Vagner Aquino, Especial para o Jornal do Carro

20/07/2021 - 7 minutos de leitura.

Fiat Pulse, Creta e Tiggo 3X: novos SUVs vão na trilha de Tracker e T-Cross com motores turbo

Depois de Tracker e T-Cross, motores turbo começam a dominar a categoria de SUVs compactos, que ganhará reforço do novo Creta e do Fiat Pulse

No acumulado até outubro, Chevrolet Tracker é o SUV mais vendido com mais de 55 mil emplacamentos Crédito: Chevrolet/Divulgação

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Mais de seis anos depois da profusão de SUVs compactos, o Brasil entra em uma nova fase com a maioria dos utilitários equipados com motores turbo. Até o fim de 2019, eram poucos modelos turbinados à venda na categoria, tais como Chevrolet Tracker e Volkswagen T-Cross. Porém, a realidade já é outra. A Caoa Chery recentemente lançou o Tiggo 3X com motor 1.0 turbo, a Renault acaba de apresentar o Captur 1.3 turbinado.

O novo Hyundai Creta, que estreia nas próximas semanas, terá o mesmo motor 1.0 turbo do HB20. Por fim, a Fiat lançará entre agosto e setembro o Pulse, seu primeiro SUV nacional, que vai estrear o inédito 1.0 GSE turbo da Stellantis. Este mesmo motor também equipará o Jeep Renegade num futuro próximo. Assim, os SUVs com motores aspirados começam a ser minoria, como o Nissan Kicks e o Renault Duster.

Fiat Pulse será 1.0 turbo

Com lançamento previsto para agosto (vendas, em setembro), o Fiat Pulse já vai nascer com opções de motor turbinado. O SUV – revelado na última edição do Big Brother Brasil (BBB21) – contará com o inédito motor 1.0 GSE turbo flexível. Este, todavia, deve ser aproveitado por outros modelos da Stellantis, como Jeep Renegade e até alguns Citroën e Peugeot.

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Fiat/Divulgação

A potência do motor tricilíndrico de 12V ainda é um mistério. Especula-se, porém, que pode chegar aos 130 cv. Isso também se deve à trabalhos como redesenho de cabeçote e a presença do sistema MultiAir de terceira geração, que comandará as peças de modo variável. Nesse sentido, pode ultrapassar os 128 cv do motor 1.0 TSI da Volkswagen.

Além do turbo

No lançamento do novo Captur, a Renault enfatizou que novo motor 1.3 turbo do Captur foi feito com a Mercedes-Benz, e traz tecnologia desenvolvida nas pistas de Fórmula 1. Aqui, a referência são os sistemas de injeção direta de combustível e o turbo com 250 bar de pressão. O propulsor, que agora equipa o SUV fabricado em São José dos Pinhais (PR), é feito na Espanha, e validado no Brasil para uso de etanol e óleo locais.


Foto: Rodolfo Buhrer/La Imagem/Renault

Outros lançamentos

Enquanto algumas marcas ainda ignoram o downsizing – como a Rolls-Royce, por exemplo, que recentemente lançou o carro mais caro do mundo (R$ 148 milhões) com o mesmo V12 de 6,75 biturbo a gasolina já existente em seu portfólio – outras mergulharam de cabeça neste mercado. Um dos mais recentes foi o Jeep Compass, que aposentou o motor 2.0 Tigershark (16V, aspirado) e trouxe o 1.3 flexível da nova família GSE turbo, da Stellantis, na linha 2022. A avaliação completa, você confere aqui.

Como uma das maiores fabricantes de turbinas do mundo, a BorgWarner é a responsável por fornecer o turbo do motor 1.3 da Stellantis. Dessa forma, a empresa garante a utilização de materiais e tecnologias avançadas para atender às necessidades de um motor menor suportando temperaturas de escape de até 1.050 graus Celsius.


Diogo de Oliveira/Jornal do Carro

“A tecnologia turbo da BorgWarner proporciona o melhor desempenho do motor com eficiência energética, ao mesmo tempo em que reduz as emissões e o consumo de combustível. O design compacto do turbocompressor foi feito para motores de alto desempenho com dimensões menores e pode ser montado diretamente no coletor de escape integrado no cabeçote do motor, permitindo uma instalação compacta”, explica Luis Fernando Pinto, supervisor de engenharia de aplicação e validação da BorgWarner.


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Caoa Chery/Divulgação

Caoa Chery na disputa

Além da própria Volkswagen, que já tem T-Cross e Nivus oferecidos apenas com motorização turbo, a GM também aposta nessa mecânica para o Tracker. O modelo, inclusive, trocou o 1.4 turbo pelos 1.0 e 1.2 turbinados.

E até a Caoa Chery entrou na disputa e pôs o time de engenharia para trabalhar. O Tiggo 3X estreou em maio e teve mecânica ajustada para rodar no Brasil. Contudo, oferece o motor 1.0 turbo flex com injeção eletrônica (e não direta). Assim, gera 98 cv de potência com gasolina, e até 102 cv com etanol. Já o torque máximo chega a 17,1 mkgf quando abastecido, então, com o derivado da cana-de-açúcar.

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