Você está lendo...
Dauphine 1962 faz advogado lembrar de sua adolescência
SUMMIT MOBILIDADE: Clique e garanta o seu ingresso promocional Saiba Mais
Carro do leitor

Dauphine 1962 faz advogado lembrar de sua adolescência

Belisa FrangioneEm 2008, o advogado Artur Vidal encontrou um Dauphine 1962 semelhante ao Renault que pertenceu à sua família quando... leia mais

01 de jul, 2013 · 5 minutos de leitura.

Publicidade

 Dauphine 1962 faz advogado lembrar de sua adolescência

Belisa Frangione

Em 2008, o advogado Artur Vidal encontrou um Dauphine 1962 semelhante ao Renault que pertenceu à sua família quando ele ainda era adolescente. Decidido a reviver essas lembranças, ele viajou para Petrópolis (RJ) com o intuito de comprar o carro. Porém, daquela vez o projeto não deu certo.

“O Dauphine estava muito bonito, mas precisava de retoques. Outro fato que me incomodou é que algumas peças originais haviam sido substituídas pela de outros carros. Ele era praticamente um Frankenstein”, brinca.

Publicidade


Vidal voltou para São Paulo e passou a semana toda com o coração apertado pensando no Dauphine. “Não conseguia tirá-lo da cabeça. Eu me arrependi de não tê-lo comprado.”

O advogado procurou novamente o então proprietário do Renault. “Ele disse que o carro ainda estava à venda. Mas, para garantir o negócio, eu teria de pagar um sinal.”


Dois dias depois de fechada a compra, o Dauphine chegou a São Paulo e Vidal tratou de deixá-lo como original. O carro foi revisado e teve as peças “alienígenas” trocadas por outras originais, compradas em mercados de pulgas e importadas.

“Alguns componentes eu consegui em feiras de antigos. Pedi para um conhecido trazer os pneus da Argentina. Já o escapamento veio da França.”


A reforma levou um ano para ser concluída. “O carro sempre ganha algum reconhecimento”, afirma, referindo-se aos prêmios conquistados em encontros como o de Santos, no litoral sul, em 2010, e de Águas de Lindoia (interior do Estado), no início o mês. Em 2011, o Dauphine de Vidal foi uma das estrelas do Salão Internacional de Veículos Antigos, na capital.

O exemplar é brasileiro. A partir de 1959, o carro passou a ser feito no País pela Willys Overland, sob licença. Mas o projeto europeu era frágil para as nossas ruas e fez com que o carro fosse apelidado de “Leite Glória”, em alusão ao slogan “desmancha sem bater”.

Vidal diz que o único cuidado que ele tem com o carro é em relação a água. “Não saio com ele na chuva nem o levo a lava-rápidos por causa da pressão da água. Sobre o desempenho, o advogado diz que não tem do que se reclamar. “O motor traseiro de 845 cm³ e 38 cv e o câmbio manual de três marchas são ‘modestos’, mas não decepcionam.” O advogado gostou tanto do carro que comprou uma unidade do “irmão mais novo”, o Gordini, produzido aqui de 1962 a 1966.


(Confira a fan page do Jornal do Carro no Facebook: https://www.facebook.com/JornaldoCarro)

Deixe sua opinião