Eu gosto muito de aproveitar uma viagem de férias para acompanhar um evento esportivo. Especialmente aqueles que, no Brasil, são raros. Em 2012, 2015 e no ano passado, por exemplo, fui assistir in loco corridas de F1 na Europa.
Já fui bastante ao GP do Brasil de F1, mas a experiência lá fora e completamente diferente – principalmente em corridas de rua, como a de Mônaco.
Mas nem só a F1 é uma boa “desculpa” para conhecer, ou revisitar, alguns lugares. Outra categoria do automobilismo, a Fórmula E, dedicada a modelos elétricos, está investindo em cidades que muitos sonham conhecer, como Roma, Paris e Nova York.
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Roma, Paris e Nova York também são destinos na rota dos fãs de tênis. Se seu negócio é futebol, não precisa esperar até a Copa de 2022. Este ano tem Copa América no Brasil e, em 2020, Eurocopa em todo o Velho Continente.
Neste fim de semana, por exemplo, tem Super Bowl. Claro que não vai dar para ir de última hora, mas já dá para se planejar para o ano que vem. E que tal conferir parte da temporada de NBA?
Veja as dicas abaixo.
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GP de Mônaco de F1
O destino obrigatório para quem quer ver uma corrida de F1 fora do Brasil é Mônaco. Por lá, o fim de semana de corrida é diferente do que ocorre em todos os outros locais. Em primeiro lugar, porque a prova é de rua e as paisagens são incríveis.
Monte Carlo é um dos locais mais belos da Riviera Francesa, no sul da França. Além disso, apesar de ser considerada a prova com mais “glamour” de todo o calendário, o GP da França é também o mais democrático.
Dá para assistir a corrida sem pagar nada, e não precisa ter iate para isso. Há uma multidão nos morros ao redor do circuito, com vista privilegiada.
Ao fim dos treinos e corridas, há muitas festas privadas, em terra e mar. Mas o próprio circuito vira uma grande “balada”, que não requer convite nem ingresso. A festa na rua é livre – e os DJs são excelentes.
Este ano, o GP de Mônaco ocorre entre os dias 22 e 26 de maio, e é bom se programar com bastante antecedência. Os preços de hospedagem ficam cada vez mais altos com a proximidade do evento.
O melhor local para se hospedar é Nice, que tem ligação direta de trem com Mônaco – no principado, dificilmente você encontrará vaga de hospedagem.
Um pouco antes do GP de F1, há a etapa de Mônaco da Fórmula E (11 de maio). Já o torneio de Monte Carlo de tênis é entre 14 e 21 de abril.
Veja aqui mais detalhes sobre o GP de Mônaco.
E aqui, veja as atrações da Riviera Francesa.
Outras corridas
Nem só de Mônaco é feita a Fórmula 1. Em 2018, fui para Paul Ricard (21 a 23 de junho neste ano) ver o retorno do GP da França ao calendário. A dinâmica do fim de semana da prova não é muito diferente da do GP do Brasil, pois é realizada em um autódromo.
Porém, Paul Ricard fica em Provença, a outra área incrível do sul da França. Conhecida pelas lavandas, vinhos e as cidades medievais e romanas, a região é espetacular para o turismo. Especialmente se o objetivo é alugar um carro.
Confira aqui detalhes sobre a região de Provença.
A Europa ainda tem etapas interessantes de F1 em Silverstone (dá para casar com Londres e, de quebra, conferir o torneio de Wimbledon), Barcelona, Monza (ao lado da cosmopolita Milão, da qual dá para visitar Ligúria, Toscana, Veneto e outros locais interessantes da Itália) e Budapeste (o circuito de Hungaroring não é legal; já a cidade…).
Se o seu negócio é a Ásia, porém, há outras boas possibilidades. A moderna Cingapura é sede de um Grande Prêmio de F1. Já o Oriente Médio tem duas, Bahrein (março) e Abu Dhabi (novembro).
Opte pela segunda e aproveite para conhecer o Ferrari World (parque da montadora italiana) e a vizinha Dubai, a “Las Vegas do Oriente Médio”.
Se quiser ir além da F1, vá para a França ver a 24 Horas de Le Mans. Acampe nos arredores do circuito ou compre um pacote para ficar em um hotel improvisado dentro do autódromo. É uma das experiências mais legais para quem curte automobilismo, pois trata-se de uma verdadeira imersão no mundo da velocidade.
Depois (ou antes) de Le Mans, vá para Paris, a cerca de duas horas de carro ou trem.
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Roma, Paris, Londres
As quatro cidades estão no radar de diversos esportes. Roma terá um torneio ATP na temporada de saibro, na primavera europeia.
Em Roma, de 12 a 19 de maio ocorrerá o ATP 1000 de tênis. Em 13 de abril, a cidade abre a temporada europeia da Fórmula E.
Em Paris, a Fórmula E ocorre em 27 de abril, enquanto o torneio de Roland Garros começa em 26 de maio. Dá para “casar” o GP de Mônaco de F1 com o Grand Slam (os quatro torneios mais importantes do tênis) francês.
Em Londres, o torneio de Wimbledon, o mais tradicional do calendário de tênis, ocorre de 1º a 14 de julho. A final é no mesmo dia do GP da Inglaterra, em Silverstone, a 130 km da capital inglesa.
Nova York
A cidade mais cosmopolita dos EUA tem atividades o ano inteiro para quem gosta de esportes. Para ficar nos já citados, a Fórmula E terá sua etapa final da “Big Apple”, em rodada dupla. As corridas vão ocorrer em 13 e 14 de julho, no auge do verão do hemisfério norte (veja aqui o calendário completo da categoria).
Em setembro, Nova York é sede do US Open, o último Grand Slam de tênis do ano (veja os calendários da ATP, associação dos meninos, e da WTA, das meninas).
Já a NBA termina em 10 de abril (temporada 2018-2019). O mais importante torneio de basquete do mundo tem, neste e nos próximos meses, não apenas diversas etapas em Nova York, mas em diversas outras cidades importantes dos EUA.
A final do Super Bowl (futebol americano) será em Atlanta, entre Los Angeles Rams e New England Patriots, nesta domingo.
A liga de futebol dos EUA, a NFL, retornará em setembro, com diversas etapas em Nova York. Ou seja: a Big Apple tem programação esportiva o ano inteiro.
Futebol
Está a pleno vapor a Champions, a liga dos campeões da Europa. Trata-se do torneio de futebol de clubes mais importante do mundo, por reunir os grandes times europeus.
Para quem vai viajar para as principais cidades europeias e é louco por futebol, vale conferir se tem jogo da Champions (veja o site oficial da liga).
A final da Champions deste ano ocorrerá em Madri, no dia 1º de junho.
Já a Eurocopa (considerada por muitos uma Copa do Mundo sem Brasil e Argentina) terá um formato diferente em 2020. Ocorrerá em 12 países diferentes, com final na Inglaterra.
Países como Alemanha, Espanha, Itália, Holanda, Hungria, Dinamarca e até Azerbaijão serão sedes. Já a França, última campeã da Copa do Mundo, ficou de fora.
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