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Tesla é investigada por afrouxar controle de sistema que permite tirar mãos do volante
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Tesla é investigada por afrouxar controle de sistema que permite tirar mãos do volante

Próxima de enfrentar julgamentos, Tesla terá que se pronunciar sobre atualização do sistema Autopilot e as normas de segurança dos veículos

Jady Peroni, especial para o Jornal do Carro

31 de ago, 2023 · 4 minutos de leitura.

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Tesla Model 3 elétricos direção semiautônoma
Cerca de 500 unidades de Tesla Model 3 serão vendidas com alta quilometragem e pequenos danos
Crédito:Tesla/Divulgação

Acumulando alguns escândalos, a Tesla está sendo alvo de investigações. O motivo é a nova atualização em seu sistema de direção semiautônoma, o Autopilot. Desta vez, o software permite que o motorista fique mais tempo sem precisar colocar as mãos no volante. Ou seja, aumentando o risco de acidentes de trânsito. A novidade, portanto, chamou atenção da Administração Nacional de Segurança de Tráfego Rodoviário (NHTSA). Esta pediu uma explicação detalhada da montadora sobre o assunto.

De acordo com o site Auto News, o pedido questiona quantos veículos já passaram por essa atualização. Bem como quando e porque a Tesla decidiu alterar o software. A montadora, inclusive, tinha um prazo para enviar sua reposta, que era válido até o dia 25 de agosto. Assim, segundo as informações do site Carscoops, a fabricante entregou um relatório completo. No entanto, ele permanecerá em sigilo.



Tesla Model 3
Tesla/Divulgação

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Tesla enfrentará julgamentos

Vale lembrar que o sistema de direção da Tesla está na mira do órgão de segurança há bastante tempo. Afinal, houve diversos registros de acidentes com veículos da marca que usavam o sistema semiautônomo no momento da colisão. Inclusive, a montadora vai enfrentar, pela primeira vez, um julgamento em setembro deste ano.

O caso é de 2019, quando houve uma suposta falha do piloto automático em um Model 3. Além dele, há também outro acidente em pauta. Ambos deixaram mortos e pessoas gravemente feridas. Seja como for, há outros casos em andamento acusando a falha no sistema da Tesla. Entretanto, a empresa afirma que os acidentes são reflexo de um mau uso do Autopilot por parte dos motoristas.

Tesla Model 3
Tesla/Divulgação

Investigação

De acordo com a Carscoops, no início de agosto, a administradora do órgão NHTSA, Ann Carlson, comunicou à imprensa que a investigação sobre o sistema da Tesla será concluída em breve. Além disso, também reforçou que a Tesla pode ser obrigada a melhorar o sistema de condução semiautônoma.

Em 2022, o órgão divulgou um relatório que apontou que os carros da marca do bilionário Elon Musk estiveram envolvidos em 70% dos acidentes de trânsito nos Estados Unidos. A pesquisa, portanto, levantou a estatística em um período de aproximadamente um ano, sendo de junho de 2021 até maio de 2022.

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Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?

Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade

26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.

Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.

Centro de gravidade

Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.

Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento. 

E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.

Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:

– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.

– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.

– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.

– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.

– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.