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Toyota Corolla 2024 evolui com novos recursos, mas agrada? Veja o vídeo
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Avaliação

Toyota Corolla 2024 evolui com novos recursos, mas agrada? Veja o vídeo

Versão híbrida flex do Corolla 2024 tem apelo da economia, mas consumo depende do uso; sedã ganhou vários novos recursos para continuar líder

Vagner Aquino, especial para o Estadão

10 de mai, 2024 · 11 minutos de leitura.

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Toyota Corolla
Corolla é um dos carros mais vendidos do mundo e mantém linha 2024 praticamente inalterada
Crédito:Léo Souza/Estadão

O Corolla já conquistou várias gerações. E continua conquistando, afinal, é um dos carros mais vendidos do mundo. E, seguindo a máxima de apostar na tradição, a Toyota decidiu não mudar muita coisa na linha 2024 do sedã. Pelo menos, quando se trata de visual. Mas, por dentro, e até em termos de eficiência, o sedã trouxe mudanças pontuais. E importantes.



Corolla 2024: sedã híbrido flex evolui com novos equipamentos

Olhando de frente, o Corolla – que sai por R$ 198.890 na versão topo de linha Altis Hybrid Premium, avaliada pelo Jornal do Carro – está praticamente igual. De diferente, só a grade, que ganhou acabamento colmeia e pintura em black piano. Vale falar dos faróis que, embora não sejam novidade, têm iluminação de LEDs e, nas versões híbridas, detalhes em tom azul. A mesma cor aparece nos contornos do logotipo.

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Indo para o lado do carro, novas rodas de 17″, com acabamento diamantado e sistema antifurto, que são cobertas por novos pneus. Agora, o conjunto tem tamanho 215/50. Ou seja, é mais estreito. De acordo com a marca, a meta é gerar mais eficiência (12%, no total), afinal, isso diminui a resistência a rolagem. De resto, continua tudo igual. Inclusive na parte traseira.

Toyota Corolla
Traseira não muda na linha 2024 (Vagner Aquino/Especial para o Estadão)

Algumas medidas

Por falar em traseira, o Corolla mede 4,63 metros de comprimento. Ponto para a Toyota, que tem, na lista de série, sensores nos para-choques e câmera de ré. Embora a resolução não seja impecável, é uma mão na roda na hora de estacionar.

Outro ponto que merece elogios no Corolla é a generosidade do porta-malas. São 470 litros de bagagem. Cabe lembrar que o SUV Corolla Cross tem 30 litros a menos. Ou seja, para quem tem dúvidas na hora de escolher e se importa com esse quesito, melhor optar pelo sedã. E não é só sobre espaço. O compartimento é todo forrado e esconde o estepe embaixo do carpete. A única ressalva é o pescoço de ganso, que compromete a acomodação das bagagens.

Acabamento do Toyota Corolla continua impecável (Léo Souza/Estadão)

Por dentro do sedã

Ao abrir as portas, os ocupantes são recepcionados por soleiras iluminadas (em azul e branco). Nelas, a inscrição “Corolla”. Mas um dos pontos que mais agradam no modelo é o quadro de instrumentos, totalmente digital, com tela de 12,3″. Ele é personalizável, e dá para mudar o layout dos mostradores. A tonalidade também muda, dependendo do modo de pilotagem escolhido. São três: Eco, Power e Normal.

Toyota Corolla
Quadro de instrumentos ganha tela de 12,3″ (Vagner Aquino/Especial para o Estadão)

A nova central multimídia tem tela de 9″. E tem espelhamento sem fio com Android Auto e Apple CarPlay. Apesar de não ser das mais modernas, é super intuitiva e, o melhor, tem botões físicos na lateral esquerda, o que facilita a vida do motorista. Nela, acesso fácil a todas as informações do carro, seja entretenimento ou o próprio funcionamento mecânico, como a atuação dos motores, por exemplo.


Ademais, o Corolla tem ar-condicionado automático e digital de duas zonas (agora, acrescentou saídas traseiras), carregador de celular por indução e até uma tomada USB convencional, escondida próximo ao console central. Finalmente, uma montadora que pensa em quem não é tão moderno. Afinal, nem todo mundo (inclua aí os demais ocupantes do carro, ou mesmo caronas) usa apenas cabos USB do tipo C – no Corolla, aliás, agora tem quatro.

Toyota Corolla
Agora, tem saídas de ar e tomadas USB C na parte de trás (Vagner Aquino/Especial para o Estadão)

Se por um lado algumas modernidades não devem ser empurradas goela abaixo do consumidor, outras são necessárias, até por praticidade e conforto. Neste ponto, o Corolla peca. Afinal, ainda usa freio de estacionamento por alavanca. Já tem carros mais baratos usando o comando por botão. Inclusive, dentro de casa – o Corolla Cross, finalmente, abandonou o sistema via pedal em sua reestilização, lançada no mês passado.


Rodar

Ao contrário do que se esperava, o Corolla 2024 não traz nada de novo em termos de mecânica. Tem a mesma motorização híbrida, convencional, que une o motor 1.8 aspirado com 16V e 101 cv de potência máxima, e outros dois elétricos, de 72 cv. Total de 122 cv de potência combinada. Mas a falta de ajuste é totalmente aceitável, porque o conjunto continua ótimo.

Toyota Corolla
Motorização híbrida tem 122 cv de potência máxima (Vagner Aquino/Especial para o Estadão)

E, quando a bateria estiver cheia, dá para rodar apenas em modo elétrico. Para isso, é preciso pressionar a tecla de EV Mode, que fica no console, atrás da alavanca de câmbio.


Consumo

Pisando, ele vai bem. O consumo não é excelente, mas agrada. Pelo Inmetro, faz, com etanol no tanque, 12,8 km/l (cidade) e 11,1 km/l (estrada). Já com gasolina, os números pulam para 18,5 km/l (cidade) e 15,7 km/l (estrada). Entretanto, não conseguimos números tão animadores durante os dias de avaliação. A média foi de 11,4 km/l. Ainda assim, houve picos de quase 14 km/l – mas também chegamos a fazer 9 km/l, o que não é bom. Afinal, o pensamento é: ter carro híbrido é sinônimo de pouco gasto. Porém, o “pouco gasto” vale para quem tem uso estritamente urbano. Nessas horas, quem entra em cena na maior parte do tempo é o motor elétrico. Por isso o modelo faz tanto sucesso entre taxistas, diga-se.

Toyota Corolla
Freio de estacionamento mantém comando por alavanca (Vagner Aquino/Especial para o Estadão)

Já quando se trafega por estradas, ou em trechos em que o carro precisa de força, é a combustão que trabalha. Desse modo, além de mais barulho na cabine, há um certo descompasso do câmbio CVT. E o consumo, consequentemente, aumenta. Neste caso, deixa de valer a pena investir mais dinheiro em um Corolla híbrido.


Conforto e segurança

No dia a dia, o Corolla conquista quem dirige, com boas acelerações e retomadas de velocidade. O isolamento acústico também é bom. E o trabalho da suspensão independente (McPherson, na frente, e Multilink, atrás) é impecável. Na prática, absorve bem as imperfeições do solo, e nada de incômodo para quem está a bordo.

O sedã é bom de curvas. Até porque trata-se de um carro mais baixo, mais grudado no chão. Por outro lado, a pequena altura em relação ao solo (14,8 centímetros) não faz o Corolla raspar o nariz em qualquer lombada ou valeta.

Toyota Corolla
Grade dianteira é única novidade visual do Corolla (Vagner Aquino/Especial para o Estadão)

O Corolla Hybrid tem acabamento impecável. Conta com teto solar, revestimento de couro em tom claro – que dá um ar de elegância -, além de ótima posição de dirigir. Neste momento, dá para contar com ajustes elétricos para o banco e regulagem do volante em altura e profundidade.

Toyota Corolla
Teto solar vem de série na versão topo de linha (Vagner Aquino/Especial para o Estadão)

E, na parte de segurança, o sedã da marca japonesa tem vários sistemas ADAS, por exemplo, alerta de colisão frontal que detecta pedestres e ciclistas e piloto automático adaptativo, por exemplo. No total, contam com sete airbags.


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Prós

  • Dirigibilidade, confiabilidade da marca e vasta lista de equipamentos de série explicam porque o Corolla se mantém no topo da preferência há anos

Contras

  • União entre motor e câmbio não é das mais harmônicas e acaba comprometendo conforto e, principalmente, o consumo de combustível

Ficha Técnica

Toyota Corolla Altis Hybrid Premium

Motor

1.8 VVT-i, aspirado, 16V, flex + elétrico

Potência (motor flex)

101 cv a 5.200 rpm

Torque (motor flex)

14,5 mkgf a 3.600 rpm

Potência (motores elétricos)

72 cv

Torque (motores elétricos)

16,6 mkgf

Potência combinada

122 cv

Câmbio

CVT Hybrid Trasaxle

Tração

Dianteira

Dimensões

4,63 m (comp.), 1,78 m (larg.), 1,46 m (alt.) e 2,70 m (entre-eixos)

Porta-malas

470 litros

Vão livre do solo

14,8 centímetros

Peso (em ordem de marcha)

1.450 kg

Tanque de combustível

43 litros

Preço

R$ 198.890

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Oficina Mobilidade

Carros elétricos estimulam busca por fontes de energia renovável

Energia fornecida pelo sol e pelos ventos é uma solução viável para abastecer veículos modernos

19 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

eletromobilidade é uma realidade na indústria automotiva e o crescimento da frota de carros movidos a bateria traz à tona um tema importante: a necessidade de gerar energia elétrica em alta escala por meio de fontes limpas e renováveis. 

“A mobilidade elétrica é uma alternativa para melhorar a eficiência energética no transporte e para a integração com as energias renováveis”, afirma Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI).

O Brasil é privilegiado em termos de abundância de fontes renováveis, como, por exemplo, a energia solar e a eólica. “É uma boa notícia para a transição energética, quando se trata da expansão de infraestrutura de recarga para veículos elétricos”, diz o professor. 

Impacto pequeno

Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o Brasil tem condições de mudar sua matriz energética – o conjunto de fontes de energia disponíveis – até 2029. Isso reduziria a dependência de hidrelétricas e aumentaria a participação das fontes eólicas e solar.

Mesmo assim, numa projeção de que os veículos elétricos poderão representar entre 4% e 10% da frota brasileira em 2030, estudos da CPFL Energia preveem que o acréscimo no consumo de energia ficaria entre 0,6% e 1,6%. Ou seja: os impactos seriam insignificantes. Não precisaríamos de novos investimentos para atender à demanda.

Entretanto, a chegada dos veículos elétricos torna plenamente viável a sinergia com outras fontes renováveis, disponíveis em abundância no País. “As energias solar e eólica são intermitentes e geram energia de forma uniforme ao longo do dia”, diz o professor. “A eletromobilidade abre uma perspectiva interessante nessa discussão.”

Incentivo à energia eólica

Um bom exemplo vem do Texas (Estados Unidos), onde a concessionária de energia criou uma rede de estações de recarga para veículos elétricos alimentada por usinas eólicas. O consumidor paga um valor mensal de US$ 4 para ter acesso ilimitado aos 800 pontos da rede. 

Segundo Delatore, painéis fotovoltaicos podem, inclusive, ser instalados diretamente nos locais onde estão os pontos de recarga

“A eletrificação da frota brasileira deveria ser incentivada, por causa das fontes limpas e renováveis existentes no País. Cerca de 60% da eletricidade nacional vem das hidrelétricas, ao passo que, na Região Nordeste, 89% da energia tem origem eólica.”

Híbridos no contexto

Contudo, a utilização de fontes renováveis não se restringe aos carros 100% elétricos. Os modelos híbridos também se enquadram nesse cenário. 

Um estudo do periódico científico Energy for Sustainable Development fala das vantagens dos híbridos, ao afirmar que suas emissões de gases de efeito estufa são inferiores às do veículo puramente elétrico.

“Os veículos híbridos possuem baterias menores, com proporcional redução das emissões de poluentes. Essas baterias reduzem o impacto ambiental da mineração dos componentes necessários à sua fabricação. Os resultados demonstram que a associação de baterias de veículo que usam biocombustíveis tem efeito sinérgico mais positivo”, conclui o documento.