Não só no Brasil, mas no mundo, muita coisa só passa a funcionar quando mexe no bolso do contribuinte. E, em Nova York não é diferente. Para diminuir o trânsito caótico na ilha de Manhattan e, ao mesmo tempo, baixar os índices de poluição locais, a cidade vai começar a cobrar pedágio a partir de 2023. Assim, quem passar pelas cancelas para ir até o centro de Nova York, pagará taxa de até US$ 23 – pouco mais de R$ 118, na conversão direta.
A medida – já prevista desde 2019, mas não posta em prática pelo ex-presidente Donald Trump – usará os recursos arrecadados para a melhoria do sistema de transporte público da cidade. Tudo foi definido na última semana, após avaliação ambiental positiva. De acordo com autoridade responsável pelo trânsito nos Estados Unidos, a FHWA, o pedágio urbano pode gerar de US$ 1 bilhão a US$ 1,5 bilhões por ano. Respectivamente, R$ 5,1 bi e R$ 7,7 bi.
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A princípio, o sistema de pedágio eletrônico funcionará sem uso de dinheiro ou cabines. Assim, será semelhante ao usado na ponte Verrazzano-Narrows, também em NY. Neste caso, sensores suspensos nas vias farão a leitura das etiquetas coladas nos veículos. Da mesma forma como ocorre com as tags de serviços como Sem Parar, ConectCar e Veloe. Então, a taxa será debitada da conta do usuário, sem necessidade de bloqueios de cobrança.
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Outros detalhes
De acordo com estudo recente, a cobrança reduzirá entre 15% e 20% o número de carros que circulam na região central de Manhattan. Entretanto, cabe lembrar que, apesar da avaliação ambiental positiva, falta a consulta pública, que será feita entre os dias 25 e 31 deste mês. Assim, só a partir do começo de setembro, as autoridades decidirão se o sistema de pedágio será feito. Conforme aponta o MTA, companhia de trânsito do estado de Nova York, a taxa pode entrar em vigor em até 10 meses. Esse é período necessário para a implementação do sistema.
Já nos horários de pico, os veículos de passeio pagarão taxas entre US$ 9 (cerca de R$ 46,28) e US$ 23 (algo como R$ 118,28). Contudo, na madrugada a tarifa baixa para US$ 5 (o equivalente a R$ 25,71). No total, existirão sete cenários diferentes de preços de pedágio, afirma o documento. Cabe ao governo federal dos Estados Unidos aprovar o projeto ou exigir estudos adicionais. A cidade de Londres (Inglaterra), por exemplo, cobra pedágio urbano há décadas e, assim, colhe resultados positivos.
