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Top 10: os carros com os maiores motores já produzidos na história
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Top 10: os carros com os maiores motores já produzidos na história

O avanço tecnológico deixou os motores dos carros cada vez menores ao longo das últimas décadas, mas no passado não era bem assim

João Del Arco, Especial para o Jornal do Carro

28 de dez, 2022 · 8 minutos de leitura.

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Cadillac
Este é o motor V16 13.6 litros do Cadillac Sixteen Concept 2003
Crédito:Cadillac/divulgação

Os motores grandes estão com os dias contados. Inclusive entre os superesportivos. No mercado de carros “normais”, opções 2.0 e 1.8 são cada vez mais raras. Aos poucos, deram lugar a propulsores 1.0, 1.3 e 1.4 que trabalham com auxílio de turbocompressores e outros sistemas. As tecnologias foram cruciais para que as montadoras aposentassem motores maiores e mais poluentes, e instalassem outros menores e eficientes sem perda de desempenho.

O novo motor 1.0 três cilindros turbo do Chevrolet Onix, por exemplo, produz 116 cv de potência máxima. Já o velho 1.8 quatro cilindros aspirado que ainda equipa o Chevrolet Spin não passa de 111 cv. Isso ocorre até mesmo na Fórmula 1. O monoposto da principal categoria do automobilismo utiliza um motor V6 com 1.6 litro de deslocamento. Contudo, antes era bem diferente. Confira a lista dos maiores motores que já equiparam carros de passeio.

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10) Bugatti Veyron – 8.0 litros

Bugatti
Bugatti/divulgação

O menor motor deste “Top 10” já tem credenciais de tirar o fôlego. O Bugatti Veyron, reconhecido por números recordes de velocidade máxima, tem um bloco W16 de 8.0 litros. Basicamente, ele consiste na combinação de dois motores V8. Dessa forma, alcançou a lendária configuração ‘W’ e os 1.000 cavalos que impulsionam o Veyron aos 407 km/h. Mais excentricidades: o motor tem 64 válvulas e 10 radiadores para manter a temperatura ideal de funcionamento.

9) Chevrolet Suburban – 8.1 litros

Suburban
Chevrolet/divulgação

Que tal um SUV de 340 cv? Em 2022, há opções elétricas com bem mais que essa potência. Por exemplo, o Volvo XC40 Recharge P8 e seus 408 cv. Mas, no início deste século, era preciso optar pelo 8.1 litros V8 do Chevrolet Suburban. Mais do que luxo, uma necessidade. O modelo podia alcançar as 2,6 toneladas e tinha 5,6 metros de comprimento.

8) Cadillac Eldorado – 8.2 litros

Cadillac
Reprodução/internet

Aqui temos outro exemplar da listra cuja potência de seu colossal 8.2 V8 é facilmente superada por carros elétricos atuais. O Cadillac Eldorado era sinônimo de luxo na década de 1970, com seus 410 cv. No entanto, as normas de emissões estrangularam sua força, que atingiu módicos 193 cv em 1976. Para efeito de comparação, são quase 40 cv a menos que um Jetta GLI 2023, por exemplo, que tem motor mais de 4 vezes menor que o do Eldorado.


7) Dodge Ram SRT-10 – 8.3 litros

Ram SRT-10 motores
Dodge/divulgação

Não é de hoje que picapes esportivas surgem mundo afora. Recentemente, aliás, o Jornal do Carro publicou sobre a nova Ford F-150 VelociraptoR 1000. O motor da novata, porém, não chega nem perto do tamanho da Dodge Ram SRT-10. Embora a potência da VelociRaptoR seja o dobro da antiga SRT-10, a picape Dodge se sobressai quando o assunto é a litragem. Nada menos do que 8.3 litros em um motor V10 emprestado do Dodge Viper.

6) Dodge Viper – 8.4 litros

Dodge Viper motores
Dodge/divulgação

Por falar em Dodge Viper, ele não poderia ficar de fora deste Top 10. Isso porque o mesmo V10 que um dia equipou a Ram SRT-10, chegou a ter 8.4 litros de deslocamento no cupê esportivo. Este lendário motor chegou a oferecer 690 cavalos de potência.



5) Chevrolet Camaro COPO – 10.3 litros

Camaro motores
Chevrolet/Divulgação

Nem só de carros com motores pequenos vive a indústria atualmente. Tudo bem que o Chevrolet Camaro COPO não é uma versão regular do esportivo, mas sim um exemplar exclusivo para competições. Segundo a GM, o V8 10.3 litros tem 1.017 cv a 6.600 rpm e mais de 121 mkgf de torque aos 5.600 giros. Trata-se do V8 mais poderoso já feito pela Chevrolet. Nós falamos dele há poucos dias. Para ler mais, clique aqui.


4) Bugatti Royale – 12.7 litros

Bugatti motores
Bugatti/divulgação

O Type 41 Bugatti Royale era superlativo em tudo. O motor de 12.7 litros veio de um projeto previsto originalmente para o Ministério da Aeronáutica francês, mas nunca usado. Então, a Bugatti o reaproveitou nas seis unidades de seu carro de luxo. O motor tinha oito cilindros em linha, daí o capô tão comprido. Embora seus 300 cv pareçam pouco para os dias atuais, em 1927 eram extraordinários. Dessa forma, o esportivo podia chegar aos 160 km/h.

3) Cadillac Sixteen Concept – 13.6 litros

Cadillac motores
Cadillac/divulgação

O Cadillac Sixteen Concept de 2003 chamou muita atenção pelo estilo, mas o que estava sob o capô era a verdadeira atração principal. O sedã futurista carregava um bloco V16 de 13.6 litros que era essencialmente um par de blocos LS V8 fundidos. A potência oficial nunca foi revelada. A potência mais plausível, contudo, era de 1.000 cv.

2) Napier-Railton – 23.9 litros

Naiper
Reproduão/internet

O Napier-Railton vem de uma época quando até motores aertonáuticos eram usados em carros para extrair números superiores de potência. Por isso, o segundo modelo deste “Top 10” utiliza um enorme motor 12 cilindros de avião com 23.9 litros e cerca de 600 cavalos de potência. Trata-se da mesma cavalaria de um Audi RS 6 4.0 V8 turbo, por exemplo.


1) “A Besta” – 27,0 litros

A besta
Reprodução/internet

O primeiro lugar da lista não poderia ter nome mais adequado. “A Besta” – do inglês “The Beast” – não é um carro convencional. A começar pela construção feita pelo próprio dono, John Dodd, nos anos 1970. Aqui temos novamente a aplicação de um motor de avião. Dessa vez, um Rolls-Royce Meteor de 27 litros. Os números de velocidade máxima e potência eram controversos, mas o seu criador alega que a “Besta” tinha 1.000 cv e alcançava 297 km/h.

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Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?

Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade

26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.

Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.

Centro de gravidade

Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.

Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento. 

E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.

Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:

– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.

– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.

– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.

– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.

– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.