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Renault Kwid E-Tech elétrico chega às lojas com preço de R$ 146.990
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Renault Kwid E-Tech elétrico chega às lojas com preço de R$ 146.990

Após esgotar lote de 750 unidades, Renault Kwid elétrico chega com motor de 65 cv e autonomia de 298 km; hatch está disponível por assinatura

Jady Peroni, especial para o Jornal do Carro

05 de set, 2022 · 6 minutos de leitura.

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carro elétrico
Renault Kwid E-Tech se mantém como o elétrico mais barato do País
Crédito:Renault/Divulgação

Em pré-venda no Brasil desde abril, o Renault Kwid E-Tech começa a chegar às lojas da marca nesta segunda-feira (5). O hatch movido a baterias esgotou rapidamente todo o primeiro lote de 750 unidades. Assim, desembarca agora mais caro, com preço sugerido de R$ 146.990 – antes, custava R$ 142.990. Com o reajuste, perdeu o posto de “carro elétrico mais barato do País” para o Caoa Chery iCar, que chegou ao País em junho com tabela de R$ 144.990.

Seja como for, o preço ainda é pouco convidativo, principalmente para um carro de entrada, que custa menos da metade em versões nacionais com motor flex. Para ter desempenho próximo ao do Kwid flexível de três cilindros e 71 cv, a versão E-Tech recebeu adaptações. Ela usa um motor elétrico de 65 cv de potência. Mas apesar da potência menor, o torque é maior e alcança 11,5 mkgf entregues de imediato, ante os 10 mkgf do motor térmico com etanol.

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Com esse conjunto, o Kwid elétrico é mais rápido que o flex. A aceleração de zero a 50 km/h, por exemplo, leva cerca de 4,1 segundos, de acordo com os dados oficiais da montadora. Já a velocidade máxima é limitada a 130 km/h na condução normal.



Quase 300 km de autonomia

Sob o capô, o Kwid E-Tech conta com um pacote de baterias de 26,8 kWh que pesa cerca de 200 kg. Quando totalmente carregado, tem autonomia de 298 km em ciclo urbano e 265 km no misto, segundo o Inmetro. O JC, inclusive, testou recentemente o hatch na cidade. No geral, ele entrega respostas ágeis e é confortável na direção. O destaque, no entanto, é o silêncio da cabine e a condução leve, já que o modelo pesa cerca de 1 tonelada.

Importante mencionar que, com o modo Eco acionado, o hatch não passa muito dos 90 km/h, para ampliar a autonomia das baterias. Além disso, há um sistema de frenagem regenerativa, que recupera energia conforme o condutor vai desacelerando. Vale mencionar o câmbio que, pela primeira vez, é automático no Kwid.


Renault Kwid
Divulgação/Renault

Para “abastecer”, o hatch possui um carregador para tomadas comuns, de 110V ou 220V. Entretanto, o tempo de recarga em fontes de 220V chega a ser de cerca de 10 horas. Ou seja, o ideal é ter o carregador de parede (Wallbox) em corrente alternada. Nele, de acordo com a Renault, é possível encher até 80% das baterias em menos de 3 horas. Já em pontos de recarga rápida, dá para repor 190 km de autonomia em 40 minutos.

Renault On Demand

Divulgação/Renault

A Renault também disponibiliza o Kwid E-Tech na plataforma de assinatura Renault On Demand. Os planos podem ser feitos em 12, 24, 36 e 48 meses, com quilometragens entre 1.000, 2.000 e 3.000 km/mensais. A mensalidade incluí revisões preventivas, gestão de documentos e taxas relacionadas ao veículo, como IPVA e licenciamento, além de seguro.

Caso o cliente opte por um plano de 48 meses e 1.000 km, por exemplo, a mensalidade fica em R$ 3.339. No pacote, estão inclusos serviços como manutenções e revisões, seguro, assistência 24 horas e todos os documentos, como o IPVA, gerenciados pela plataforma.

Anúncio de outros modelos elétricos?

A Renault aproveita o lançamento do Kwid elétrico para confirmar a vinda ao Brasil de outros modelos movidos por baterias. É o caso do novo Mégane elétrico, que ressurgiu recentemente na Europa com estilo de SUV.


Divulgação/Renault

Por aqui, o novo Mégane elétrico poderá entregar 220 cv e 30,6 mkgf de torque. Acredita-se que a versão que virá ao Brasil seja a topo de linha Iconic. Nela, a bateria de 60 kWh tem capacidade de gerar até 470 km de autonomia. Segundo a Renault, o Mégane e-Tech chega aos 100 km/h em 7,5 segundos. A velocidade máxima alcança 160 km/h (limitada).


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Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?

Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade

26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.

Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.

Centro de gravidade

Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.

Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento. 

E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.

Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:

– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.

– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.

– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.

– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.

– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.