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Os SUVs feitos no Brasil que vão ter versões híbridas flex em breve
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Os SUVs feitos no Brasil que vão ter versões híbridas flex em breve

Promessa de estreias eletrificadas com soluções híbridas flex incluem modelos inéditos, como o da Caoa Chery, à nova opção do VW T-Cross

Vagner Aquino, especial para o Jornal do Carro

26 de dez, 2022 · 9 minutos de leitura.

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Nissan Kicks e-Power já é vendido no México e não demora a aterrissar no Brasil
Crédito:Nissan/Divulgação

A indústria de veículos vai fazer investimentos parrudos em novas tecnologias no Brasil em 2023. Pelo menos é isso que indica a programação de lançamentos. E, como a eletrificação é a bola da vez, várias montadoras apostam em carros com versões híbridas flex. O objetivo é oferecer opções com menor nível de emissões de poluentes e consumo. Porém, por preços que o consumidor brasileiro possa pagar.

Assim, o Jornal do Carro preparou uma lista com detalhes das principais novidades. São elas: Jeep Renegade 4xe, Nissan Kicks e-Power, Honda HR-V e:HEV e o renovado Volkswagen T-Cross. Além disso, uma das apostas é o Caoa Chery Omoda C5.

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Chery/Divulgação

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Inicialmente, o Caoa Chery inédito virá da China. Depois, o SUV deve marcar a volta da produção da planta do Grupo em Jacareí (SP). O novo modelo vai ser posicionado acima do Tiggo 5X. Inclusive, já tem até registro no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI).

Segundo a marca, o Omoda, que deve receber outro nome no Brasil, é 6,2 centímetros mais comprido que o Tiggo 5X. São 4,40 m de comprimento. A altura é de 1,59 m. O trem de força deverá ser composto pelo motor 1.5 TCi com tecnologia flexível e pelo sistema híbrido leve de 48V. A potência deve ser de 157 cv com gasolina e 160 cv com etanol e o torque, de 25,5 mkgf. A estimativa é de que o preço seja de cerca de R$ 200 mil.

Volkswagen

No fim de novembro, o Jornal do Carro noticiou que a Volkswagen inaugurou centro de pesquisa e desenvolvimento na fábrica da Anchieta, no ABC paulista. Isso, a princípio – para dar base à meta em ser neutra em carbono até 2050 -, permite a criação do sistema híbrido flex para modelos compactos nacionais – como o T-Cross. Algo na linha do que fez a Toyota.


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KRPIX/ESTADÃO

O sistema da Volks deverá usar a sigla “e-TSI” para indicar as versões eletrificadas. Todavia, não se sabe se a fabricante apostará na tecnologia híbrida convencional ou num sistema com 48 volts (híbrido leve). Há probabilidade de a marca optar pelo sistema que combine o motor 1.0 TSI turbo flex a outro elétrico.

Há, também, expectativas sobre a junção do motor 1.4 TSI com outro elétrico. No Jetta Hybrid de uma década atrás, por exemplo, a potência máxima ficava em 170 cv e o torque, 25,5 mkgf.


Nissan

Dotado de outro tipo de tecnologia, o Nissan Kicks e-Power é outra promessa para o Brasil em 2023. Nele, o sistema elétrico leva um motor gerador a etanol. Ficou conhecido como e-Power. De acordo com a Nissan, funciona como um carro elétrico. Entretanto, utiliza um pequeno motor a combustão (1.2 litro de três cilindros aspirado a gasolina com 79 cv que não traciona as rodas) que trabalha exclusivamente para alimentar o propulsor zero emissão.

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Nissan/Divulgação

Já disponível no México, o modelo promete ser o primeiro SUV compacto eletrificado do mercado. Em julho, recebeu atualização e ampliou sua autonomia para até 960 km com o tanque cheio. E a fabricante declara consumo médio superior a 30 km/l.


A Nissan revelou, à época, que o Kicks e-Power também recebeu aumento de potência. Subiu de 127 cv para 134 cv. O torque, por sua vez, foi de 26,5 mkgf para 28,5 mkgf. Ou seja, potência e torque cresceram 5% e 7%, respectivamente, quando comparados ao sistema de primeira geração. A Nissan também mexeu na bateria do sistema híbrido, cuja capacidade de armazenamento passou de 1,57 kWh para 2,06 kWh. Ou seja, 6,4% mais eficiente que antes.

Jeep Renegade 4xe

Se a Nissan demorar a oferecer o Kicks e-Power, a Jeep pode passar na frente e oferecer o primeiro SUV compacto híbrido do Brasil. A fabricante que faz parte da Stellantis quer importar, da Europa, o Renegade 4xe. Diferentemente do irmão Compass de mesmo sobrenome, o novato – até para baratear custos – deverá adotar a tecnologia e-Hybrid, lançada na Europa em meados do ano.

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Jeep/Divulgação



Trata-se, portanto, de um motor 1.5 GSE turbo com injeção direta de gasolina. Aqui, a engenharia o tornaria flex. Junto a ele, trabalha uma unidade de 48V, configurando-o como híbrido leve. Em números, a princípio, gera 131 cv e torque de 24,5 mkgf. Já o propulsor elétrico de 48 volts (capaz de atuar sozinho em situações como partida e manobras em marcha à ré) entrega 20 cv e 5,6 mkgf. A transmissão tem dupla embreagem e 7 marchas.

Honda HR-V e:HEV

A estreia do HR-V híbrido aconteceu na Tailândia há pouco mais de um ano. Com sobrenome e:HEV, une o motor 1.5 a gasolina de 105 cv a um propulsor elétrico. Na ocasião, a Honda alegou que o SUV tinha consumo de 25,6 km/l. No modelo europeu, onde também já está à venda, a média cai para 18,5 km/l. – algo próximo Toyota Corolla Cross híbrido flex, que faz 17 km/l na cidade. No Brasil, entretanto, a tecnologia deve ganhar alimentação flex. Assim, o número de consumo pode cair com uso de etanol.

No HR-V e:HEV, o motor de ciclo Atkinson e o elétrico duplo têm força combinada de 131 cv e 25,8 mkgf. A transmissão, contudo, é automática CVT. Assim, vai de 0 a 100 km/h em 10,6 segundos. Emite, a princípio, 122 g/km de CO2.


Honda HR-V
Honda/Divulgação

De acordo com a Honda, o modelo oferece três diferentes modos de condução. São eles: econômico, híbrido e esportivo. Conforme o ajuste escolhido, o utilitário muda de comportamento, tornando a condução mais arrojada, ou branda (para poupar combustível). A regeneração de energia durante frenagens e o uso apenas do motor elétrico em algumas situações, como desaceleração, por exemplo, é presente. Após a chegada de Civic, CR-V e outras apostas, é provável que a fabricante japonesa nacionalize a tecnologia e, assim, ataque com o HR-V e:HEV. Portanto, não deve chegar antes do fim de 2023.

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