LUÍS FELIPE FIGUEIREDO
O Fiat Freemont (confira avaliação na página 7) chega ao mercado para disputar espaço em um segmento muito competitivo, de modelos familiares na faixa entre R$ 80 mil e R$ 90 mil. São pelo menos 15 rivais de peso, como utilitários-esportivos e minivans.
Há modelos bem distintos, como o pouco conhecido Ssangyong Kyron, jipão sul-coreano com motor a diesel que tem preço sugerido de R$ 89.900, e o próprio “irmão” do Freemont, o Dodge Journey, que continua à venda no País com propulsor V6 2.7 e parte de R$ 99.900.
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Também estão na disputa as minivans espanholas Citroën C4 Picasso e Grand C4 Picasso, com tabela de, respectivamente, R$ 78.400 e R$ 91.990.
Até a perua Volkswagen Jetta Variant pode ser considerada uma concorrente. O modelo feito no México, assim como o novo Fiat, é tabelado a R$ 83.990.
Visibilidade
Segundo o consultor da ADK Automotive Paulo Roberto Garbossa, ter um representante em um segmento de veículos de maior valor é importante para a Fiat pela visibilidade que proporcionam. “O consumidor percebe que a empresa não sabe fazer apenas carros pequenos e também produz modelos de luxo.”
Isso apesar dos baixos volumes de venda. Embora numerosos, os rivais do Freemont somaram vendas de cerca de 40 mil unidades de janeiro a junho deste ano. É o que registrou, sozinho, o sedã Voyage, da VW.
O líder dessa turma é o CR-V. No acumulado do ano o modelo mexicano teve pouco mais de 7 mil unidades emplacadas. Em seguida aparece o Hyundai ix35, com 6,7 mil vendas.
Para Garbossa, o desafio da Fiat será vencer a falta de tradição nesse nicho. “A marca precisa fazer um extenso trabalho nas autorizadas, pois trata-se de um novo tipo de veículo.” Ele afirma que o perfil do comprador é bem diferente do de um Palio, por exemplo. “O vendedor também precisa ser bem treinado.”