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BYD registra patentes do SUV elétrico Seal U no Brasil
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BYD registra patentes do SUV elétrico Seal U no Brasil

BYD Seal U mistura visual do SUV Song Plus e do sedã Seal; modelo tem propulsão elétrica e deve rodar média de 500 km com carga cheia

Vagner Aquino, especial para o Estadão

09 de mai, 2024 · 4 minutos de leitura.

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BYD
Song Plus renovado é vendido na China com o nome de Champion Edition
Crédito:INPI/Reprodução

O BYD Seal U é, basicamente, o SUV Song Plus com base no sedã Seal. Dessa mistura, nasceu um utilitário esportivo com motorização 100% elétrica e capaz de rodar mais de 500 km com carga cheia. E o novato está perto de chegar ao Brasil. Ao menos é o que indicam as patentes registradas no Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI). Além dele, a BYD também registrou os modelos Leopard 5, U7 e U9, entretanto, ainda não se sabe quais, de fato, virão para cá, tampouco as possíveis datas. Os registros apenas fortalecem a esperança de chegada.



O Seal U é, na prática, a versão elétrica do Song Plus, mas rebatizado. Visualmente, se destaca pela dianteira semelhante ao sedã Seal, basicamente, o formato dos faróis. Entretanto, as partes lateral e traseira vêm do Song Plus. O SUV mede 4,79 metros de comprimento, 1,89 m de largura, 1,67 m de altura e 2,77 m de distância entre-eixos. Tem porta-malas de 552 litros.

BYD baterias
BYD/Divulgação

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Assim como nos novos modelos da marca, o Seal U usa um painel de instrumentos semelhante ao do Song Plus, bem como também a multimídia giratória de 15,6 polegadas. Ainda na parte de dentro, além dos vários porta-objetos, também há a capacidade de carregar dois celulares sem fio ao mesmo tempo, por exemplo.

BYD
BYD/Divulgação

Ainda não se sabe qual versão virá (se vier) ao Brasil. Lá fora, o SUV tem motor elétrico dianteiro de 218 cv de potência e duas opções de baterias Blade. As capacidades ficam em de 71 kWh e 87 kWh, na versão mais forte. Por isso, ainda não dá para cravar a autonomia do novato. Seja como for, no mercado externo, o Seal U tem alcance médio de 500 km, de acordo com o ciclo europeu WLTP. Ou seja, quando vier ao Brasil, deve ser menor, afinal, as medições do Inmetro são mais rigorosas.


BYD
Com 1.300 cv, BYD U9 pode acelerar de 0 a 100 km/h em 2 segundos (BYD/Divulgação)

Nada confirmado no Brasil

Assim como o Seal U, os demais integrantes da lista de registrados no INPI não têm confirmação de chegada ao Brasil. Portanto, o SUV Leopard 5 (um híbrido plug-in voltado ao segmento premium e pertencente à submarca Fang Cheng Bao), o sedã de luxo híbrido plug-in U7 e o esportivo elétrico U9 – ambos da submarca premium Yangwang – podem ter sido patenteados apenas como garantia pela marca.

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Carros elétricos estimulam busca por fontes de energia renovável

Energia fornecida pelo sol e pelos ventos é uma solução viável para abastecer veículos modernos

19 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

eletromobilidade é uma realidade na indústria automotiva e o crescimento da frota de carros movidos a bateria traz à tona um tema importante: a necessidade de gerar energia elétrica em alta escala por meio de fontes limpas e renováveis. 

“A mobilidade elétrica é uma alternativa para melhorar a eficiência energética no transporte e para a integração com as energias renováveis”, afirma Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI).

O Brasil é privilegiado em termos de abundância de fontes renováveis, como, por exemplo, a energia solar e a eólica. “É uma boa notícia para a transição energética, quando se trata da expansão de infraestrutura de recarga para veículos elétricos”, diz o professor. 

Impacto pequeno

Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o Brasil tem condições de mudar sua matriz energética – o conjunto de fontes de energia disponíveis – até 2029. Isso reduziria a dependência de hidrelétricas e aumentaria a participação das fontes eólicas e solar.

Mesmo assim, numa projeção de que os veículos elétricos poderão representar entre 4% e 10% da frota brasileira em 2030, estudos da CPFL Energia preveem que o acréscimo no consumo de energia ficaria entre 0,6% e 1,6%. Ou seja: os impactos seriam insignificantes. Não precisaríamos de novos investimentos para atender à demanda.

Entretanto, a chegada dos veículos elétricos torna plenamente viável a sinergia com outras fontes renováveis, disponíveis em abundância no País. “As energias solar e eólica são intermitentes e geram energia de forma uniforme ao longo do dia”, diz o professor. “A eletromobilidade abre uma perspectiva interessante nessa discussão.”

Incentivo à energia eólica

Um bom exemplo vem do Texas (Estados Unidos), onde a concessionária de energia criou uma rede de estações de recarga para veículos elétricos alimentada por usinas eólicas. O consumidor paga um valor mensal de US$ 4 para ter acesso ilimitado aos 800 pontos da rede. 

Segundo Delatore, painéis fotovoltaicos podem, inclusive, ser instalados diretamente nos locais onde estão os pontos de recarga

“A eletrificação da frota brasileira deveria ser incentivada, por causa das fontes limpas e renováveis existentes no País. Cerca de 60% da eletricidade nacional vem das hidrelétricas, ao passo que, na Região Nordeste, 89% da energia tem origem eólica.”

Híbridos no contexto

Contudo, a utilização de fontes renováveis não se restringe aos carros 100% elétricos. Os modelos híbridos também se enquadram nesse cenário. 

Um estudo do periódico científico Energy for Sustainable Development fala das vantagens dos híbridos, ao afirmar que suas emissões de gases de efeito estufa são inferiores às do veículo puramente elétrico.

“Os veículos híbridos possuem baterias menores, com proporcional redução das emissões de poluentes. Essas baterias reduzem o impacto ambiental da mineração dos componentes necessários à sua fabricação. Os resultados demonstram que a associação de baterias de veículo que usam biocombustíveis tem efeito sinérgico mais positivo”, conclui o documento.