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Pai e filho preservam Opala SS
Carro do leitor

Pai e filho preservam Opala SS

Reinaldo e Leonardo Gaudêncio têm belos exemplares da versão esportiva do cupê

06 de abr, 2014 · 5 minutos de leitura.

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 Pai e filho preservam Opala SS
O vermelho é de 1975 e o amarelo, de 1979

A paixão pelo Opala atravessou três gerações da família Gaudêncio. O patriarca Virgílio, já falecido, teve nove exemplares do Chevrolet. Para homenageá-lo, seu filho, Reinaldo, comprou um cupê SS 1975. Pouco tempo depois, o neto, Leonardo, seguiu o exemplo e arrematou outro SS, feito em 1979.

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“De todos os Opalas do meu pai, o mais marcante foi um modelo L 1975, “Vermelho Marte”. Resolvi que o meu seria do mesmo ano e cor. Comecei a procura em 2009 e levei dois anos até achar este SS”, conta Reinaldo.

O modelo de Leonardo chegou à família alguns meses depois. Mas, como o estudante de engenharia tinha apenas 17 anos, precisou esperar para guiar o carro. “Eu queria justamente um SS 1979”, comemora o filho. “Essa cor “Amarelo Candeias” é rara no Opala, mas bastante atual, típica dos ‘muscle cars’ de hoje.”


Os cupês estão impecáveis. Bancos, tapetes e pintura foram restaurados seguindo os padrões da época. Colocando-os lado a lado, é possível ver a evolução do Chevrolet. No mais antigo, o miolo da ignição e a alavanca do freio de estacionamento estão próximos ao volante. No de 1979, a chave de partida foi para a coluna de direção e a haste, para o assoalho. Os grafismos que identificam a versão esportiva SS também mudaram.

A única exceção à originalidade foi o retrabalho feito no motor seis-cilindros do Opala de Reinaldo. “É uma ‘receitinha básica’ que se fazia na época, mais suave que as preparações que se veem hoje por aí. A potência subiu de 176 para 200 cv”, afirma o administrador.


Passeios. Pai e filho rodam com seus xodós apenas nos fins de semana. Às vezes, trocam de carro entre si.

O maior cuidado que têm é evitar molhar a lataria. “Em vez de lavar, só tiramos o pó. Em dias de chuva, ligamos os motores na garagem”, diz Leonardo.


Nas ruas, a dupla não passa despercebida. “O ‘cara’ vê o primeiro Opala e toma um susto quando o segundo aparece atrás”, diverte-se Reinaldo, que viveu um episódio inusitado em um posto de gasolina. “Um senhor pediu para ver o meu Opala, abriu o capô e chegou a chorar. Era um engenheiro aposentado da GM que trabalhou no projeto do carro.”

As propostas de compra são frequentes, mas os Gaudêncio não cedem. “É raro achar exemplares tão íntegros como estes. Queremos manter viva a história do Opala”, diz Reinaldo.


Veja o vídeo com a história dos carros:

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