Você está lendo...
Fiat 500e pode ganhar versão a combustão na Europa
Notícias

Fiat 500e pode ganhar versão a combustão na Europa

Fiat estuda ampliar a capacidade da fábrica em Turim para produzir configuração com motor a gasolina, mas modelo pode ter vida curta

Thais Villaça, Especial para o Jornal do Carro

22 de mar, 2024 · 4 minutos de leitura.

Publicidade

Fiat 500e
Fiat 500e, disponível apenas em versão elétrica, vende menos que a versão a gasolina da geração anterior
Crédito:Vagner Aquino/Especial para o Estadão

Na contramão da indústria automotiva, o Fiat 500e, carrinho clássico lançado em versão exclusivamente elétrica na sua geração mais recente, em 2020, pode receber agora uma opção a combustão. 

Isso porque a geração anterior do compacto continuou à venda no mercado europeu com motor a gasolina. Desse modo, foram vendidas 104 mil unidades da opção a combustão, enquanto o modelo elétrico foi responsável por 62 mil unidades. 



Como a geração anterior deve ser descontinuada a partir de julho por não atender mais as regras de segurança e cibersegurança da União Europeia, a Fiat considera voltar atrás e lançar a geração atual com um novo propulsor a gasolina.

Publicidade


Fiat 500e
Fiat/Divulgação

Planos da Fiat para o futuro

A montadora já sondou fornecedores com a justificativa de aumento da produção do 500 em sua fábrica de Turim, na Itália. A ideia é passar das 77.260 unidades de 2023 para 175 mil carros anualmente, sendo 100 mil a combustão e 75 mil elétricos.

Apesar de o 500 elétrico estar à venda no mercado brasileiro, não sabemos se a opção a gasolina poderá voltar ao País. Lembrando que o 500 foi vendido por aqui de 2009, a princípio importado da Polônia (onde é fabricado até hoje), a 2015, sendo que a partir de 2011 o carrinho vinha do México.


Fiat 500e
Fiat/Divulgação

Mesmo que o 500 receba o motor a gasolina nesta geração, sua vida deve ser curta. Afinal, a Fiat já declarou que pretende fabricar apenas carros elétricos a partir de 2030, pelo menos na Europa. No Brasil, é basicamente certo que esse prazo não se aplica por conta da infraestrutura do País e pela aposta da empresa no etanol. O certo é que a marca terá modelos híbridos flex no futuro aqui.

Mas a Fiat também pode mudar a produção do compacto da Polônia para a Algéria a fim de abastecer mercados da África e da Ásia com o 500 com motor a combustão.


Siga o Jornal do Carro no Instagram!

O Jornal do Carro está no Youtube

Inscreva-se
Fiat Titano é picape barulhenta e rústica, mas tem robustez
Deixe sua opinião
Jornal do Carro
Oficina Mobilidade

Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?

Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade

26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.

Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.

Centro de gravidade

Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.

Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento. 

E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.

Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:

– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.

– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.

– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.

– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.

– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.