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Salão da China é diferente e fora dos padrões
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Salão da China é diferente e fora dos padrões

Leandro AlvaresAssim como a culinária local, o Salão de Xangai (China) é do tipo exótico e nada simples de ser... leia mais

30 de abr, 2013 · 4 minutos de leitura.

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 Salão da China é diferente e fora dos padrões

Leandro Alvares

Assim como a culinária local, o Salão de Xangai (China) é do tipo exótico e nada simples de ser encarado por parte dos jornalistas. A cobertura, primeiramente, exige um bom preparo físico para andar pelo complexo composto por 17 minipavilhões (juntos, equivalem a três pavilhões do Anhembi, onde ocorre a mostra de São Paulo, como comparação).

As coletivas, ao contrário das europeias, são muito longas. As de fabricantes locais, como a Chery, chegaram a durar 40 minutos, algo inimaginável em feiras como Genebra, Paris e Frankfurt, onde as apresentações ocorrem, no máximo, em 15 minutos.

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Para os estrangeiros, contudo, o maior desafio é o de apurar as informações dos lançamentos. Material de divulgação dos produtos em inglês é algo raro, assim como executivos para atender àqueles que não falam mandarim. De pouco adiantou aprender a dizer “press kit, por favor”, algo como “xinvantongá” na transcrição literal para o português. Os chineses olham para o repórter e começam a rir.

Os ouvidos também exigem preparação, já que vários estandes extrapolam os limites da audição com músicas, digamos, estranhas. É normal também ouvir o som da buzina dos carros. Ô povo que gosta de buzinar!

Tudo isso em apenas um dia reservado para a imprensa. No segundo, o público já toma conta do local, tornando praticamente impossível se aproximar de alguns carros. O pavilhão N1, destinado aos esportivos, por exemplo, estava com uma fila gigantesca no domingo. O jeito foi desistir da visita…


Chances de se tornar o palco do principal salão do automóvel do mundo? Sim, a China tem. O posto de feira mais povoada do planeta o país já conquistou. Um salão difícil, mas que vale à pena vivenciar ao menos uma vez.

Viagem feita a convite da Chery


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Jornal do Carro
Oficina Mobilidade

Carros elétricos estimulam busca por fontes de energia renovável

Energia fornecida pelo sol e pelos ventos é uma solução viável para abastecer veículos modernos

19 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

eletromobilidade é uma realidade na indústria automotiva e o crescimento da frota de carros movidos a bateria traz à tona um tema importante: a necessidade de gerar energia elétrica em alta escala por meio de fontes limpas e renováveis. 

“A mobilidade elétrica é uma alternativa para melhorar a eficiência energética no transporte e para a integração com as energias renováveis”, afirma Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI).

O Brasil é privilegiado em termos de abundância de fontes renováveis, como, por exemplo, a energia solar e a eólica. “É uma boa notícia para a transição energética, quando se trata da expansão de infraestrutura de recarga para veículos elétricos”, diz o professor. 

Impacto pequeno

Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o Brasil tem condições de mudar sua matriz energética – o conjunto de fontes de energia disponíveis – até 2029. Isso reduziria a dependência de hidrelétricas e aumentaria a participação das fontes eólicas e solar.

Mesmo assim, numa projeção de que os veículos elétricos poderão representar entre 4% e 10% da frota brasileira em 2030, estudos da CPFL Energia preveem que o acréscimo no consumo de energia ficaria entre 0,6% e 1,6%. Ou seja: os impactos seriam insignificantes. Não precisaríamos de novos investimentos para atender à demanda.

Entretanto, a chegada dos veículos elétricos torna plenamente viável a sinergia com outras fontes renováveis, disponíveis em abundância no País. “As energias solar e eólica são intermitentes e geram energia de forma uniforme ao longo do dia”, diz o professor. “A eletromobilidade abre uma perspectiva interessante nessa discussão.”

Incentivo à energia eólica

Um bom exemplo vem do Texas (Estados Unidos), onde a concessionária de energia criou uma rede de estações de recarga para veículos elétricos alimentada por usinas eólicas. O consumidor paga um valor mensal de US$ 4 para ter acesso ilimitado aos 800 pontos da rede. 

Segundo Delatore, painéis fotovoltaicos podem, inclusive, ser instalados diretamente nos locais onde estão os pontos de recarga

“A eletrificação da frota brasileira deveria ser incentivada, por causa das fontes limpas e renováveis existentes no País. Cerca de 60% da eletricidade nacional vem das hidrelétricas, ao passo que, na Região Nordeste, 89% da energia tem origem eólica.”

Híbridos no contexto

Contudo, a utilização de fontes renováveis não se restringe aos carros 100% elétricos. Os modelos híbridos também se enquadram nesse cenário. 

Um estudo do periódico científico Energy for Sustainable Development fala das vantagens dos híbridos, ao afirmar que suas emissões de gases de efeito estufa são inferiores às do veículo puramente elétrico.

“Os veículos híbridos possuem baterias menores, com proporcional redução das emissões de poluentes. Essas baterias reduzem o impacto ambiental da mineração dos componentes necessários à sua fabricação. Os resultados demonstram que a associação de baterias de veículo que usam biocombustíveis tem efeito sinérgico mais positivo”, conclui o documento.