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Toyota prepara SUV pequeno da Daihatsu para substituir o Yaris no Brasil
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Toyota prepara SUV pequeno da Daihatsu para substituir o Yaris no Brasil

Feito sobre plataforma simplificada da Toyota, Daihatsu Rocky terá produção em Sorocaba e versão híbrida para brigar com Fiat Pulse e VW Nivus

Vagner Aquino, especial para o Jornal do Carro

08 de out, 2021 · 7 minutos de leitura.

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Toyota
Daihatsu Rocky
Crédito:Daihatsu/Divulgação

A Toyota está convencida de que precisa de novos SUVs no Brasil. Afinal, 41% das vendas de 2021 são de utilitários esportivos. Por isso, depois de ficar por seis anos olhando as rivais ganharem mercado, a japonesa finalmente lançou o Corolla Cross, seu primeiro SUV nacional. Mas um é pouco. E a marca já tem outra carta na manga: o Daihatsu Rocky.

A fabricante japonesa de carros pequenos e acessíveis, velha conhecida de alguns brasileiros, é peça-chave nos planos da Toyota do Brasil. Isso porque o futuro SUV compacto nacional nascerá do Rocky, o pequeno utilitário da Daihatsu que estreou no fim de 2019, no Japão. O modelo, inclusive, serve de base para o Toyota Raize, seu irmão gêmeo.

Toyota
Toyota/Divulgação

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Para que isso vire realidade, a Toyota utilizará a plataforma da Daihatsu, que é uma versão simplificada da arquitetura TNGA (Toyota New Global Architecture), base do Corolla sedã e pelo Corolla Cross. A nova base é indicada pela sigla DNGA (de Daihatsu New Global Architecture) e tem custos menores para, então, permitir ao SUV ter preços competitivos.

A marca japonesa, assim, já trabalha no projeto do SUV pequeno. Segundo revelou o Autos Segredos, o Daihatsu Rocky é tratado internamente pelo código DB03B e está em fase de cotação. Se aprovado, ganhará a linha da fábrica da Toyota em Sorocaba dentro dos próximos dois ou três anos, sucedendo, portanto, o Yaris.

Substituto do hatch

Com produção no interior paulista, o Daihatsu Rocky – ou Toyota Raize – promoverá a aposentadoria do Yaris hatch, à venda a partir de R$ 85.790. Mas a mecânica será aproveitada no SUV. Assim, espera-se que o novato traga o motor 1.5 Dual VVT-i Flex de 110 cv de potência. Informações do Autos Segredos apontam que há uma opção híbrida nos planos para as versões de topo, que podem ter o sistema dos Corollas sedã e Cross.


A Toyota, contudo, não comenta projetos futuros. Lá fora, o Rocky usa motor 1.0 turbo de 12 válvulas e 3 cilindros, capaz de gerar 98 cv de potência. Assim como a versão brasileira, a asiática usa câmbio CVT.



Design

Na estética, a ideia é dar certa robustez ao SUV. Para tanto, a marca usa apliques plásticos nos para-lamas e um skidplate na base do para-choques dianteiro que se faz de quebra-mato. Curiosamente, não há rack de teto no veículo. Tem luzes diurnas iluminadas por LEDs. Em tamanho, a carroceria tem 3,99 de comprimento, 1,69 m de largura e 1,62 m de altura. Ou seja, dimensões de um hatch compacto – é até um pouco menor que o Yaris e ficará na medida para encarar Fiat Pulse e Volkswagen Nivus.

Toyota
Daihatsu/Divulgação

Lá dentro, com entre-eixos de 2,52 m, o espaço para cinco ocupantes oferece mimos como ar-condicionado digital e central multimídia flutuante – justamente aquele formato que fez os clientes torcerem o nariz no começo da década passada, mas que, hoje, tornaram-se padrão. O quadro de instrumentos é 100% digital, com display colorido.

Ou seja, em nada lembra os minicarros oferecidos por aqui entre 1994 e 1999 (tanto o SUV Terios, quanto o hatch Cuore tinham medidas extremamente compactas). Desta vez, portanto, será um produto feito sob medida para o mercado brasileiro – como parece ser o caso do novo Citroën C3, que estreia no Brasil no início de 2022.

Agora, resta saber se a montadora vai mesmo investir no lançamento de uma nova marca no País, o que envolve a criação de uma rede de concessionários, algo bem mais complexo de se criar. Ou se vai apenas aproveitar a plataforma para fazer um SUV da marca – o que parece mais racional. Neste caso, é bem provável que seja o Toyota Raize. Até porque o Yaris Cross europeu, também cotado, é mais caro de produzir.


Yaris será reestilizado em breve

Como o projeto do SUV de entrada ainda vai levar um tempo, a Toyota trabalha no momento na atualização da linha Yaris. A marca vai lançar nos próximos meses uma leve reestilização para as carrocerias hatch e sedã. A dupla vai seguir as mudanças de desenho feitas na Tailândia. E, assim, os compactos ganharão fôlego até a chegada do novo SUV.

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Oficina Mobilidade

Sistemas de assistência do carro podem apresentar falhas

Autodiagnóstico geralmente ajuda a solucionar um problema, mas condutor precisa estar atento

22 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Os veículos modernos mais caros estão repletos de facilidades para a vida do motorista e, dependendo do nível, podem até ser considerados semiautônomos. Câmeras, sensores, radares e softwares avançados permitem que eles executem uma série de funções sem a intervenção do condutor.

As tecnologias incluem controlador de velocidade que monitora o carro à frente e mantém a velocidade, assistente para deixar o veículo entre as faixas de rolagem, detectores de pontos cegos e até sistemas que estacionam o automóvel, calculando o tamanho da vaga e movimentando volante, freio e acelerador para uma baliza perfeita.

Tais sistemas são chamados de Adas, sigla em inglês de sistemas avançados de assistência ao motorista. São vários níveis de funcionamento presentes em boa parte dos veículos premium disponíveis no mercado. Esses recursos, no entanto, não estão livres de falhas e podem custar caro para o proprietário se o carro estiver fora da garantia.

“Os defeitos mais comuns dos sistemas de assistência ao motorista estão relacionados ao funcionamento dos sensores e às limitações do sistema ao interpretar o ambiente”, explica André Mendes, professor de Engenharia Mecânica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

Recalibragem necessária

O professor explica que o motorista precisa manter sempre os sensores limpos e calibrados. “O software embarcado deve estar atualizado, e a manutenção mecânica e elétrica, ser realizada conforme recomendações do fabricante”, recomenda.

Alguns sistemas conseguem fazer um autodiagnóstico assim que o carro é ligado, ou seja, eventuais avarias são avisadas ao motorista por meio de mensagens no painel. As oficinas especializadas e as concessionárias também podem encontrar falhas ao escanear o veículo. Como esses sistemas são todos interligados, os defeitos serão informados pela central eletrônica.

A recalibragem é necessária sempre que houver a troca de um desses dispositivos, como sensores e radares. Vale também ficar atento ao uso de peças por razões estéticas, como a das rodas originais por outras de aro maior. É prudente levar o carro a uma oficina especializada para fazer a checagem.

Condução atenta

A forma de dirigir também pode piorar o funcionamento dos sensores, causando acidentes. É muito comum, por exemplo, o motorista ligar o piloto automático adaptativo e se distrair ao volante. Caso a frenagem automática não funcione por qualquer motivo, ele precisará agir rapidamente para evitar uma batida ou atropelamento.

Então, é fundamental usar o equipamento com responsabilidade, mantendo sempre os olhos na via, prestando atenção à ação dos outros motoristas. A maioria dos carros possui sensores no volante e desabilita o Adas se “perceber” que o condutor não está segurando a direção.

A desativação ocorre em quase todos os modelos se o assistente de faixa de rolagem precisar agir continuamente, sinal de que o motorista está distraído. Alguns carros, ao “perceber” a ausência do condutor, param no acostamento e acionam o sistema de emergência. “O usuário deve conhecer os limites do sistema e guiar o veículo de forma cautelosa, dentro desses limites”, diz Mendes.