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Maior concessionária de carros da Rússia está sob controle de Putin
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Maior concessionária de carros da Rússia está sob controle de Putin

Concessionárias da rede Rolf passam a ser controladas pelo estado, após governo da Rússia justificar questões de "conveniência econômica"

Rodrigo Tavares, especial para o Jornal do Carro

26 de dez, 2023 · 4 minutos de leitura.

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Grupo Rolf passa a ter suas concessionárias regidas pelo governo Putin
Crédito:AutoExpress/Reprodução

A Rússia tem se envolvido em uma série de polêmicas desde a renovação do mandato de Vladimir Putin, no poder desde 1999. A mais recente delas, tem a ver com o mercado automotivo, que agora conta com leis que aumentam ainda mais a intervenção do estado russo nas operações. Assim, a maior rede de concessionários do país passou a ser comandada pelo Kremlin.

A rede Rolf, pertencente ao milionário russo Sergei Petrov, tem sua sede no Chipre, e acabou assumida “temporariamente” pelo estado russo. Segundo o governo, a decisão aconteceu por questão de “conveniência econômica”, mas Petrov diz haver outra justificativa. Segundo ele, a motivação é política, e impede a garantia de investimentos seguros no país, por exemplo.



AutoExpress/Reprodução

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Contudo, no mercado automotivo russo, as transformações seguem acontecendo. Após uma série de sanções sofridas pelo país após o início da Guerra da Ucrânia, o mercado, que antes sobrevivia de importações independentes, agora é quase todo dominado por modelos chineses. 

A medida tomada pelo governo, entretanto, preocupa todo o mercado automotivo russo. É a primeira vez em que o Kremlin age para confiscar uma grande empresa nacional, o que gera apreensão sobre os demais empreendimentos do país. O grupo Rolf conta com 59 revendas de 30 marcas diferentes, e só no último ano vendeu 200 mil modelos na Rússia.

Governo da Rússia justifica ação como “conveniência econômica”

Segundo o Kremlin, a tomada da rede está ligada a “conveniência econômica e o cumprimento da legislação atual da Federação Russa e tendo em conta a conhecida situação econômica internacional que nos rodeia agora”. Entretanto, afirma que as operações do grupo não serão afetas. Ainda assim, demais empreendimentos podem entrar na mira do governo.


Outro fator que põe mais “lenha” no assunto é o fato de Petrov, que mora na Áustria, ter sido um dos milionários de origem russa que se opuseram a anexação da Crimeia em 2014, considerada ilegal. Além disso, terminou acusado de comprar ações inflacionadas e transferir ativos para fora da Rússia. Na época, chegou a ter sua prisão decretada, e um dos executivos de seu grupo sofreu pena de quase nove anos de prisão.

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