Evento imperdível por quem gosta de carro, o Salão do Automóvel é realizado desde 1960. Este ano, ele acontecerá de 30 de outubro a 9 de novembro, muito provavelmente com casa cheia, como nas 27 edições anteriores. E máquinas que na memória de muita gente parecem ter sido lançadas “ontem”, já estão ganhando placa preta.
Um desses casos é o do Escort XR3 Conversível. Estrela do salão de 1984, ele virou sonho de consumo de muito garoto na época. Para a maioria deles, a novidade ficou no sonho mesmo, porque o preço era considerado salgado…
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A sigla XR3 remetia a esportividade, apesar de o desempenho não ser exatamente o de um puro-sangue por causa dos limites do motor CHT 1.6 alimentado por carburador, um atraso em relação à versão europeia. Mas com preparação de fábrica, ele rendia cerca de 10 cv a mais que a versão “normal”, chegando aos 82 cv e 12 kgmf de torque.
O caprichado padrão de acabamento Ford da época e o conforto proporcionado por ar-condicionado, vidros elétricos e bancos esportivos agradavam. Os faróis de longo alcance e de neblina e as belas rodas também não deixavam o carro passar despercebido.
Na campanha publicitária, a Ford chamava o XR3 de “a máquina total”, e destacava que a versão conversível proporcionava “a mesma emoção, a mesma segurança e o mesmo prazer de dirigir” da versão com capota rígida, mas “agora também ao ar livre”. Tudo somado, o XR3 foi um sucesso na época, e hoje é cobiçado por colecionadores. Gente que, na época, não tinha dinheiro para comprar o carro, mas hoje, passados, 30 anos, quer passear com os cabelos ao vento.
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