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Fiat Pulse recebe só duas estrelas do Latin NCAP; veja o vídeo
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Fiat Pulse recebe só duas estrelas do Latin NCAP; veja o vídeo

Com baixa proteção para crianças e itens limitados de segurança ADAS, Fiat Pulse ganha apenas 2 estrelas de 5 possíveis no teste de colisão

Jady Peroni, especial para o Jornal do Carro

14 de dez, 2023 · 6 minutos de leitura.

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Versão testada do Fiat Pulse conta com 4 airbags
Crédito:Divulgação/Latin NCAP

O Fiat Pulse ganhou apenas duas estrelas no teste de colisão do Latin NCAP. De acordo com o órgão, o SUV compacto da marca italiana apresentou uma baixa proteção lateral para a cabeça dos ocupantes, bem como para crianças. Além disso, afirmou que a falta de alguns itens impede o carro de ganhar uma melhor pontuação no teste, que vai até cinco estrelas. Esse é caso, por exemplo, da ausência do lembrete de cinto de segurança traseiro e a lista limitada de sistemas de seguranças ADAS.

A avaliação aconteceu com a versão mais básica do Fiat Pulse. Assim, o SUV conta com quatro airbags e controle de estabilidade, por exemplo. Ou seja, itens como frenagem autônoma de emergência e assistente de permanência em faixa, que fazem parte das versões mais caras, não enfrentaram avaliação.



Fiat Pulse + 4 Airbags

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Ao todo, o SUV passou por seis testes: impacto frontal, lateral, lateral contra poste, chicotada vertical, proteção de pedestres e testes de ESC/Moose (teste do alce). Seja como for, na pontuação, alcançou 67,18% na proteção de ocupantes adultos, 55,88% para ocupante infantil, 45,39% na proteção de pedestres e usuários vulneráreis das estradas e 55,81% em assistência à segurança.

Resultados

De acordo com o Latin NCAP, o Pulse apresentou bons resultados na colisão frontal e lateral. Principalmente, na proteção de cabeça e pescoço. Aliás, o impacto lateral ofereceu proteção total para ocupantes adultos. Entretanto, o teste contra o poste apresentou resultados de marginal a bom, graças a cobertura limitada do sistema de proteção lateral para a cabeça. Dessa forma, penalizou a nota final.

Cabe lembrar que o utilitário conta com airbags laterais padrão para tórax e cabeça. Ou seja, não traz os de cortina. Assim, a proteção é concentrada nos assentos dianteiros. “Os sistemas de airbag para tórax e cabeça podem ser uma solução temporária, mas definitivamente não são uma solução robusta”, comentou o Latin NCAP. Por fim, o teste mostrou que a estrutura e a área dos pés são estáveis para suportar os impactos.


FIAT PULSE TESTE
Divulgação/Latin NCAP

Pulse mostrou baixa proteção para crianças

No teste de proteção para criança, o Pulse apresentou resultados ruins. Isso porque o boneco que representa uma criança de 3 anos, bateu com a cabeça durante o impacto frontal e lateral. O Latin NCAP reforçou que o dummy utilizou a mesma cadeirinha utilizada em outros testes de veículos com pontuações maiores. Já na avaliação de proteção para pedestres, o SUV apresentou uma boa proteção para os impactos na cabeça e pernas na área central.  

Em comunicado, a Stellantis comentou que o carro usado para o teste de colisão está desatualizado e que se surpreendeu com os resultados. “A Stellantis recebe os resultados da Entidade em questão, respeitosamente, mas com muita surpresa. Isso porque as diferenças entre o modelo avaliado (desatualizado) e o produzido foram relatadas, mas ignoradas pela Entidade. A Stellantis South America segue com foco total no cliente, na evolução constante da segurança veicular e no respeito à legislação, além de manter o maior, mais completo e moderno Centro de Segurança Veicular do Hemisfério Sul e afirma que o modelo em questão é um dos mais seguros do segmento.”


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Oficina Mobilidade

Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?

Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade

26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.

Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.

Centro de gravidade

Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.

Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento. 

E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.

Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:

– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.

– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.

– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.

– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.

– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.