Belisa Frangione
Ao ver o impecável Bel Air 1957 das fotos desta página é difícil imaginar que o modelo da Chevrolet só transitava por estradas de terra e era utilizado em trabalhos agrícolas. Até que foi comprado, em 2006, pelo engenheiro Valfredo Freitas.
“Eu o encontrei em Jacareí, no interior de São Paulo”, conta o atual proprietário. “Assim que o vi, notei que havia um suporte na traseira dele. O antigo dono disse que o carro era usado em Minas Gerais para puxar arado. E falou que isso não era problema, pois o motor era igual ao de um trator.”
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Freitas conta que, apesar de o carro estar funcionando, seu estado geral era péssimo. Tanto que a restauração só foi finalizada há cerca de um mês. “Na hora em que o viraram de cabeça para baixo, vimos que o assoalho estava cheio de buracos.”
Além de recuperar a carroceria, o engenheiro queria deixar o carro em dia para que ele pudesse viajar ao litoral, onde tem uma casa. “Por isso instalei ar-condicionado, direção hidráulica e freios a disco.”
A maioria das peças para a reforma do Chevrolet foram importadas dos Estados Unidos. Freitas afirma que gastou mais de R$ 20 mil apenas com frisos, acessórios e rádio.
O Bel Air tem motor seis-cilindros em linha de aproximadamente 92 cv. O câmbio é manual de três marchas.
Agora que o carro ficou pronto, Freitas conta que só quer saber de aproveitá-lo. “Quero ir com ele a eventos de clássicos e, se possível, participar da próxima edição do tradicional encontro de Águas de Lindoia.”
De acordo com o engenheiro, seu Bel Air costuma virar alvo de noivas que querem ser levadas ao casamento a bordo do Chevrolet. Mas os pedidos são sempre recusados. E se porventura aparecer uma proposta tentadora? “Se a oferta for realmente muito boa, eu vendo”, diz Freitas.
