Tião Oliveira

26/03/2021 - 11 minutos de leitura. Atualizado: 24/06/2021 | 10:07

Ford Ranger Black 2022 é bem equipada e foca quem mora na cidade

Nova Ford Ranger Black tem boa lista de equipamentos, motor 2.2 de 160 cv e câmbio automático, mas tração é 4×2 e e preço está acima da versão XLS

Ford Ranger Black 2022 sai a partir de: R$ 5.450pr mês no plano Ford Go Crédito: Divulgação/Ford

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A Ford Ranger Black 2022 está chegando às concessionárias do Brasil. Trata-se do primeiro lançamento feito pela marca após o anúncio do fim da produção no País. A nova opção da picape média tem cabine dupla, motor 2.2 turbodiesel de 160 cv de potência E 39,2 mkgf de torque. A tração é 4×2 e o câmbio, automático de seis velocidades. Voltada, segundo a empresa, a um público mais urbano, a Ranger Black 2022 tem preço sugerido a partir de R$ 179.900.

Ou seja, a nova picape não é exatamente uma pechincha. Isso porque a versão XLS, que tem a mesma base mecânica, parte de R$ 167.790. Além disso, a diferença de preço da Black para a Storm é de “apenas” R$ 32.600. Em valores absolutos, isso pode parecer muito. Mas os 18,1% a mais dão direito ao motor 3.2 turbodiesel de 200 cv e 47.9 mkgf r à tração 4×4, que vêm de série na Storm.

Segundo informações da Ford, a Ranger Black não é uma XLS mais equipada. Executivos da empresa dizem que a nova opção traz itens exclusivos e equipamentos da versão de topo, Limited. Eles se referem aos faróis com lentes escurecidas, santantônio na caçamba, estribos laterais e rack de teto. Além disso, as rodas são diferentes das utilizadas nas demais versões.

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Divulgação/Ford

Boa lista de equipamentos

Na cabine, bancos e volante são revestidos de couro. O conjunto multimídia traz sistema Sync 3 e Ranger 2022 traz oFord Pass Connect. A novidade, que estreou no Brasil no SUV Territory, permite acessar pelo smartphone, várias funções do carro.

Em relação à segurança, a Ranger Black traz sete air bags, sensores de obstáculos e câmera na traseira. Além disso, há sistema que alerta sobre mudança involuntária de faixa de rolamento, por exemplo. A direção tem assistência elétrica e a coluna de direção traz ajuste de altura.


Outros bons diferenciais estão na caçamba. Ou seja, há rede porta-objetos, protetor contra riscos e pequenos amassados e tampa rígida retrátil. Vendida como acessório, essa última é uma mão na roda. A abertura e o fechamento têm acionamento elétrico por meio de um pequeno “chaveiro”. De acordo com a Ford, os 100 primeiros compradores da Ranger Black levarão o kit completo de graça. Estamos falando de algo em torno de uns R$ 10 mil.

Divulgação/Ford

Ranger Black é de 2018

Na mecânica, a única mudança digna de nota é a suspensão. De acordo com informações da Ford, o sistema utilizado na Ranger Black é mais leve que os das outras versões. Contudo, isso não alterou a capacidade de carga da picape, que é de 1.168 kg. A informação é do engenheiro responsável pela plataforma da Ranger na América do Sul, Gilmar de Paula.


Segundo ele, na última mudança de geração da Ranger, foram desenvolvidos três pacotes de suspensão diferentes. O adotado na Black é um deles. Segundo De Paula, esse conjunto garante mais conforto e, portanto, é bastante adequado ao público da nova opção da linha. A Ranger Black, aliás, não é exatamente uma novidade. Ela foi mostrada pela Ford como um protótipo durante o Salão do Automóvel de São Paulo, em 2018.

Curiosamente, o pessoal da Ford ficou batendo na tecla de que a Ranger Black pode atravessar alagados com até 80 cm de profundidade. Como a picape tem tração apenas no eixo traseiro e foca os “aventureiros urbanos”, só há uma explicação. Ou seja, o modelo é bom para quem precisa encarar enchentes como a registrado na capital paulista na sexta-feira passada (19). Brincadeirinha…

Divulgação/Ford

Nova geração estreia até 2023

Esse tipo de estratégia é conhecido no mundo do marketing automotivo como “animação de produto”. E é utilizado quando um modelo entra na fase final de seu ciclo de vida. Assim, a marca consegue dar um fôlego extra ao veículo que está prestes a mudar de geração. É o caso da Ranger. A Ford vem, por exemplo, reduzindo o número de versões da Ranger. E anunciou um investimento de R$ 3 bilhões para produzir a nova geração da picape na Argentina.

Portanto, a nova Ranger deve ser lançada entre o fim de 2022 e o inicio de 2023. A picape terá visual inspirado no da F-150 vendida nos Estados Unidos. Além disso, o motor de cinco cilindros e 200 cv vai sair de cena. Em seu lugar virá o 2.0 de quatro cilindros turbodiesel de 213 cv e mais de 50 mkgf que é oferecido na Série F nos EUA. Uma versão híbrida plug in também poderá vir ao Brasil.

Divulgação/Ford

Proposta da Ford soa contraditória

Por fora, a Ranger Black chama a atenção pelo acabamento… preto. O tom é para lá de marcante. Está na carroceria, na grade dianteira, rodas, faróis, estribos e outras várias peças. Já na cabine o impacto do visual, digamos, exclusivo, é bem menor. Isso porque não há nada que as demais versões da linha não tenham. E isso não é um demérito. Ao contrário.

O acabamento é caprichado, as peças plásticas são bem encaixadas e há até um certo requinte. É fácil encontrar a posição ideal ao volante e a ergonomia agrada. Todos os comandos ficam à mão do motorista. Entretanto, causa estranheza a partida do motor não ser por meio de botão. Sobretudo em um carro dessa faixa de preço e que se propõe a ser para um público urbano.

Aliás, aqui há uma outra questão curiosa. Por que alguém que roda sobretudo na cidade compraria uma picape? Afinal, trata-se de um veículo com 5,35 metros de comprimento, 1,86 m de largura e cujo porta-malas não pode ser acessado pela cabine. Além disso, a Ford Ranger roda, em média, 9,58 km na cidade e 11,3 km na estrada com um litro de diesel. A boa notícia é que o tanque de 80 litros garante autonomia superior a, respectivamente, 760 e 900 km.


Divulgação/Ford

Força de sobra

Daí você se lembra que o motor gera ótimos 160 cv e 39,2 mkgf. Esse números seriam muito bons para um sedã médio, por exemplo. Mas estamos falando de uma picape que pesa mais de 2 toneladas. Ou seja, por mais que se pise com força no acelerador, as respostas não são lá essas coisas. Para sair da imobilidade e chegar aos 100 km/h, a Ranger Black precisa de 15 segundos.

Por outro lado, o bom torque, disponível a partir das 1.600 rpm, é um alento. Dá pra encher a picape de gente e de carga e ligar o ar-condicionado na temperatura do Polo Norte. A Ranger Black não vai refugar. E, mesmo se houver um ladeirão à frente, ela vai subir como se estivesse rodando em uma via completamente plana.


Além disso, a nova suspensão, de fato, deixou a picape mais confortável. Na prática, a carroceria da Ranger Black oscila menos que a das demais versões. Além disso, nessa versão as molas da tampa da caçamba são redimensionadas. Com isso, ao abrir ou fechar o compartimento de carga, a sensação é de que a peça pesa cerca de 3 kg, ante os 12 kg da tampa das outras Ranger.

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