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Sony e Honda apresentam sedã elétrico rival da Tesla
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Sony e Honda apresentam sedã elétrico rival da Tesla

Sedã da Afeela, marca formada por Sony e Honda, terá alta tecnologia e chega em 2025 aos EUA para brigar com o Tesla Model S

Vagner Aquino, especial para o Jornal do Carro

10 de jan, 2023 · 4 minutos de leitura.

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Afeela
Entregas do primeiro carro da Afeela estão previstas para 2026
Crédito:SHM/Divulgação

Recentemente, Honda e Sony anunciaram uma parceria para formar a Sony Honda Mobility. Com isso, as duas empresas japonesas buscam unir seus pontos fortes, ou seja produção de carro e de tecnologia. Agora, a companhia lança sua marca de veículos, a Afeela. A apresentação foi feita durante a CES, feira de tecnologia encerrada no domingo, 8, em Las Vegas (Estados Unidos).

Além disso, a empresa revelou na CES as linhas de um modelo inédito. Segundo a Sony Honda Mobility, a fase de pré-venda começa em 2025. Porém, as entregas estão programadas para o primeiro semestre de 2026. Inicialmente, o foco é o mercado norte-americano. Ou seja, mira clientes da Tesla.

Honda e Sony
Sony/Divulgação

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Seja como for, o sedã da Afeela é diferente dos conceitos Vision-S e Vision-S 02 (acima), revelados no ano passado. Apesar de ter visual bem mais sóbrio que o dos carros anteriores, o novato herdou algumas características da dupla. É o caso do teto arqueado e do terceiro volume, que segue a linha descendente do vigia. A lanterna traseira, em síntese, vai de uma ponta a outra

Sony
Afeela/Divulgação

Além disso, a cabine é similar à dos primeiros modelos conceituais. O teto é de vidro e o painel dianteiro é ominado por telas. O volante, sem a parte superior, lembra o oferecido como opcional para os Tesla Model S e Y. Para quem viaja atrás, a marca promete dois grandes visores. Assim, os passageiros podem ajustar funções do sistema de entretenimento, ouvir música e até jogar uma partida no PlayStation.


Sony
Afeela/Divulgação

Nada de dados técnicos

Sobre o trem de força, a princípio a Afeela revela apenas que a tração é integral. Portanto, é possível cravar que o modelo tem, pelo menos, dois motores elétricos. Ou seja, um em cada eixo. Segundo a empresa, o protótipo tem 4,9 metros de comprimento, 1,90 m de largura e 1,46 m de altura. Além disso, a distância entre os eixos é de 3 m.

Portanto, o novato tem dimensões bem parecidas com a do Model S. Segundo dados da Tesla, seu carro tem 4,97 m de comprimento, 1,96 m de largura e 1,45 m de altura. Além disso, o entre-eixos é de 2,96 m.


Conforme a Afeela, o carro de série vai ter sistema de condução semiautônoma de nível 3. Assim, dá para tirar as mãos do volante, os pés dos pedais e os olhos da via. Portanto, são recursos parecidos com os dos carros da Tesla.

Porém, a nova empresa promete ir além. Para isso, o sistema utiliza processadores da Qualcomm Snapdragon. Além disso, tem cerca de 45 sensores e recursos como reconhecimento facial. Assim, não é preciso chave para abrir portas, acionar o motor ou ajustar o sistema de som e ar-condicionado.



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Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?

Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade

26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.

Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.

Centro de gravidade

Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.

Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento. 

E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.

Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:

– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.

– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.

– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.

– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.

– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.