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Omoda e Jaecoo estreiam em 2024 e cogitam fábrica no Brasil
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Omoda e Jaecoo estreiam em 2024 e cogitam fábrica no Brasil

Marcas chinesas que pertencem à Chery, Omoda e Jaecoo serão complementares e trarão novos SUVs eletrificados ao mercado brasileiro

Thais Villaça, Especial para o Jornal do Carro

23 de dez, 2023 · 6 minutos de leitura.

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Omoda 5 MHEV
Omoda C5 MHEV estreou no Uruguai antes de ser lançado no Brasil
Crédito:Omoda/Divulgação

Duas novas marcas de carros chinesas estão prestes a desembarcar no Brasil: a Omoda e a Jaecco, ambas subsidiárias da Chery. Apesar do parentesco, a operação será totalmente independente da Caoa, representante da Chery por aqui. A data de início das vendas ainda é um mistério, mas deverá ser ainda no primeiro semestre de 2024.

Apesar de serem duas marcas distintas, ambas serão comercializadas na mesma rede de concessionárias. De acordo com a empresa, ambas são feitas para públicos diferentes e se complementam, por isso a operação conjunta. Cerca de 40 novas lojas deverão abrir as portas no País no ano que vem. 



Omoda 5 EV
Omoda/Divulgação

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Omoda 5 é o primeiro modelo confirmado

O crossover Omoda 5 será o primeiro carro que vai desembarcar em território brasileiro. O modelo está disponível em duas versões híbridas leve e também na configuração elétrica, chamada 5 EV. Esta última virá antes das opções híbridas, inclusive.

“Sabemos que nos últimos anos o mercado consumidor de elétricos no Brasil tem crescido, mas ainda está em um estágio inicial de transição se compararmos com o número de vendas de veículos a combustão. Por isso, ofereceremos diferentes opções de motorização ao consumidor brasileiro, permitindo que ele possa adquirir a versão que melhor atende às suas necessidades”, afirma Shawn Xu, CEO global da Omoda | Jaecoo.

Omoda 5 MHEV
Omoda/Divulgação

Mais barato que Haval H6 e BYD Song Plus

Por ora, a empresa não revelou dados técnicos, ainda mais porque o veículo ainda está em fase de homologação. O foco da apresentação foi o design dos dois carros, que têm porte semelhante ao do Jeep Compass – e será, portanto, o principal rival, ao menos na versão a combustão. Suas medidas são 4,40 metros de comprimento, 1,83 m de largura e 1,59 m de altura. Como base de comparação, o Compass tem 4,40 m de comprimento, 1,82 m de largura e 1,63 m de altura.

Ou seja, engana-se quem pensa que o Omoda 5 chegaria para brigar com outros chineses como Haval H6 e BYD Song Plus, que estão fazendo sucesso por aqui. Por ser menor, será mais barato que a dupla conterrânea, segundo os executivos da marca. Isso significa que o modelo deve estrear com preços bastante competitivos.

O design, por sua vez, é bem diferentão, especialmente nas versões híbridas. Há uma enorme grade dianteira que cria um efeito 3D graças aos losangos que diminuem de tamanho de baixo para cima. Há ainda teto flutuante, carroceria em estilo fastback, luzes diurnas em formato de T e rodas de liga leve de 18”. Por dentro, destaque para as duas telas de 10,25”, uma para o painel de instrumentos e outra para a central multimídia. O elétrico já é mais tradicional, com a grade fechada.


Jaecoo
Jaecoo/Divulgação

Jaecoo no escuro

A Jaecoo também terá dois modelos no mercado brasileiro, mas nenhum deles foi confirmado por enquanto. Os mais cotados, entretanto, são os SUVs 7 (o carro da foto, com tamanho similar ao do Omoda 5) e 8, de sete lugares. Com design mais tradicional, os carros da marca focam em um público mais aventureiro, mas que não abre mão do luxo. 

Omoda 5
Omoda/Divulgação

Fábrica no Brasil?

Antes mesmo de desembarcar de vez aqui no Brasil, Omoda e Jaecoo já cogitam abrir uma fábrica por aqui. O local, contudo, está sendo estudado, mas uma das possibilidades é reativas a fábrica da Chery em Jacareí (SP). A unidade foi fechada há cerca de um ano e meio.

Entretanto, os executivos da empresa afirmaram que consideram todas as possibilidades e podem fabricar tanto no interior paulista como em qualquer outro estado brasileiro. Quem oferecer mais incentivos, leva.

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Oficina Mobilidade

Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?

Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade

26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.

Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.

Centro de gravidade

Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.

Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento. 

E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.

Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:

– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.

– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.

– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.

– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.

– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.