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Opala 1971 está original nos mínimos detalhes
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Opala 1971 está original nos mínimos detalhes

Thiago LascoO administrador de empresas Bruno Paganini é um homem de sorte. Há três meses, ele comprou um usado em... leia mais

25 de mar, 2013 · 6 minutos de leitura.

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 Opala 1971 está original nos mínimos detalhes

Thiago Lasco

O administrador de empresas Bruno Paganini é um homem de sorte. Há três meses, ele comprou um usado em perfeito estado. O carro tem nota fiscal da fábrica, pintura intacta, painel sem riscos, manual do proprietário e manutenção em dia – o selo da revisão dos 5 mil km ainda está colado no batente da porta. Seria uma história banal, não fosse o modelo um Chevrolet Opala fabricado em 1971.

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“Foi um negócio de ocasião, uma raridade. A maioria dos antigos você adquire no estado em que se encontra, apenas com o documento de compra e venda. É difícil achar um tão bem conservado e original”, diz.

O sedã pertenceu ao pai de um amigo de Paganini, dono de uma loja de carros na Lapa, zona oeste. “Ele recebia usados na troca. Os melhores ele não vendia, pegava para usar”, conta.


Foi o caso do Opala, um “filé” que entrou para a coleção do comerciante, levou a família dele em viagens para Águas de Lindoia, no interior do Estado, e, com o tempo, acabou encostado. “Depois que o pai do meu amigo faleceu, eles resolveram vender o carro para alguém que fosse próximo.”

Mesmo após ficar dez anos parado, o Chevrolet estava em ótimo estado. Com 68 mil km rodados, mantinha o brilho da pintura verde-abacate, além de detalhes de época como o símbolo da “finada” concessionária Pompéia, que o entregou ao primeiro dono em março de 1971, conforme consta na nota fiscal. Em novembro do mesmo ano, o motor quatro-cilindros passou pela revisão dos 5 mil km.


Nostalgia
Paganini diz que gosta de carros antigos desde cedo, por influência de amigos de seu irmão mais velho. O que mais o agrada no Opala é o conforto. “Ele é espaçoso, macio e gostoso de dirigir. Atualmente, os veículos não têm acabamento bom, é tudo feito de plástico”, compara.

Para os deslocamentos do dia a dia, ele não usa o sedã. “Moro em Sorocaba – no interior do Estado – e tenho pena de ficar indo e vindo com ele na estrada até a capital, onde trabalho. O Opala é para curtir no fim de semana.”


É comum o Chevrolet despertar nostalgia por onde passa. “O pessoal entra no clima. Todos lembram de alguém que já teve um igual ao meu”, diz Bruno.

Com banco dianteiro inteiriço e câmbio de três marchas com alavanca no volante, o sedã exigiu que seu novo dono se adaptasse a ele. “O problema é fazer curvas. Tem de se segurar, senão o volante fica e você sai andando, porque escorrega no banco.”


História
Lançado no País em 1968, o Opala foi o primeiro carro de passeio feito pela General Motors no Brasil. A carroceria, derivada do Opel Rekord C alemão, tinha versões cupê e sedã.

A mecânica era emprestada do Impala norte-americano, com motores quatro-cilindros de 2,5 litros e seis-cilindros de 4,1 litros. Havia três níveis de acabamento à época do lançamento.

Em 1975, surgiu a versão perua, Caravan. Cinco anos depois, a família recebeu sua mais profunda reestilização, com linhas quadradonas. A partir daí, as mudanças ocorreram principalmente na cabine, no painel de instrumentos e nos faróis. A linha teve outras quatro atualizações até o fim da produção, em 1992.


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Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?

Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade

26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.

Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.

Centro de gravidade

Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.

Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento. 

E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.

Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:

– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.

– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.

– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.

– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.

– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.