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Chope com história e estilo

 Microempresário do setor de embalagens, o paranaense José Dubielle, de 56 anos, via Publicidade os negócios patinarem quando a mulher... leia mais

Roberto Bascchera

11 de jun, 2014 · 4 minutos de leitura.

Chope com história e estilo

 

Microempresário do setor de embalagens, o paranaense José Dubielle, de 56 anos, via

Publicidade


os negócios patinarem quando a mulher deu um ultimato: “Homem, vai fazer

alguma coisa!” Ele foi. Tirou a poeira do furgão Fordson 1950 que havia

adquirido anos antes em Londrina (PR), numa troca num Gurgel Carajás a diesel,


investiu R$ 4 mil na adaptação do equipamento e foi vender chope artesanal nas ruas de São Paulo.

O negócio pegou e, hoje, ele presta serviços em festas, feiras, churrascos de amigos, encontros de

carros antigos e tudo o que, segundo ele, necessite de cerveja e uma boa dose de bom humor.


 

Os puristas vão dizer que o furgão verde com detalhes em preto, uma relíquia do pós-guerra de origem inglesa, mereceria uma criteriosa restauração para desfilar apenas em eventos de antigos.


Apesar das adaptações para a venda de chope, o veículo mantém em boa medida a simplicidade

de suas características originais, herdadas dos Ford Prefect da década de 40 e que, no Brasil,

atenderam a pequenos empresários e comerciantes em entregas rápidas especialmente


no pós-guerra.

 


Um exemplo da simplicidade são os vidros das portas sem manivelas. O acionamento é feito

puxando-se a peça para cima e para baixo, como uma vidraça de janela residencial, com

o auxílio de uma lingueta. Outra marca do carro é o teto quase todo em


lona. “Essa era uma solução típica adotada em alguns veículos europeus do pós-guerra devido à escassez de aço”, diz Dubielle. “O carro é simples, mas não me deixa na mão.”

 


As limitações da mecânica original – o motor 1.2 rende 30 cv e o câmbio é de três

marchas, segundo ele – não permitem longas viagens, até por questão de segurança. A

velocidade de cruzeiro do Fordson mal chega a 70 km/h. No feriadão de 1º maio,


no entanto, o microempreendedor arriscou uma viagem a Campos do Jordão (SP)

e vendeu cerca de 300 litros de chope em copos de 300 ml durante o Encontro

Paulista de Autos Antigos. “O evento foi um sucesso, não esperava vender tanto.


Tive de mandar trazer mais uns barris de São Paulo”, diz.

 


O fato de Dubielle ser um sujeito muito bem humorado, que conta piadas e

brinca com os clientes, ajuda nos negócios. No CD player do furgão, com direito a caixas de som que proporcionam som ambiente, nunca falta um CD com som dos anos 50, 60 e 70. Elvis Presley, Paul Anka e Neil Sedaka são alguns dos companheiros de trabalho do chopeiro. “Gosto do que faço. O carro trabalha e eu me divirto”, resume .

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Oficina Mobilidade

Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?

Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade

26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.

Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.

Centro de gravidade

Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.

Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento. 

E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.

Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:

– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.

– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.

– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.

– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.

– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.