Você está lendo...
Porsche 911 S de 1973 vira Carrera RS
Carro do leitor

Porsche 911 S de 1973 vira Carrera RS

Empresário apaixonado pela marca trocou motor original de 190 cv por 2.7 de 210 cv trazido pela Dacon

08 de fev, 2014 · 4 minutos de leitura.

Publicidade

 Porsche 911 S de 1973 vira Carrera RS
Novo motor foi comprado em MG

O empresário Clifford Li é apaixonado por carros da Porsche desde 1968, ano em que seu pai comprou um 912 zero-km. Na última década, nada menos que sete modelos da marca alemã passaram por sua garagem, mas seu preferido é o belo, e raro, 911 S feito em 1973 que acabou se transformando em um raríssimo 911 Carrera RS 2.7

++ Siga o Jornal do Carro no Facebook

Publicidade


++ Saiba mais sobre a Porsche

++ Veja outros modelos dos leitores do JC

Li conta que o esportivo foi trazido pela Dacon, então importadora da Porsche, com carroceria e acabamento do RS 2.7. No cofre do motor, contudo, havia um motor 2.4 de 190 cv.


Quando adquiriu o carro, em 2012, sua primeira providência foi iniciar a busca pelo propulsor mais “nervoso”. Demorou, mas Li encontrou seu objeto de desejo com outro fã da marca.

“Ele concordou em vender o ‘coração’ original, mas eu teria de ir buscá-lo em Governador Valadares (MG), a 915 km de distância da capital”, conta o empresário. Segundo ele, o resultado compensou a viagem.


“Soube que um RS 2.7 original foi negociado por R$ 1.85 milhão. Nos EUA, um desses não sai por menos de US$ 650 mil”, afirma Li. Ele diz que já recebeu várias ofertas pelo 911, mas não pretende vendê-lo.

O empresário, que já teve modelos como um Carrera 2 Cabriolet 1991, diz que o 911S é o mais empolgante de todos. “O prazer que tenho quando ligo o motor de 210 cv é imenso.”


Li conta com orgulho as aventuras a bordo dos esportivos alemães. “Meu pai saía de madrugada para guiar o 912 dele. Descíamos para o litoral e voltávamos curtindo o vento no rosto.”

As ligações com a Porsche n param por aí. “Nasci em 1963, mesmo ano do lançamento do 911.” Quando não está a bordo do RS, o empresário cuida das cerca de mil miniaturas de Porsche que guarda em três locais diferentes. “Tenho exemplares nas escalas 1/12, 1/18 e 1/43.”


História

O 911 Carrera RS 2.7 surgiu a partir de uma regra criada pela Federação Internacional de Automobilismo (FIA) determinando que, para correr no Grupo 4 (categoria de carros de turismo modificados) a fabricante tinha de fazer ao menos 500 unidades “para as ruas”. O sucesso do Porsche foi tão grande que 1.636 deles foram produzidos entre 1972 e 1974. Destes, apenas 14 vieram ao Brasil.


Deixe sua opinião
Jornal do Carro
Oficina Mobilidade

Seis cuidados com o câmbio automático do automóvel

O sistema aumenta o conforto e exige menos intervenções do motorista, mas requer cuidados para preservação do equipamento

31 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Para sair com um carro equipado com câmbio automático, o motorista precisa apenas colocar a alavanca na posição D (drive). Não é necessário se preocupar com as trocas de marcha de acordo com cada situação do trânsito. Essa simplicidade se estende à manutenção, em geral menos frequente do que em veículos com câmbio mecânico. Mesmo assim, o sistema requer alguns cuidados para não apresentar problemas. 

“Recomendam-se a verificação e a troca de óleo conforme determina o manual do proprietário”, afirma Marco Barreto, professor de Engenharia Mecânica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). “Veículos com maior quilometragem acumulada podem apresentar aumento no tempo da troca de marchas ou solavancos. Nesses casos, é bom observar a embreagem e os freios internos da transmissão.”

Barreto destaca a importância de observar as condições da oficina que realizará o serviço. “A manutenção deve ser feita em um local limpo e, se possível, em ambiente controlado, para evitar que impurezas contaminem os componentes internos.” Além disso, existem procedimentos importantes para o câmbio automático não sofrer desgaste desnecessário e prematuro.

1. Alavanca em N

Muitos motoristas têm o costume de tirar o câmbio da posição D (drive) para a N (neutro) quando o veículo está parado por causa do semáforo vermelho, por exemplo. “Os carros automáticos estão programados para funcionar em D mesmo parados. Assim, engatar N aumenta o consumo de combustível. Se o motorista esquecer de retornar à posição D, o carro corre o risco de andar para trás em uma descida e causar uma batida”, explica Barreto.

2. “Banguela”

Jamais engate N para descer na “banguela”. O que muitos motoristas fazem em automóveis com motores carburados não deve ser repetido nos carros com câmbio automático. Além de gastar mais combustível, isso compromete a segurança de todos, porque provoca desgaste excessivo nos freios.

3. Trocas rápidas de marcha

Ao engatar a ré, é comum que o motorista tente executar a troca das posições D para R rapidamente. “Esse movimento causa trancos no câmbio e, com o tempo, leva a defeitos na transmissão. O ideal é sempre fazer as trocas com o automóvel totalmente parado”, afirma o professor da FEI.

4. E o freio de mão?

A posição P (parking) é usada para estacionar o carro automático. Ela aciona uma trava mecânica que imobiliza o câmbio e impede o veículo de se deslocar. Entretanto, é preciso acionar também o freio de mão, porque, sem ele, a trava do câmbio e os coxins de suporte da transmissão podem sofrer danos. O correto ao estacionar, portanto, é passar o câmbio de D para N, acionar o freio de mão, tirar o pé do freio e só então colocar a alavanca na posição P.

5. Sem pegar no tranco

Lembra aquele artifício de fazer o carro carburado pegar no tranco? Nunca tente fazer isso nos automáticos, porque eles não foram projetados para esse tipo de procedimento. “Tal movimento pode bloquear as rodas e danificar a transmissão”, diz Barreto. “Se os componentes da transmissão automática quebrarem por causa disso, o prejuízo certamente será grande.”

6. Não leve tanto peso

Não coloque dentro do carro um peso superior ao recomendado pela fabricante. Dirigir com excesso de peso afeta a suspensão, os freios, o motor e o câmbio automático.