimentar o mercado de seminovos. Este se mantém saudável ao redor do mundo, bem como no Brasil.

Quer um seminovo? Então veja a lista dos SUVs que mais desvalorizaram neste ano.

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Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?

Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade

26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.

Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.

Centro de gravidade

Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.

Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento. 

E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.

Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:

– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.

– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.

– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.

– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.

– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.