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Ford Ranger vence Toyota Hilux e será utilizada pelo Exército argentino
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Ford Ranger vence Toyota Hilux e será utilizada pelo Exército argentino

Ford Ranger foi a escolhida pelas Forças Armadas da Argentina para substituir os veteranos jipes Mercedes Classe G

Redação

02 de abr, 2020 · 5 minutos de leitura.

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Ranger
Ford Ranger Igarreta
Crédito:Ford/Divulgação

O Exército argentino escolheu a picape Ford Ranger para substituir a frota do jipe Mercedes-Benz Classe G, atualmente em uso. A picape da Ford conseguiu superar a Toyota Hilux na concorrência. Ambas são produzidas no país vizinho.

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De acordo com o Autoblog argentino, a decisão foi tomada após vários meses de testes e análises em várias regiões do país. O exército utilizou versões especialmente preparadas para missões militarizadas.

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As primeiras unidades da picape, batizada de Ranger Igarreta Militarizada, foram entregues esta semana. E a missão inicial será no auxílio de combate ao novo coronavírus.

O processo de escolha do veículo que deveria suceder os veteranos Mercedes Classe G começou em 2018. O modelo clássico alemão esteve a serviço das Forças Armadas argentinas desde 1981. A frota era formada por 900 unidades do modelo alemão, todas com motores a gasolina.

Desde o início, o requisito de escolha havia recaído por automóveis de produção comercial, que pudessem ser adaptados ao uso militar. São os chamados veículos militarizados. A razão é que são mais baratos de comprar e mais simples de manter. O mesmo não ocorre com modelos que nasceram para uso militar, caso do norte-americano Humvee.


Poderiam participar da concorrência apenas produtos feitos na Argentina. O país é o principal fabricante de picapes médias da América do Sul. Dali saem Ford Ranger, Toyota Hilux, Volkswagen Amarok e Nissan Frontier, por exemplo. Chevrolet S10 e Mitsubishi L200 são produzidas no Brasil.

Segundo o Autoblog, concorreram apenas a Hilux Militarizada, desenvolvida pela própria Toyota, e a Ranger Militarizada, projetada pela empresa Igarreta, um concessionário Ford e antigo fornecedor das Forças Armadas.

O modelo utilizado pela Toyota foi baseado na versão SR, com motor 2.8 turbodiesel de quatro cilindros, 177 cv e 42,8 mkgf. O câmbio é manual de seis marchas e a tração, 4×4, com redução. A Ranger foi baseada na versão XLS, com motor 3.2 turbodiesel de cinco cilindros, 200 cv e 47,9 mkgf. Da mesma forma que a concorrente, o câmbio é manual de seis marchas, e o modelo tem tração 4×4 com caixa redutora.


Entre as diversas especificações a serem cumpridas na Ranger, estavam:

1 – saída de escapamento e entrada de ar elevadas, para permitir funcionamento do veículo em área com até 1 metro de alagamento;

2 – suporte para galões de 20 litros de combustível, para garantia de aumento de autonomia;


3 – grades protetoras para faróis;

4 – tomadas de força para alimentação de equipamentos auxiliares, com chave de proteção;

5 – suportes para fixação de redes de camuflagem e de ferramentas;


6 – guinchos na frente e atrás, além de ganchos de reboque dianteiro e traseiro;

7 – pré-instalação para assento giratório de 360°, para facilitar movimentação de atirador;

8 – estepe do mesmo tamanho que os demais.


De acordo com as avaliações do exército argentino, a Ranger superou a Hilux nas provas a que ambas foram submetidas, e com isso o concessionário da Ford venceu a concorrência. A empresa entregou as primeiras dez unidades ao Exército na semana passada.

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