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Peugeot pode ter híbrido a ar no Brasil
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Peugeot pode ter híbrido a ar no Brasil

Tião OliveiraBatizado de Hybrid Air, o sistema que combina motor a combustão e propulsão a ar, desenvolvido pela PSA Peugeot... leia mais

29 de mar, 2013 · 4 minutos de leitura.

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 Peugeot pode ter híbrido a ar no Brasil

Tião Oliveira

Batizado de Hybrid Air, o sistema que combina motor a combustão e propulsão a ar, desenvolvido pela PSA Peugeot Citroën, pode chegar às ruas brasileiras antes do fim da década, segundo o presidente da Peugeot do Brasil, Frédéric Drouin. A tecnologia foi apresentada durante o Salão de Genebra (Suíça), encerrado há duas semanas.

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“Como não é preciso nenhuma grande mudança nas fábricas, a tecnologia pode ser oferecida aqui e em qualquer lugar do mundo assim que for lançada”, afirma Drouin. Ele explica que o Hybrid Air permite que o carro rode 500 metros movido apenas por ar comprimido. “Como a recarga do cilindro é feita em cerca de dez segundos e no trânsito, por exemplo, dificilmente o motorista percorre mais que isso a cada vez que coloca o carro em movimento, no uso urbano o sistema pode funcionar de modo contínuo.”

A solução é ideal para uso urbano e funciona com o veículo a até 70 km/h. Segundo informações do Grupo PSA, essa tecnologia permite reduzir o consumo de combustível em 45% em relação ao de modelos convencionais, como o Citroën C3 e o Peugeot 208. Já a autonomia é até 90% superior.

Hybrid Air é relativamente simples e, em tese, pode fazer o veículo rodar cerca de 35 km com um litro de gasolina. Consiste em um motor convencional ligado a uma transmissão epicíclica continuamente variável, na qual uma engrenagem principal é ligada a um eixo central com várias planetárias ao seu redor, em conjunto com um propulsor hidráulico acionado a ar comprimido.


Não é necessário reabastecer o cilindro de ar em um posto, por exemplo. A recarga é feita por compressor e bomba acionados pela energia elétrica gerada nas frenagens.

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Oficina Mobilidade

Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”