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Tesla dá desconto de R$ 40 mil a quem comprar carro até 31 de dezembro
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Tesla dá desconto de R$ 40 mil a quem comprar carro até 31 de dezembro

Condições especiais da Tesla valem para modelos como Model 3 e Y, que recebem até US$ 7.500 de crédito; desconto é válido na América do Norte

Jady Peroni, especial para o Jornal do Carro

31 de dez, 2022 · 4 minutos de leitura.

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Tesla
Marca ainda promete 10.000 quilômetros de recarga gratuita
Crédito:Tesla/Divulgação

Nos últimos dias de 2022, a Tesla resolveu promover descontos especiais para quem comprar algum de seus modelos até o dia 31 de dezembro. Além de oferecer entregas gratuitas no período, os interessados em comprar os modelos Model 3 e Model Y poderão receber um “crédito” de até U$ 7.500. Ou seja, cerca de R$ 40 mil na conversão atual.

De acordo com a marca do bilionário Elon Musk, a condição é válida para Canadá, Estados Unidos e México. Por isso, os abatimentos variam conforme o País. No mercado canadense, por exemplo, o desconto chega a 5 mil dólares, cerca de R$ 19,2 mil. Enquanto isso, no México, vai até 73 mil pesos, cerca de R$ 19,4 mil. Além disso, a Tesla promete 10.000 quilômetros de recarga gratuita para a gama completa de elétricos.

Tesla Model Y
Tesla/Divulgação

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Entretanto, precisa de paciência. Isso porque os compradores terão um tempo de espera significativo para receber o carro. Segundo as informações do site norte-americano Autoblog, a espera para alguns modelos pode se estender por meses.



Marca aumentou preços

O anúncio dos descontos no site oficial da Tesla mostra uma movimentação após a fabricante aumentar os preços dos veículos diversas vezes. Para se ter uma ideia, há um ano, era possível comprar um Model 3 Standard Range por cerca de US$ 37 mil. Hoje, o modelo parte de US$ 46.990 – aproximadamente R$ 247 mil na conversão atual. Mas esse valor não inclui a função “Full Self-Driving” do sistema Autopilot, que é opcional e custa US$ 15 mil.

Importante mencionar que, a partir de janeiro, os incentivos fiscais por parte do governo norte-americano para estimular a produção e compra de carros elétricos chegará ao fim. Ao longo do ano, os descontos foram cortados aos poucos, primeiro dos veículos importados e, agora, para todos os modelos.


tesla logo
Tyrone Siu/Reuters

Tesla trabalha em nova plataforma

Recentemente, Musk anunciou que está desenvolvendo uma nova plataforma que terá metade do custo da base atual usada pelos quatro modelos da marca – Model 3, Y, X e S. Com a nova arquitetura, a Tesla projeta um novo carro elétrico de entrada com preço estimado em cerca de US$ 30 mil. Mesma faixa, por exemplo, do novo Chevrolet Bolt.

O CEO da Tesla deixou claro que a arquitetura será consideravelmente menor, com destaque para o corte de 50% na produção. Dessa forma, tudo leva a crer que a marca de elétricos de Elon Musk irá apostar, pela primeira vez, em um hatchback. Assim, rumores apontam para baterias que fornecem até 400 km de autonomia.


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Oficina Mobilidade

Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”